Gestão do regime terapêutico na doença mental: perspectiva de doentes de um serviço de psiquiatria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Mário Rui Pereira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/14045
Resumo: Introdução: Na nossa prática profissional em serviço de saúde mental e psiquiatria descobrimos uma grande percentagem de doentes com dificuldade em gerir o regime terapêutico. Esta realidade preocupa-nos porque tem consequências ao nível da sua qualidade de vida e ao nível socioeconómico. Face aos dados da literatura científica e às observações da nossa prática, decidimos fazer um diagnóstico de situação para obter uma primeira aproximação do problema. Objectivos: Com esta intervenção pretendemos compreender a perspectiva de doentes sobre a gestão do seu regime terapêutico, nomeadamente: (a) Compreender como adequam a gestão do regime terapêutico no seu quotidiano; (b) Identificar os factores interferentes na gestão do regime terapêutico. Métodos: No âmbito da nossa prática realizámos entrevistas estruturadas a oito doentes hospitalizados no serviço de psiquiatria: sete com diagnóstico de doença bipolar e um de psicose esquizoafectiva, que tiveram tratamento psiquiátrico anterior ao internamento. Utilizámos alguns indicadores para avaliar as suas possibilidades clínicas, tendo sido seleccionados para a intervenção quando apresentavam ausência de discurso incompreensível, de alucinações, de delírios e de desorientação. Os dados obtidos foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Resultados: Da análise personalizada de cada doente, emergiram factores facilitadores e impeditivos do processo de gestão do regime terapêutico. Identificámos cinco categorias de factores interferentes na gestão do regime terapêutico: (a) relacionados com a pessoa, definidos conceptualmente pelo insight, pelo lidar com o estigma e por estratégias de autogestão, que compreendem o abandono ou interrupção do tratamento, a toma selectiva de fármacos e o esquecimento; (b) relacionados com o tratamento, abrangendo os efeitos secundários da medicação; (c) relacionados com a doença, envolvendo o consumo de substâncias; (d) sociais, implicando o suporte sócio-familiar; (e) relativos ao sistema de saúde, abarcando a natureza da comunicação e a natureza da relação profissional de saúde-doente. Conclusões: A gestão do regime terapêutico na doença bipolar e na psicose esquizoafectiva é um processo dinâmico, complexo e multidimensional, determinado pela intersecção de vários factores inter-relacionados que, juntos, contribuem para a melhorar ou piorar. Os doentes decidem a gestão do regime terapêutico de acordo com uma ―análise custo-benefício‖ e reajustam-na constantemente, na tentativa de lidar com a doença e de ter maior auto-controlo da sua vida. Para desenvolver intervenções profissionais que visem optimizar a gestão do regime terapêutico nestes doentes é fundamental compreender a sua perspectiva, e os enfermeiros têm, nesta área, um lugar privilegiado; ABSTRACT: Background: In our everyday practice in psychiatric and mental health unit we found out a large proportion of patients with impaired ability to manage therapeutic regime. This situation worries us since it has consequences on their quality of life and socioeconomic level. Given the scientific literature data and the observations of our practice, we decided to make a diagnosis of the situation to get a first assessment of the problem. Aims: With this intervention we want to know the patients‘ view on the management of their treatment regime, namely: (a) to understand how they adjust management of therapeutic regime to their daily lives; (b) identify the factors interfering in the management of therapeutic regime. Methods: Within our practice we conducted interviews based on a structured interview guide. In total, eight psychiatric patients were interviewed: seven with a diagnosis of bipolar disorder and one with schizoaffective psychosis, who had psychiatric treatment before admission. We used some indicators to assess their clinical possibilities and they were selected when there was no incomprehensible speech, hallucinations, delusions and disorientation. Data analysis was based on the technique of content analysis. Findings: From the individualized analysis of each patient, we found factors hindering and facilitating the management of therapeutic regime. We identified five categories of factors interfering in management of therapeutic regime: (a) personal factors, defined conceptually by insight, by dealing with stigma and self-management strategies, which include abandonment or interruption of treatment, selective medication-taking and forgetting, (b) related to treatment, regarding side effects of medication, (c) related to the disease, concerning the use of substances, (d) social factors, conceptually defined by social and family support, (e) health system-related factors, including the nature of communication and the nature of relationship between healthcare professionals and patients. Conclusions: Management of therapeutic regime in bipolar disorder and schizoaffective psychosis is a complex, dynamic and multidimensional process, determined by the intersection of several interrelated factors that together can improve or worse it. Patients decide to manage therapeutic regime through a ―cost-benefit analysis‖ and readjust it constantly, trying to cope with the disease and to have a greater self-control of their lives. To develop professional interventions aimed at optimizing management of therapeutic regime in these patients is essential to understand their viewpoint and nurses have in this area a privileged place.
