Narrativas políticas na pandemia e o recrudescimento do preconceito com a China

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Steenhagen, Pedro
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/4947
Resumo: Na língua chinesa, mais especificamente no mandarim, 欧美 (Ōu Měi) pode ter dois significados principais. O primeiro é bastante objetivo, “Europa e Estados Unidos”, porém o segundo carrega certo grau de subjetividade, podendo denotar a ideia de “Ocidente” ou de “mundo ocidental” em um sentido próximo a “mundo desenvolvido”. Afinal, em termos de localização geográfica, “Ocidente” é representado pelo ideograma 西 (Xī). Trata-se de uma perspetiva bastante interessante e, por vezes, desconhecida pelas pessoas no plano ocidental, até pela questão da barreira linguística; contudo, a desinformação pode gerar certos ruídos no diálogo com chineses, bem como resultar em preconceito para com a República Popular da China. O Brasil, por exemplo, tendo recebido grande influência europeia e norte-americana ao longo de sua história, considera-se, certamente, parte do mundo ocidental – inclusive, o atual Ministro das Relações Exteriores do país, Ernesto Araújo, já deixou clara essa perceção em seus discursos e textos com viés conservador. Imagina-se, assim, como essa informação pode soar estranha para uma pessoa chinesa, ou mesmo como um brasileiro poderia ficar desconfortável com a diferente perceção do distante povo do País do Meio.
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