Polimorfismos genéticos e a sua interação na suscetibilidade para a hipertensão na população portuguesa
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/7602 |
Resumo: | Introdução: A Hipertensão Arterial (HTA) é um fator de risco cardiovascular muito prevalente em Portugal. Esta patologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a potencial implicação de polimorfismos genéticos nos genes eNOS e ECA e da sua interação na suscetibilidade para a HTA na população portuguesa. Métodos: Foi realizado um estudo de caso-controlo para uma amostra de 377 indivíduos portugueses, dos quais 243 hipertensos (90 hipertensos ligeiros e 153 hipertensos graves) e 134 normotensos. As análises polimórficas do VNTR no intrão 4 do gene eNOS e do polimorfismo ECA inserção/deleção (I/D) foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR). Resultados: Encontrou-se uma associação entre o alelo 4a do gene eNOS e a hipertensão (p=0,001), sendo mais forte para a hipertensão grave (p<0,001). Em relação ao gene ECA, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre doentes e controlos. No entanto, ao analisar os 2 polimorfismos em epistasia, encontrou-se uma tendência para associação entre a combinação do alelo 4a do gene eNOS e do alelo D do gene ECA e a hipertensão ligeira (p=0,061). Conclusão: Os nossos resultados evidenciam o contributo do gene eNOS na HTA, assim como da interação epistática entre os genes eNOS e ECA e a suscetibilidade para a hipertensão ligeira na população portuguesa. A identificação de polimorfismos genéticos que possam influenciar o desenvolvimento e gravidade da HTA, bem como as suas interações epistáticas, pode permitir um diagnóstico mais precoce e específico para esta doença tão prevalente em Portugal. |
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Polimorfismos genéticos e a sua interação na suscetibilidade para a hipertensão na população portuguesaHipertensão ArterialPolimorfismoseNOSECADoenças CardiovascularesHemoglobinopatiasModificadores GenéticosDoenças GenéticasPortugalIntrodução: A Hipertensão Arterial (HTA) é um fator de risco cardiovascular muito prevalente em Portugal. Esta patologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a potencial implicação de polimorfismos genéticos nos genes eNOS e ECA e da sua interação na suscetibilidade para a HTA na população portuguesa. Métodos: Foi realizado um estudo de caso-controlo para uma amostra de 377 indivíduos portugueses, dos quais 243 hipertensos (90 hipertensos ligeiros e 153 hipertensos graves) e 134 normotensos. As análises polimórficas do VNTR no intrão 4 do gene eNOS e do polimorfismo ECA inserção/deleção (I/D) foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR). Resultados: Encontrou-se uma associação entre o alelo 4a do gene eNOS e a hipertensão (p=0,001), sendo mais forte para a hipertensão grave (p<0,001). Em relação ao gene ECA, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre doentes e controlos. No entanto, ao analisar os 2 polimorfismos em epistasia, encontrou-se uma tendência para associação entre a combinação do alelo 4a do gene eNOS e do alelo D do gene ECA e a hipertensão ligeira (p=0,061). Conclusão: Os nossos resultados evidenciam o contributo do gene eNOS na HTA, assim como da interação epistática entre os genes eNOS e ECA e a suscetibilidade para a hipertensão ligeira na população portuguesa. A identificação de polimorfismos genéticos que possam influenciar o desenvolvimento e gravidade da HTA, bem como as suas interações epistáticas, pode permitir um diagnóstico mais precoce e específico para esta doença tão prevalente em Portugal.Introduction: Arterial hypertension (AHT) is a highly prevalent cardiovascular risk factor in Portugal. This pathology is multifactorial, involving genetic and environmental factors. Objective: This study aimed to investigate the potential implication of genetic polymorphisms in eNOS and ACE genes and their interaction in the susceptibility to hypertension in the portuguese population. Methods: A case-control study was conducted in a sample of 377 Portuguese individuals, 243 hypertensives (90 mild hypertensive patients and 153 severe hypertensive patients) and 134 normotensives. The polymorphic analyses of intron 4 VNTR in the eNOS gene and the insertion/deletion (I/D) in ACE gene were performed by polymerase chain reaction (PCR). Results: An association between the 4a allele of eNOS and hypertension was found (p=0.001), being stronger for severe hypertension (p<0.001). ACE shows no statistically significant differences between patients and controls. However, when tested the epistatic interaction between the two polymorphisms, a tendency for association was found between mild hypertension and the combination of the 4a allele (eNOS) with the D allele of ACE (p=0.061). Conclusion: Our results highlight the contribution of the eNOS gene in AHT and the epistatic interaction between eNOS and ACE genes to the susceptibility for mild hypertension in the Portuguese population. The identification of genetic polymorphisms that may influence the development and severity of hypertension, as well as their epistatic interactions, may allow a more early and specific diagnosis for this disease, so prevalent in Portugal.Sociedade Portuguesa de HipertensãoRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeAguiar, LauraSemente, IldegárioFerreira, JoanaMatos, AndreiaMascarenhas, Mário RuiMenezes Falcão, LuizFaustino, PaulaBicho, ManuelInácio, Ângela2021-03-23T18:04:35Z2020-032020-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/7602porRevista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular. 2020 mar-abr;76:12-16.1646-8287info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:41:44Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/7602Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:41:35.914218Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: A Hipertensão Arterial (HTA) é um fator de risco cardiovascular muito prevalente em Portugal. Esta patologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a potencial implicação de polimorfismos genéticos nos genes eNOS e ECA e da sua interação na suscetibilidade para a HTA na população portuguesa. Métodos: Foi realizado um estudo de caso-controlo para uma amostra de 377 indivíduos portugueses, dos quais 243 hipertensos (90 hipertensos ligeiros e 153 hipertensos graves) e 134 normotensos. As análises polimórficas do VNTR no intrão 4 do gene eNOS e do polimorfismo ECA inserção/deleção (I/D) foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR). Resultados: Encontrou-se uma associação entre o alelo 4a do gene eNOS e a hipertensão (p=0,001), sendo mais forte para a hipertensão grave (p<0,001). Em relação ao gene ECA, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre doentes e controlos. No entanto, ao analisar os 2 polimorfismos em epistasia, encontrou-se uma tendência para associação entre a combinação do alelo 4a do gene eNOS e do alelo D do gene ECA e a hipertensão ligeira (p=0,061). Conclusão: Os nossos resultados evidenciam o contributo do gene eNOS na HTA, assim como da interação epistática entre os genes eNOS e ECA e a suscetibilidade para a hipertensão ligeira na população portuguesa. A identificação de polimorfismos genéticos que possam influenciar o desenvolvimento e gravidade da HTA, bem como as suas interações epistáticas, pode permitir um diagnóstico mais precoce e específico para esta doença tão prevalente em Portugal. |
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