Inventar percursos, reinventar realidades: doentes, trajectórias sociais e racionalidades formais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-21217 http://hdl.handle.net/10071/16221 |
Resumo: | A complexidade dos problemas que caracterizam o processo de articular cuidados de saúde impõe uma perspectiva de análise do sistema de saúde radicalmente diferente daquela que é utilizada habitualmente. Neste sentido, optou-se pela realização de um estudo de caso que permitiu uma leitura em profundidade das representações e das práticas que tecem a densa malha social dos processos que os profissionais e os doentes protagonizam para conseguir atingir objectivos e desenvolver estratégias que maleabilizam o sistema de saúde à integração da diversidade das suas culturas. Assim, foram colocados frente a frente uma comunidade com os seus recursos globais e um sistema com as suas instituições legitimadas, como duas ordens sociais igualmente complexas e com fundamentos culturais igualmente diversos. Este estudo permitiu determinar a equação fundamental da resistência do sistema de saúde aos processos de mudança, emergentes nas trajectórias sociais definidas pelos indivíduos nos consumos de saúde e que se vão pronunciando ao longo da análise das representações dos profissionais sobre os cuidados de saúde e nas posições por eles tomadas face à articulação dos cuidados. A construção das representações dos saberes dos doentes e das formas sociais que adquirem no seu accionamento constituíram um instrumento analítico, de valor inestimável, para identificar e interpretar as posições tomadas quanto ao seu reconhecimento e legitimidade. O sistema de saúde ganha visibilidade como um sistema global de resistência ao funcionamento dos saberes profanos e à diversidade de estratégias sociais a que estes saberes dão lugar. |
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Inventar percursos, reinventar realidades: doentes, trajectórias sociais e racionalidades formaisTrajetórias dos doentesRelação dos doentes com os serviços de saúdeRacionalidades formais e informaisA complexidade dos problemas que caracterizam o processo de articular cuidados de saúde impõe uma perspectiva de análise do sistema de saúde radicalmente diferente daquela que é utilizada habitualmente. Neste sentido, optou-se pela realização de um estudo de caso que permitiu uma leitura em profundidade das representações e das práticas que tecem a densa malha social dos processos que os profissionais e os doentes protagonizam para conseguir atingir objectivos e desenvolver estratégias que maleabilizam o sistema de saúde à integração da diversidade das suas culturas. Assim, foram colocados frente a frente uma comunidade com os seus recursos globais e um sistema com as suas instituições legitimadas, como duas ordens sociais igualmente complexas e com fundamentos culturais igualmente diversos. Este estudo permitiu determinar a equação fundamental da resistência do sistema de saúde aos processos de mudança, emergentes nas trajectórias sociais definidas pelos indivíduos nos consumos de saúde e que se vão pronunciando ao longo da análise das representações dos profissionais sobre os cuidados de saúde e nas posições por eles tomadas face à articulação dos cuidados. A construção das representações dos saberes dos doentes e das formas sociais que adquirem no seu accionamento constituíram um instrumento analítico, de valor inestimável, para identificar e interpretar as posições tomadas quanto ao seu reconhecimento e legitimidade. O sistema de saúde ganha visibilidade como um sistema global de resistência ao funcionamento dos saberes profanos e à diversidade de estratégias sociais a que estes saberes dão lugar.Revista do Centro em rede de Investigação em Antropologia2018-06-22T15:52:20Z2001-01-01T00:00:00Z20012018-06-22T15:51:52Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-21217http://hdl.handle.net/10071/16221por0873-6561Carapinheiro, G.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:53:44Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/16221Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:26:58.960144Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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