Geoestratégia energética na relação União Europeia e Rússia : o caso do Nord Stream II
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/13404 |
Resumo: | Os Estados-membros europeus são os maiores compradores de energia a nível mundial. A crise energética que ocorreu na Ucrânia reavivou a necessidade de existir uma segurança energética europeia, assim como, uma União Energética Comum. Entre os países produtores de gás natural, encontra-se a Federação Russa, que é, historicamente, o maior fornecedor para o bloco europeu. Detentora do monopólio energético a Rússia tem utilizado a sua capacidade energética para atingir os seus objectivos políticos. Os gasodutos fazem parte da estratégia política russa para continuar o seu domínio através da Gazprom. Se por um lado a UE necessita de fornecedores de gás natural, por outro, a dependência que existe em relação ao gás russa, traz vulnerabilidades para todo o bloco europeu. Como forma de colmatar a dependência de países terceiros, têm sido criados planos de diversificação de fontes energéticas e a UE tem apostado na transição energética. Contudo, os Estados-membros têm os seus objectivos políticos internos o que faz com que o seu posicionamento não esteja alinhado com os objectivos europeus. Um desses casos é o Nord Stream II, que coloca a Alemanha no centro do debate energético e como este gasoduto pode aumentar a dependência de gás natural proveniente da Rússia o que não corresponde aos objectivos estratégicos da UE. O Nord Stream II veio demonstrar como um gasoduto pode ser utilizado para pressões políticas, abrir clivagens entre Estados, colocar aliados europeus com posicionamentos diferentes, aumentar a tensão na relação entre a UE e Rússia e transportar a dependência energética europeia para a relação euro-atlântica. |
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Geoestratégia energética na relação União Europeia e Rússia : o caso do Nord Stream IIMESTRADO EM DIPLOMACIA E RELAÇÕES INTERNACIONAISDIPLOMACIARELAÇÕES INTERNACIONAISENERGIAGÁS NATURALRÚSSIAUNIÃO EUROPEIADIPLOMACYINTERNATIONAL RELATIONSENERGYNATURAL GASRUSSIAEUROPEAN UNIONOs Estados-membros europeus são os maiores compradores de energia a nível mundial. A crise energética que ocorreu na Ucrânia reavivou a necessidade de existir uma segurança energética europeia, assim como, uma União Energética Comum. Entre os países produtores de gás natural, encontra-se a Federação Russa, que é, historicamente, o maior fornecedor para o bloco europeu. Detentora do monopólio energético a Rússia tem utilizado a sua capacidade energética para atingir os seus objectivos políticos. Os gasodutos fazem parte da estratégia política russa para continuar o seu domínio através da Gazprom. Se por um lado a UE necessita de fornecedores de gás natural, por outro, a dependência que existe em relação ao gás russa, traz vulnerabilidades para todo o bloco europeu. Como forma de colmatar a dependência de países terceiros, têm sido criados planos de diversificação de fontes energéticas e a UE tem apostado na transição energética. Contudo, os Estados-membros têm os seus objectivos políticos internos o que faz com que o seu posicionamento não esteja alinhado com os objectivos europeus. Um desses casos é o Nord Stream II, que coloca a Alemanha no centro do debate energético e como este gasoduto pode aumentar a dependência de gás natural proveniente da Rússia o que não corresponde aos objectivos estratégicos da UE. O Nord Stream II veio demonstrar como um gasoduto pode ser utilizado para pressões políticas, abrir clivagens entre Estados, colocar aliados europeus com posicionamentos diferentes, aumentar a tensão na relação entre a UE e Rússia e transportar a dependência energética europeia para a relação euro-atlântica.European member states are the world's largest purchasers of energy. The energy crisis that occurred in Ukraine has revived the need for European energy security and a Common Energy Union. Among the natural gas producing countries is the Russian Federation, which is historically the largest supplier to the European bloc. As the holder of an energy monopoly, Russia has used its energy capacity to achieve its political goals. Pipelines are part of Russia's political strategy to continue its dominance through Gazprom. While on the one hand the EU needs natural gas suppliers, on the other hand, the dependence that exists on Russian gas brings vulnerabilities to the entire European bloc. To bridge the dependence on third countries, plans have been created to diversify energy sources and the EU has been betting on energy transition. However, member states have their own internal political goals, which means that their positioning is not aligned with European goals. One such case is Nord Stream II, which puts Germany at the center of the energy debate and how this pipeline can increase dependence on natural gas from Russia, which doesn't match the EU's strategic goals. Nord Stream II has demonstrated how a gas pipeline can be used for political pressure, open rifts between states, put European allies in different positions, increase tension in the EU-Russia relationship and carry Europe's energy dependency into the Euro-Atlantic relationship.2022-12-28T18:14:34Z2022-01-01T00:00:00Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/13404TID:203110137porCruz, Francisco Maria Lopes dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:11:03Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/13404Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:39.965445Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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