Caracterização do ruído de centrais de refrigeração

• Autor(a) principal: Cunha, Mário Ferreira da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/23745
• topic: Ruído; Nível de pressão sonora; Atenuação acústica; Central de refrigeração CO2; Noise; Sound pressure level; Acoustic attenuation; CO2 refrigeration plan

A área da refrigeração tem acompanhado a tendência mundial de uma urgente preocupação com a sustentabilidade, quer em termos de metas já definidas como a neutralidade carbónica em 2050, quer pelas emissões diretas e indiretas da utilização de fluidos frigorigéneos, quer pela melhoria da eficiência energética das centrais de refrigeração. Os aspetos ambientais relacionados com os gases de efeitos de estufa, camada de ozono e outros parâmetros que intervêm nas alterações climáticas são enaltecidos há mais de 30 anos, mas atualmente há outras formas de poluição que têm sido destacadas, como é o caso da poluição sonora e, por isso, existe uma aposta cada vez maior por parte das empresas no controlo de ruído e vibrações dos equipamentos ligados à área de refrigeração. Neste sentido, o estudo compara dois casos de caracterização de ruído ambiente de centrais de refrigeração transcríticas de CO2, através de medições segundo a norma ISO 3744, mas também com o auxílio das normas NP EN ISO 11204 e NP ISO 1996, sendo que em cada caso foi efetuado um conjunto de medições no interior da casa de máquinas e outro no exterior. Foi obtido um nível de pressão sonora no interior da sala de máquinas de 79,1 dB para o caso 1 e de 87,0 dB para o caso 2, enquanto nas medições efetuadas no exterior foi obtido um nível de pressão sonora de 59,8 dB para o caso 1 e 64,5 dB para o caso 2. Em todas as medições foi detetada característica tonal no ruído emitido, enquanto a característica impulsiva apenas foi detetada em alguns pontos de medição do caso 2. A análise de resultados mostrou uma componente significativa de ruído emitido a baixas frequências no caso 2 e verificou-se que nos dois casos que o parâmetro não ultrapassou o limite de 65 dB, o mesmo já não acontece com o indicador pois, em ambas as situações, o limite de 55 dB foi excedido. A atenuação acústica média em relação ao exterior no caso 1 foi 18,0 dB, enquanto no caso 2 foi de 22,5 dB, pelo que foram estudadas soluções com o objetivo de melhorar o isolamento acústico das centrais. As soluções encontradas basearam-se em dois tipos de isoladores acústicos, os painéis e as espumas, com índices de atenuação acústica entre 32 e 37 dB e absorção acústica entre 0,85 e 0,90 para os painéis, enquanto as espumas apresentaram um índice de atenuação acústica entre 27 e 43 dB e uma absorção acústica próxima de 1. Nas soluções de atenuação acústica apresentadas, verificou-se uma excelente atenuação para as baixas frequências, registando uma atenuação acústica mínima de 20 dB, assim com uma absorção acústica mínima de 0,3.