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Métodos: No âmbito da nossa prática realizámos entrevistas estruturadas a oito doentes hospitalizados no serviço de psiquiatria: sete com diagnóstico de doença bipolar e um de psicose esquizoafectiva, que tiveram tratamento psiquiátrico anterior ao internamento. Utilizámos alguns indicadores para avaliar as suas possibilidades clínicas, tendo sido seleccionados para a intervenção quando apresentavam ausência de discurso incompreensível, de alucinações, de delírios e de desorientação. Os dados obtidos foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Resultados: Da análise personalizada de cada doente, emergiram factores facilitadores e impeditivos do processo de gestão do regime terapêutico. Identificámos cinco categorias de factores interferentes na gestão do regime terapêutico: (a) relacionados com a pessoa, definidos conceptualmente pelo insight, pelo lidar com o estigma e por estratégias de autogestão, que compreendem o abandono ou interrupção do tratamento, a toma selectiva de fármacos e o esquecimento; (b) relacionados com o tratamento, abrangendo os efeitos secundários da medicação; (c) relacionados com a doença, envolvendo o consumo de substâncias; (d) sociais, implicando o suporte sócio-familiar; (e) relativos ao sistema de saúde, abarcando a natureza da comunicação e a natureza da relação profissional de saúde-doente. Conclusões: A gestão do regime terapêutico na doença bipolar e na psicose esquizoafectiva é um processo dinâmico, complexo e multidimensional, determinado pela intersecção de vários factores inter-relacionados que, juntos, contribuem para a melhorar ou piorar. 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Aims: With this intervention we want to know the patients‘ view on the management of their treatment regime, namely: (a) to understand how they adjust management of therapeutic regime to their daily lives; (b) identify the factors interfering in the management of therapeutic regime. Methods: Within our practice we conducted interviews based on a structured interview guide. In total, eight psychiatric patients were interviewed: seven with a diagnosis of bipolar disorder and one with schizoaffective psychosis, who had psychiatric treatment before admission. We used some indicators to assess their clinical possibilities and they were selected when there was no incomprehensible speech, hallucinations, delusions and disorientation. Data analysis was based on the technique of content analysis. Findings: From the individualized analysis of each patient, we found factors hindering and facilitating the management of therapeutic regime. 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Métodos: No âmbito da nossa prática realizámos entrevistas estruturadas a oito doentes hospitalizados no serviço de psiquiatria: sete com diagnóstico de doença bipolar e um de psicose esquizoafectiva, que tiveram tratamento psiquiátrico anterior ao internamento. Utilizámos alguns indicadores para avaliar as suas possibilidades clínicas, tendo sido seleccionados para a intervenção quando apresentavam ausência de discurso incompreensível, de alucinações, de delírios e de desorientação. Os dados obtidos foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Resultados: Da análise personalizada de cada doente, emergiram factores facilitadores e impeditivos do processo de gestão do regime terapêutico. Identificámos cinco categorias de factores interferentes na gestão do regime terapêutico: (a) relacionados com a pessoa, definidos conceptualmente pelo insight, pelo lidar com o estigma e por estratégias de autogestão, que compreendem o abandono ou interrupção do tratamento, a toma selectiva de fármacos e o esquecimento; (b) relacionados com o tratamento, abrangendo os efeitos secundários da medicação; (c) relacionados com a doença, envolvendo o consumo de substâncias; (d) sociais, implicando o suporte sócio-familiar; (e) relativos ao sistema de saúde, abarcando a natureza da comunicação e a natureza da relação profissional de saúde-doente. Conclusões: A gestão do regime terapêutico na doença bipolar e na psicose esquizoafectiva é um processo dinâmico, complexo e multidimensional, determinado pela intersecção de vários factores inter-relacionados que, juntos, contribuem para a melhorar ou piorar. 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Aims: With this intervention we want to know the patients‘ view on the management of their treatment regime, namely: (a) to understand how they adjust management of therapeutic regime to their daily lives; (b) identify the factors interfering in the management of therapeutic regime. Methods: Within our practice we conducted interviews based on a structured interview guide. In total, eight psychiatric patients were interviewed: seven with a diagnosis of bipolar disorder and one with schizoaffective psychosis, who had psychiatric treatment before admission. We used some indicators to assess their clinical possibilities and they were selected when there was no incomprehensible speech, hallucinations, delusions and disorientation. Data analysis was based on the technique of content analysis. Findings: From the individualized analysis of each patient, we found factors hindering and facilitating the management of therapeutic regime. We identified five categories of factors interfering in management of therapeutic regime: (a) personal factors, defined conceptually by insight, by dealing with stigma and self-management strategies, which include abandonment or interruption of treatment, selective medication-taking and forgetting, (b) related to treatment, regarding side effects of medication, (c) related to the disease, concerning the use of substances, (d) social factors, conceptually defined by social and family support, (e) health system-related factors, including the nature of communication and the nature of relationship between healthcare professionals and patients. Conclusions: Management of therapeutic regime in bipolar disorder and schizoaffective psychosis is a complex, dynamic and multidimensional process, determined by the intersection of several interrelated factors that together can improve or worse it. 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