Stress Parental e suas implicações na dinâmica familiar: estudo em mães e pais às 6 semanas após o parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luís, Maria Emanuel Figueirinhas
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=d6axX7ma
Resumo: Enquadramento: O nascimento de um filho é uma dádiva no seio de uma família, gerando sentimentos de grande felicidade e amor, mas devido às mudanças e responsabilidades implícitas no cuidar de um bebé, estes sentimentos podem rapidamente ser substituídos por preocupações e ansiedade, originando por vezes situações perturbadoras e indutoras de stress. Deste modo, a transição para a parentalidade, em vez de ser encarada como uma situação normal do ciclo de vida, pode ser vivenciada como um período de crise, determinando o comportamento parental. Objetivos: Conhecer o nível de stress parental dos pais (mãe e pai) durante a sua transição para a parentalidade, após o nascimento do seu filho em situação normal, às 6 semanas após o parto, bem como a influência de algumas variáveis neste processo. Métodos: Desenvolvemos um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, junto de 154 pais e mães que se encontravam nas 6 semanas pós-parto, de modo a perceber quais as características do recém-nascido, sociodemográficas dos pais (mãe e pai) e obstétricas da mãe que pudessem comprometer uma transição tranquila e saudável à sua nova função. Como instrumento de recolha de dados, para a perceção do nível de stress parental na relação pais-filhos, utilizámos a Escala de Stress Parental Mixão, Leal e Maroco (2007). Nesta investigação que apresentamos foram inquiridos 154 indivíduos, dos quais 77 (50%) eram mães e 77 (50%) eram pais, recrutados numa maternidade da zona centro de Portugal, no período entre Fevereiro e Maio de 2016. Resultados: Através da Escala de Stress Parental, às 6 semanas após o parto os pais (mãe e pai) apresentaram um nível baixo de stress parental. Porém, detetámos que o stress parental é influenciado pelas habilitações académicas de ambos os pais, pelo planeamento ou não da gravidez e pelo peso do recém-nascido. Foi também encontrada diferença estatisticamente significativa na variável género para a dimensão Satisfação, onde os pais se demonstram mais stressados e consequentemente menos satisfeitos com o desempenho do seu papel parental comparativamente às mães e ainda na variável ?número de filhos? para a dimensão Medos e Angústias, onde os pais (mãe e pai) com mais do que um filho revelam um nível de stress superior aos pais que estão a vivenciar a paternidade pela primeira vez. Conclusão: Os resultados encontrados ajudam-nos a compreender o modo como os pais vivenciam e se adaptam à parentalidade, assim como o que influencia essa transição, constituindo-se estes dados, elementos imprescindíveis para que os profissionais de saúde, mais especificamente os enfermeiros de Saúde Materna e Obstetrícia, possam adquirir conhecimentos e competências para atuar a fim de facilitar o sucesso deste processo.
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