Património, memória e criatividade: A Trafaria e a fábrica de conservas de peixe Narciso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/20269 |
Resumo: | Neste ensaio teórico, procura-se contextualizar o património edificado no presente. Para tal, recorre-se à análise de obras literário, e apoia-se na crítica observacional para fundamentar a intervenção numa ruína (caso prático), tentando clarificar uma precisão classificativa que, ainda hoje, teima em ser conflitual. Privilegiando a perspetiva rossiana, aborda-se o monumento, enquanto elemento fundador indiscutível da cidade, cujo valor patrimonial não deixa de ser histórico, temporalmente estético e suscetível à apreciação subjetiva e memorial do sujeito. Contribuindo para a evolução da cidade, o seu locus, entende-se que o monumento transporta uma memória coletiva que reforça a sua individualidade enquanto facto urbano. Associada à sua identidade, a componente técnica e arquitetónica do monumento fortalece o vínculo público, fixa uma época e torna-o afetuoso e intemporal. A memória, elemento fundamental de ligação entre os tempos, olha a cidade de outrora, símbolo de referência, atualiza-a e subjuga-a à atualidade, à economia da indústria e ao âmago da especulação imobiliária. Não deixa, contudo, de fazer notar a sua individualidade, depositada na particularidade de cada um dos seus monumentos, todavia ensombrada pelo fetiche patrimonial e pela prática estética. Ao arquiteto, cabe ligar consciente e inconscientemente soma e obra, despoletar sensações várias, cujo valor emocional se encontra nas gavetas da memória de cada observador. A memória individual do monumento nasce, então, do seu caráter físico e, incondicionalmente, da alma, enquanto processo mental e singular do artista. Nesta participação criativa, o arquiteto procura a fuga à efemeridade e, acima de tudo, as fundações para a sua intemporalidade. |
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Património, memória e criatividade: A Trafaria e a fábrica de conservas de peixe NarcisoArquitetura -- ArchitecturePatrimónio arquitetónicoMemóriaRuínasHeritageMemoryRuinMonumentos históricosTrabalho de projetoNeste ensaio teórico, procura-se contextualizar o património edificado no presente. Para tal, recorre-se à análise de obras literário, e apoia-se na crítica observacional para fundamentar a intervenção numa ruína (caso prático), tentando clarificar uma precisão classificativa que, ainda hoje, teima em ser conflitual. Privilegiando a perspetiva rossiana, aborda-se o monumento, enquanto elemento fundador indiscutível da cidade, cujo valor patrimonial não deixa de ser histórico, temporalmente estético e suscetível à apreciação subjetiva e memorial do sujeito. Contribuindo para a evolução da cidade, o seu locus, entende-se que o monumento transporta uma memória coletiva que reforça a sua individualidade enquanto facto urbano. Associada à sua identidade, a componente técnica e arquitetónica do monumento fortalece o vínculo público, fixa uma época e torna-o afetuoso e intemporal. A memória, elemento fundamental de ligação entre os tempos, olha a cidade de outrora, símbolo de referência, atualiza-a e subjuga-a à atualidade, à economia da indústria e ao âmago da especulação imobiliária. Não deixa, contudo, de fazer notar a sua individualidade, depositada na particularidade de cada um dos seus monumentos, todavia ensombrada pelo fetiche patrimonial e pela prática estética. Ao arquiteto, cabe ligar consciente e inconscientemente soma e obra, despoletar sensações várias, cujo valor emocional se encontra nas gavetas da memória de cada observador. A memória individual do monumento nasce, então, do seu caráter físico e, incondicionalmente, da alma, enquanto processo mental e singular do artista. Nesta participação criativa, o arquiteto procura a fuga à efemeridade e, acima de tudo, as fundações para a sua intemporalidade.This work seeks to contextualize the heritage built in the present. Therefore, it uses the analysis of literary works, and relies on observational criticism to base the intervention on a ruin (practical case), trying to clarify a classification that, even today, is still in conflict. Privileging the rossian perspective, the monument is approached as an indisputable founder of the city, whose patrimonial value is historical, temporarily aesthetic and susceptible to subjective and memorial appreciation of the subject. Contributing to the evolution of the city, it is understood that the monument carries a collective memory that reinforces its individuality as an urban fact. Associated with its identity, the technical and architectural component of the monument strengthens the public bond, fixes an epoch and makes it timeless. Memory, a fundamental element of connection between times, observes the historical city, symbol of reference, updates it and subdues it to the present, to the economy of industry and to the core of real estate speculation. However, it shows its individuality, deposited in the particularity of each monument, however overshadowed by the patrimonial aesthetic fetish. It is up to the architect to consciously and unconsciously link, body and work, to trigger sensations, whose emotional value is found in each observer’s memory. The individual memory of the monument is born, then, of his body and, unconditionally, of his soul, as a mental and singular process of the artist. In this creative participation, the architect seeks to escape from ephemerality and, specially, the foundations for his timelessness.2022-11-18T00:00:00Z2019-11-19T00:00:00Z2019-11-192019-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/20269TID:202461220porRibeiro, João Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:02:47Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20269Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:33:57.989258Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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