Geoestratégia energética na relação União Europeia e Rússia : o caso do Nord Stream II

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Francisco Maria Lopes da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13404
Resumo: Os Estados-membros europeus são os maiores compradores de energia a nível mundial. A crise energética que ocorreu na Ucrânia reavivou a necessidade de existir uma segurança energética europeia, assim como, uma União Energética Comum. Entre os países produtores de gás natural, encontra-se a Federação Russa, que é, historicamente, o maior fornecedor para o bloco europeu. Detentora do monopólio energético a Rússia tem utilizado a sua capacidade energética para atingir os seus objectivos políticos. Os gasodutos fazem parte da estratégia política russa para continuar o seu domínio através da Gazprom. Se por um lado a UE necessita de fornecedores de gás natural, por outro, a dependência que existe em relação ao gás russa, traz vulnerabilidades para todo o bloco europeu. Como forma de colmatar a dependência de países terceiros, têm sido criados planos de diversificação de fontes energéticas e a UE tem apostado na transição energética. Contudo, os Estados-membros têm os seus objectivos políticos internos o que faz com que o seu posicionamento não esteja alinhado com os objectivos europeus. Um desses casos é o Nord Stream II, que coloca a Alemanha no centro do debate energético e como este gasoduto pode aumentar a dependência de gás natural proveniente da Rússia o que não corresponde aos objectivos estratégicos da UE. O Nord Stream II veio demonstrar como um gasoduto pode ser utilizado para pressões políticas, abrir clivagens entre Estados, colocar aliados europeus com posicionamentos diferentes, aumentar a tensão na relação entre a UE e Rússia e transportar a dependência energética europeia para a relação euro-atlântica.
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