Valor do MALDI-TOF no diagnóstico bacteriológico na fibrose quística
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/13870 |
Resumo: | A fibrose quística é a doença hereditária autossómica recessiva frequentemente associada à raça caucasiana. Atualmente, a principal causa de morbilidade e mortalidade é o declínio gradual da função pulmonar devido à colonização crónica por diversas bactérias e fungos, onde os bacilos Gram negativo não fermentadores têm um papel fundamental. O objetivo deste trabalho é comparar duas tecnologias diferentes de identificação bacteriana, na sua capacidade de fornecer uma identificação o mais completa e fidedigna possível, dos bacilos de Gram negativo não fermentadores, em doentes com fibrose quística. Dentro deste objetivo, pretendia-se avaliar o impacto e possível introdução da tecnologia MALDI-TOF MS na rotina de um grande hospital. Para isso, foi realizada uma recolha de dados dos resultados bacteriológicos das amostras respiratórias de 85 doentes com fibrose quística do Centro Hospitalar de São João, EPE. De janeiro de 2002 a 28 de fevereiro de 2013 foram analisados os microrganismos isolados em 1000 amostras, utilizando o VITEK® 2, onde 77,5% dos isolamentos foram identificados ao nível da espécie, 12% ao nível do complexo e 6,7% ao nível do género, não tendo identificado a bactéria em 3,8%. Entre 01 de março de 2013 e 08 de agosto de 2014 foram analisadas 175 amostras usando o VITEK® MS, obtendo uma identificação ao nível da espécie em 73,1% das vezes, 6,3% ao nível do complexo e 20,6% ao nível do género. Assim, é possível concluir que a introdução da tecnologia MALDI-TOF MS permitiu um melhoramento na identificação bacteriana, com a vantagem de fornecer uma identificação fidedigna em apenas alguns minutos e utilizando uma pequena quantidade de inóculo. No entanto, constatou-se que há necessidade de melhorar a base de dados para alguns géneros de bacilos Gram negativo não fermentadores, de forma a possibilitar uma identificação ainda mais eficaz. |
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A fibrose quística é a doença hereditária autossómica recessiva frequentemente associada à raça caucasiana. Atualmente, a principal causa de morbilidade e mortalidade é o declínio gradual da função pulmonar devido à colonização crónica por diversas bactérias e fungos, onde os bacilos Gram negativo não fermentadores têm um papel fundamental. O objetivo deste trabalho é comparar duas tecnologias diferentes de identificação bacteriana, na sua capacidade de fornecer uma identificação o mais completa e fidedigna possível, dos bacilos de Gram negativo não fermentadores, em doentes com fibrose quística. Dentro deste objetivo, pretendia-se avaliar o impacto e possível introdução da tecnologia MALDI-TOF MS na rotina de um grande hospital. Para isso, foi realizada uma recolha de dados dos resultados bacteriológicos das amostras respiratórias de 85 doentes com fibrose quística do Centro Hospitalar de São João, EPE. De janeiro de 2002 a 28 de fevereiro de 2013 foram analisados os microrganismos isolados em 1000 amostras, utilizando o VITEK® 2, onde 77,5% dos isolamentos foram identificados ao nível da espécie, 12% ao nível do complexo e 6,7% ao nível do género, não tendo identificado a bactéria em 3,8%. Entre 01 de março de 2013 e 08 de agosto de 2014 foram analisadas 175 amostras usando o VITEK® MS, obtendo uma identificação ao nível da espécie em 73,1% das vezes, 6,3% ao nível do complexo e 20,6% ao nível do género. Assim, é possível concluir que a introdução da tecnologia MALDI-TOF MS permitiu um melhoramento na identificação bacteriana, com a vantagem de fornecer uma identificação fidedigna em apenas alguns minutos e utilizando uma pequena quantidade de inóculo. No entanto, constatou-se que há necessidade de melhorar a base de dados para alguns géneros de bacilos Gram negativo não fermentadores, de forma a possibilitar uma identificação ainda mais eficaz. |
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