Confusão : a dimensão do subdiagnóstico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/8611 |
Resumo: | É no contexto do Subdiagnóstico da Confusão que se desenvolveu o presente estudo. A confusão do doente hospitalizado encontra-se recorrentemente subdocumentada e sub-tratada. Este facto, para além de comprometer a situação clínica do doente confuso, conduz a severas complicações. Perante esta questão, pretendeu-se conhecer o seu grau de subdiagnóstico em contexto hospitalar. Como estratégia foi identificada a documentação produzida pelos profissionais de saúde referente aos doentes que, durante o período de internamento, num Hospital Central Universitário, desenvolveram episódios confusão, assim como a percepção do enfermeiro sobre a condição deste doente. Para dar resposta ao objectivo do trabalho, conduziu-se um estudo não experimental, descritivo correlacional e exploratório, em que os procedimentos sistemáticos para a sua estruturação se inserem dentro do paradigma quantitativo. A colheita de dados ocorreu em 31 serviços, em que os processos clínicos da amostra – 111 doentes confusos – foram analisados. Ainda como estratégias para essa recolha, identificou-se a Percepção do Enfermeiro sobre a condição do doente confuso, usando-se para tal a entrevista. A informação extraída dos processos clínicos e da entrevista foi sujeita ao processo de Análise de conteúdo, tendo a CIPE® (versão 1) como modelo de análise estabelecido a priori. As características como o comportamento interactivo de agressividade e de não participação nos cuidados, a perturbação da actividade psicomotora (como é exemplo a hipoactividade) e do discurso e ainda a desorientação foram os Problemas mais Documentados. No âmbito da Documentação de Intervenções de Enfermagem verificou-se que as mais documentadas se enquadram na acção Imobilizar, mais concretamente o imobilizar com dispositivos de imobilização e o imobilizar com grades na cama. Tendo em conta o objectivo final deste trabalho, identificou-se o grau de subdiagnóstico da confusão na documentação ao nível dos processos clínicos. Este subdiagnóstico na documentação reflectiu-se em 14 doentes o que equivale a 12,6% dos casos. Após a análise efectuada ao discurso produzido pelos enfermeiros conclui-se que em 30,6% dos casos há défices de percepção da condição do doente. Por sua vez, foi de 9 doentes o número de doentes sem nenhum indicador de confusão, tanto a nível da documentação como a nível da percepção do enfermeiro, o que corresponde a 8,1% dos casos. |
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A colheita de dados ocorreu em 31 serviços, em que os processos clínicos da amostra – 111 doentes confusos – foram analisados. Ainda como estratégias para essa recolha, identificou-se a Percepção do Enfermeiro sobre a condição do doente confuso, usando-se para tal a entrevista. A informação extraída dos processos clínicos e da entrevista foi sujeita ao processo de Análise de conteúdo, tendo a CIPE® (versão 1) como modelo de análise estabelecido a priori. As características como o comportamento interactivo de agressividade e de não participação nos cuidados, a perturbação da actividade psicomotora (como é exemplo a hipoactividade) e do discurso e ainda a desorientação foram os Problemas mais Documentados. No âmbito da Documentação de Intervenções de Enfermagem verificou-se que as mais documentadas se enquadram na acção Imobilizar, mais concretamente o imobilizar com dispositivos de imobilização e o imobilizar com grades na cama. Tendo em conta o objectivo final deste trabalho, identificou-se o grau de subdiagnóstico da confusão na documentação ao nível dos processos clínicos. Este subdiagnóstico na documentação reflectiu-se em 14 doentes o que equivale a 12,6% dos casos. Após a análise efectuada ao discurso produzido pelos enfermeiros conclui-se que em 30,6% dos casos há défices de percepção da condição do doente. Por sua vez, foi de 9 doentes o número de doentes sem nenhum indicador de confusão, tanto a nível da documentação como a nível da percepção do enfermeiro, o que corresponde a 8,1% dos casos.It has been recognized that the syndrome of confusion is frequently poor documented and underreported. Furthermore, this situation is believed to delay the patients’ recovery and can result in serious damages for the hospitalized patient. The present study was carried out in a Central University Hospital, where several medical and nursing records, as well as “nurse’s perception”, were interpreted in order to analyze the degree of confusion’s under-diagnosis. It was developed a non-experimental descriptive, correlational and exploratory study, whose systematic procedures were taken according to a quantitative paradigm. The data was collected in 31 departments, where 111 records of patients with confusion were selected and analyzed. The “nurse’s perception” item was also interpreted as data and registered during an interview. The information extracted from the patients’ records and from the interview was subjected to a content analysis by using the CIPE ® (version 1), a model which had been established a priori. The behavior characteristics more often documented were: illogical speech; hyperactive and hypoactive behavior; disorientation; interactive aggressive behavior and refusal to cooperate with nursing care. According to nurses’ records, the interventions most frequently reported were those related to the item “Immobilize”, as for example, restrain patients by using cot-sides while in bed. The final goal of this study is the identification of the degree of confusion’s under-diagnosis. For this purpose it was analyzed the documentation of confusion in the patients’ records. The under-diagnosis was identified in 14 patients, which corresponds to 12,6% of the cases. After the analysis made to the nurses’ speech during the interview it was concluded that in 30,6% of the cases there was a lack of perception regarding the patients’ condition. Finally, it was also concluded that the number of confused patients, who did not have any indicator of confusion in the documentation, as well as in the “nurse’s perception”, was of 9 patients, which corresponds to 8,1% of the cases.Silva, Abel PaivaMarques, Paulo OliveiraVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSilva, Rosa Carla Gomes2012-07-13T10:54:15Z200820082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/8611porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:13:39Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/8611Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:07:52.703448Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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