Trajectórias quebradas: a vivência do desemprego de longa duração
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/49889 |
Resumo: | Sabe-se que ser desempregado não é simplesmente estar desocupado ou estar privado de um emprego. É também ser reconhecido como tal e vivenciar a experiência subjectiva do desemprego. As recentes investigações sociológicas realçam a desestruturação da vida pessoal, familiar e social daqueles que estão privados de um emprego por um longo período. Neste livro pretende-se reflectir sobre as consequências (in)visíveis de desemprego, reequacionando-se quer o papel família, quer o papel do Estado-providência na manutenção da coesão social e sustentabilidade de políticas públicas na sociedade contemporânea. Integra-se, de forma complementar, uma abordagem simultaneamente estrutural e biográfica ao se perspectivar o desemprego enquanto experiência social que pode assumir vivências subjectivas complexas, resultando não apenas da privação de um salário, como também das fragilidades de sociabilidade que se observam a vários níveis. Para as pessoas que vivem o desemprego, as suas causas podem alicerçar-se sobretudo na percepção de um fracasso pessoal, de uma degradação da qualidade de vida, de uma quebra das relações de amizade e de companheirismo. O desemprego, enquanto "tempo-espaço" diferente daquele que estrutura e do trabalho, simboliza uma ruptura nas trajectórias socioprofissionais, com impactos diversos na vida pessoal, colectiva e institucional dos indivíduos. |
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