Psicopatologia e violência entre irmãos numa amostra de adolescentes portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Patrícia Pereira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/4785
Resumo: A violência fraterna é uma realidade comum, sendo considerada a forma mais prevalente de violência familiar, contudo, tende a ser encarada como inofensiva. Utilizando uma amostra de 463 adolescentes com irmãos, e aplicando as Revised Conflict Tactics Scales – Sibling Version (CTS2-SP), este estudo objetivou estimar a frequência dos comportamentos violentos dos irmãos perpetradores, bem como a dos sofridos pelas vítimas; verificar em que medida se associam as diferentes táticas de resolução de conflito fraterno; e analisar em que medida essas táticas variam em função da idade dos irmãos, do género e do tipo de fratria. Efetuaram-se análises descritivas exploratórias, correlações de Pearson intraescalares, análises de variância multivariada (MANOVAS) e utilizou-se o teste t. Os resultados demonstraram que os irmãos tendem a utilizar mais a negociação para resolver conflitos, no entanto, a violência psicológica apresenta, também, percentagens elevadas (23% a 85%). Verificou-se que a violência psicológica está positivamente associada ao abuso físico sem sequelas, e este, por sua vez, está associado ao abuso físico com sequelas. Foi ainda constatado que são os adolescentes mais velhos (17-20 anos), o género feminino e as díades mistas (masculino/feminino), que tendem a usar, mas também a sofrer, mais violência. Concluiu-se que a violência entre irmãos é altamente prevalente, tornando-se importante sensibilizar pais e profissionais de saúde e de educação para esta realidade, por forma a evitar o uso da violência como uma tática para a resolução de conflitos fraternos.
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