Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i3.8693 |
Resumo: | Introdução/Objetivos: A atrésia esofágica (AE) é uma malformação congénita com prognóstico variável. Os objetivos do estudo foram estabelecer a incidência de AE na região centro, caracterizar os lactentes com AE admitidos e comparar a evolução após cirurgia, atendendo ao tipo de AE. Métodos: Estudo descritivo com colheita retrospetiva de dados dos lactentes admitidos no Serviço de Cuidados Intensivos (CIPE) no pós-operatório de AE, entre 2002 e 2011. Foram analisados os seguintes parâmetros: características dos doentes, classifi cação da AE, tipo de cirurgia, morbilidade e mortalidade. Comparação dos dois grupos de acordo com a classificação da AE. Resultados: Foram admitidas 34 crianças, 65% do sexo masculino. A mediana da idade gestacional foi 36 semanas e do peso ao nascer 2310g. Foram detetadas malformações associadas em 19 crianças, sobretudo cardíacas. Nove casos foram classificados como hiato longo (HL). A opção cirúrgica mais frequente foi laqueação de fístula e esófago-esofagostomia primária (n=27). Registaram-se complicações precoces em 13 lactentes (38%), sobretudo deiscência da anastomose, não se registando diferença em relação ao tamanho do hiato (p=0.704). A duração do internamento em cuidados intensivos e o tempo de ventilação mecânica foram superiores nas situações de HL(p=0.009 e p<0.001 respetivamente) e na presença de malformações associadas (p=0.027 e p=0.003 respetivamente). Não se registaram óbitos. Conclusões: A frequência de malformações associadas obriga a um rastreio sistemático. A presença de HL e malformações associadas foram os principais determinantes da duração de internamento em cuidados intensivos e do período de ventilação mecânica nos doentes com AE. |
id |
RCAP_72ef7a8d0a4e37f9c33c7096d8bf4987 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/8693 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricosAtrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricosOriginal ArticlesIntrodução/Objetivos: A atrésia esofágica (AE) é uma malformação congénita com prognóstico variável. Os objetivos do estudo foram estabelecer a incidência de AE na região centro, caracterizar os lactentes com AE admitidos e comparar a evolução após cirurgia, atendendo ao tipo de AE. Métodos: Estudo descritivo com colheita retrospetiva de dados dos lactentes admitidos no Serviço de Cuidados Intensivos (CIPE) no pós-operatório de AE, entre 2002 e 2011. Foram analisados os seguintes parâmetros: características dos doentes, classifi cação da AE, tipo de cirurgia, morbilidade e mortalidade. Comparação dos dois grupos de acordo com a classificação da AE. Resultados: Foram admitidas 34 crianças, 65% do sexo masculino. A mediana da idade gestacional foi 36 semanas e do peso ao nascer 2310g. Foram detetadas malformações associadas em 19 crianças, sobretudo cardíacas. Nove casos foram classificados como hiato longo (HL). A opção cirúrgica mais frequente foi laqueação de fístula e esófago-esofagostomia primária (n=27). Registaram-se complicações precoces em 13 lactentes (38%), sobretudo deiscência da anastomose, não se registando diferença em relação ao tamanho do hiato (p=0.704). A duração do internamento em cuidados intensivos e o tempo de ventilação mecânica foram superiores nas situações de HL(p=0.009 e p<0.001 respetivamente) e na presença de malformações associadas (p=0.027 e p=0.003 respetivamente). Não se registaram óbitos. Conclusões: A frequência de malformações associadas obriga a um rastreio sistemático. A presença de HL e malformações associadas foram os principais determinantes da duração de internamento em cuidados intensivos e do período de ventilação mecânica nos doentes com AE.Background/Purpose: Oesophageal atresia (OA) is a congenital malformation with a variable prognosis. The aims were to establish OA’s incidence in the central region, to characterize infants with OA admitted and to compare its clinical outcome after surgical repair, according to OA classifi cation. Methods: A retrospective review of infants with OA admitted to a PICU, after surgical repair, between 2002 and 2011. Patient characteristics, OA’s classifi cation, surgery, morbidity and mortality were analyzed. Two groups were compared according to OA classifi cation. Results: Thirty-four infants were admitted, out of which 65% were male, with a median gestational age of 36 weeks and birth weight of 2310g. Nineteen of them presented other malformations, mainly