COVID-19: impacto nos serviços de sangue e de medicina transfusional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leitão, Maria do Céu
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/12578
Resumo: Assiste-se à emergência de um novo coronavírus com um ciclo de infeção exponencial e universal e elevadas taxas de morbilidade e mortalidade. Designado como SARS-CoV-2 e dada a sintomatologia dos doentes com défice respiratório severo e pneumonia grave, o novo vírus obrigou à declaração de pandemia, forçando medidas de confinamento das populações. A doença originada pela infeção designada por Coronavirus disease 2019 (COVID-19) resultou em todos os países numa drástica diminuição do número de dadores de sangue disponíveis, por estarem infetados ou em confinamento ou ainda devido ao aumento da taxa de reprovação para prevenir o risco da dádiva de sangue por indivíduos com infeção, mas assintomáticos. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em parceria com os outros organismos nacionais responsáveis, de imediato formulou um plano de contingência com caráter normativo de forma a garantir e manter um suporte terapêutico seguro de componentes sanguíneos em todas as solicitações hospitalares. Independentemente das políticas de segurança aplicadas de forma sistemática no processo transfusional, como a realização dos testes de ácidos nucleicos em todas as dádivas, a desleucocitação e a inativação patogénica dos componentes sanguíneos, até que haja mais conhecimento sobre a epidemiologia e patogenicidade do SARS-CoV-2 impõe-se no setor da medicina transfusional o princípio da precaução, lição aprendida desde há anos face aos surtos anteriores. Neste momento, os laboratórios de referência dos Centros de Sangue e da Transplantação, Área Funcional do Sangue, trabalham intensamente na identificação e rastreio dos potenciais dadores de plasma convalescente COVID-19 como opção terapêutica, tendo em conta a ausência atual de vacinas ou medicação específica.
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