Eosinofilia como biomarcador na DPOC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11322 |
Resumo: | A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, apesar de constituir uma patologia prevenível, é muito comum e corresponde a uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, assumindo-se como um importante problema de saúde pública. Os critérios diagnósticos atuais não captam a complexidade dos diferentes fenótipos inflamatórios que contribuem para a obstrução aérea, característica da doença. Tradicionalmente predominam neutrófilos acompanhados de macrófagos alveolares, linfócitos T e linfócitos B contudo, aproximadamente um terço dos pacientes com doença estável apresenta evidências de inflamação eosinofílica, sendo também registado um aumento no nível de eosinófilos durante exacerbações agudas em até 28% dos casos. A procura por ferramentas diagnósticas minimamente invasivas e de fácil aplicação que possam prever a eosinofilia nas vias aéreas tem-se intensificado, sendo que a contagem de células no sangue periférico, um exame laboratorial simples, poderá identificar estes pacientes. Embora o limiar de eosinófilos associado a relevância clínica esteja atualmente sujeito a debate, elevados níveis sanguíneos de eosinófilos foram associados ao declínio na função pulmonar e a exacerbações mais frequentes todavia, poderão também predizer uma resposta mais eficaz aos corticosteroides a respeito da melhoria da função pulmonar e na prevenção e tratamento de episódios de exacerbação. Por conseguinte, as contagens de eosinófilos parecem ter potencial como biomarcador de prognóstico e terapêutico, apesar de mais estudos conclusivos serem ainda necessários. Como os corticosteroides não são isentos de riscos, várias terapias biológicas direcionadas à inflamação eosinofílica estão em desenvolvimento. |
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