cardiac. Nine cases were classifi ed as long-gap OA. Fistula ligation and primary oesophageal anastomosis was the most common surgical option (n=27). Early complications occurred in 13 infants (38%), mostly anastomotic leak, and were similar according to gap length (p=0.704). PICU stay and mechanical ventilation were longer in long-gap OA patients (p=0.009 and p<0.001 respectively) and in infants with other malformations (p=0.027 and p=0.003 respectively). There was no mortality. Conclusions: The frequency of OA associated malformations implies a systematic screening of these patients. Gap length and presence of associated malformations were the major determinants of length of intensive care stay and ventilation days in OA patients.Centro Hospitalar Universitário do Porto2016-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i3.8693por2183-9417Pinho, LilianaMargatho, MaristelaDias, AndreaPinto, CarlaLopes, Maria FrancelinaNeves, Farelainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T14:55:00Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/8693Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:56:09.666244Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
title |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
spellingShingle |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos Pinho, Liliana Original Articles |
title_short |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
title_full |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
title_fullStr |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
title_full_unstemmed |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
title_sort |
Atrésia esofágica: 10 anos de experiência de um serviço de cuidados intensivos pediátricos |
author |
Pinho, Liliana |
author_facet |
Pinho, Liliana Margatho, Maristela Dias, Andrea Pinto, Carla Lopes, Maria Francelina Neves, Farela |
author_role |
author |
author2 |
Margatho, Maristela Dias, Andrea Pinto, Carla Lopes, Maria Francelina Neves, Farela |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pinho, Liliana Margatho, Maristela Dias, Andrea Pinto, Carla Lopes, Maria Francelina Neves, Farela |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original Articles |
topic |
Original Articles |
description |
Introdução/Objetivos: A atrésia esofágica (AE) é uma malformação congénita com prognóstico variável. Os objetivos do estudo foram estabelecer a incidência de AE na região centro, caracterizar os lactentes com AE admitidos e comparar a evolução após cirurgia, atendendo ao tipo de AE. Métodos: Estudo descritivo com colheita retrospetiva de dados dos lactentes admitidos no Serviço de Cuidados Intensivos (CIPE) no pós-operatório de AE, entre 2002 e 2011. Foram analisados os seguintes parâmetros: características dos doentes, classifi cação da AE, tipo de cirurgia, morbilidade e mortalidade. Comparação dos dois grupos de acordo com a classificação da AE. Resultados: Foram admitidas 34 crianças, 65% do sexo masculino. A mediana da idade gestacional foi 36 semanas e do peso ao nascer 2310g. Foram detetadas malformações associadas em 19 crianças, sobretudo cardíacas. Nove casos foram classificados como hiato longo (HL). A opção cirúrgica mais frequente foi laqueação de fístula e esófago-esofagostomia primária (n=27). Registaram-se complicações precoces em 13 lactentes (38%), sobretudo deiscência da anastomose, não se registando diferença em relação ao tamanho do hiato (p=0.704). A duração do internamento em cuidados intensivos e o tempo de ventilação mecânica foram superiores nas situações de HL(p=0.009 e p<0.001 respetivamente) e na presença de malformações associadas (p=0.027 e p=0.003 respetivamente). Não se registaram óbitos. Conclusões: A frequência de malformações associadas obriga a um rastreio sistemático. A presença de HL e malformações associadas foram os principais determinantes da duração de internamento em cuidados intensivos e do período de ventilação mecânica nos doentes com AE. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-03-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i3.8693 |
url |
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i3.8693 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2183-9417 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro Hospitalar Universitário do Porto |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro Hospitalar Universitário do Porto |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130430291574784 |