O ser criança e o papel do jogo terapeutico em consulta de psicologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ponciano, Susana Barbas
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2364
Resumo: O presente relatório de estágio curricular consiste numa síntese sobre o trabalho desenvolvido no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital de Santarém, no âmbito do mestrado em psicologia com especialização em psicologia clínica e de aconselhamento, ministrado pela Universidade Autónoma de Lisboa. Tivemos como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos no encontro terapêutico com crianças e adolescentes, segundo o referencial teórico da abordagem centrada na pessoa desenvolvida por Carl Rogers, e na sua proposta de intervenção terapêutica com os mais pequenos posteriormente aprofundada por Virgínia Axline, denominada ludoterapia centrada na criança. Pretendemos sublinhar o princípio fulcral da ACP, onde cada pessoa tem a capacidade de encontrar o percurso em direção à cura – tendência atualizante, cabendo ao terapeuta proporcionar ao indivíduo um ambiente facilitador com as condições necessárias e suficientes para a mudança terapêutica. Para demonstrarmos parte da nossa intervenção, expomos mais detalhadamente dois casos clínicos que tivemos oportunidade de acompanhar, visando ao longo do seu trajeto fazer uma reflexão e análise das sessões e das nossas vivências e aprendizagens. O primeiro caso corresponde a uma criança de nove anos do sexo feminino cuja queixa principal se prendia com o comportamento de arrancar as próprias pestanas e sobrancelhas (tricotilomania). O segundo a uma criança de nove anos do sexo masculino com queixas de comportamento em contexto familiar e escolar, diminuição no rendimento escolar, desmotivação e tristeza. Ao longo das sessões foi possível apurar uma evolução positiva nas duas situações. A melhoria foi referida pelas famílias e observável em contexto terapêutico. Verificamos que estas duas crianças desenvolveram um conceito mais ajustado de si próprias, tendo como resultado diminuição das queixas apresentadas. No primeiro caso descrito cessaram os comportamentos ansiosos de tricotilomania; no segundo houve franca melhoria do humor com repercussão positiva a nível do rendimento escolar e nos comportamentos disruptivos.
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