A adaptação global dos adultos com perturbação específica da aprendizagem – Leitura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eusébio, Ana Alexandra da Nova
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/7976
Resumo: Nos dias que correm a Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura (PAEDL), vulgo dislexia, corresponde a uma perturbação do neurodesenvolvimento, de origem biológica, influenciada por fatores genéticos, epigenéticos e ambientais como os principais agentes dos défices cognitivos relacionados com os sinais comportamentais da patologia (APA, 2013). A sua relação com outras perturbações, ou dificuldades, tais como a PHDA e quadros depressivos, por exemplo, é conhecida, e autores como Lima, Salgado, e Ciasca (2011) defendem que, caso não exista uma intervenção rumo à superação das dificuldades associadas à PAE-DL, estas podem ser consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicológicos e comportamentais que acompanharão o indivíduo com esta perturbação, enquanto adulto, contribuindo para uma possível desadaptação social e emocional (Stein, 2008 citado por Gadanho, 2014). O objetivo do presente trabalho prendeu-se com a necessidade de aferir se se registam diferenças entre os indivíduos com e sem Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura no que respeita à sua adaptação global. E quais as estratégias de coping mais usadas pelos indivíduos de cada grupo. Para tal, comparou-se a resiliência de indivíduos disléxicos e não disléxicos, e tentou distinguir-se as estratégias de coping usadas, com o objetivo maior de compreender se a conduta dos indivíduos é diferente por estarem sujeitos a um fator de risco como é a Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura (PAE-DL). Foi disponibilizada uma bateria de testes, maioritariamente, online que incluiu a Escala de Resiliência Connor-Davidson - CD-RISC, adaptação para a população portuguesa de Anjos e Ribeiro, (2008), e o Questionário Brief COPE, adaptação para a população portuguesa de Pais Ribeiro e Rodrigues (2004). Concluiu-se não existirem diferenças significativas entre a adaptação de indivíduos disléxicos e indivíduos não disléxicos. Estes resultados levantaram a hipótese da presença de fatores protetores no ecossistema do indivíduo, e do próprio indivíduo, que poderão estar na base do ajustamento social e emocional registado. Concernente às estratégias de coping usadas pelos indivíduos, não se verificaram diferenças relevantes, correspondendo estas ao planeamento, à aceitação, ao coping ativo, à reinterpretação positiva e à auto distração, esta última não tão usada pelos indivíduos não disléxicos. No entanto, os indivíduos com PAE-DL recorrem com mais frequência a estratégias de coping consideradas menos adaptadas, consideradas estratégias de evitamento, tais como a negação e o desinvestimento comportamental, quando comparados ao grupo normativo.
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A sua relação com outras perturbações, ou dificuldades, tais como a PHDA e quadros depressivos, por exemplo, é conhecida, e autores como Lima, Salgado, e Ciasca (2011) defendem que, caso não exista uma intervenção rumo à superação das dificuldades associadas à PAE-DL, estas podem ser consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicológicos e comportamentais que acompanharão o indivíduo com esta perturbação, enquanto adulto, contribuindo para uma possível desadaptação social e emocional (Stein, 2008 citado por Gadanho, 2014). O objetivo do presente trabalho prendeu-se com a necessidade de aferir se se registam diferenças entre os indivíduos com e sem Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura no que respeita à sua adaptação global. E quais as estratégias de coping mais usadas pelos indivíduos de cada grupo. Para tal, comparou-se a resiliência de indivíduos disléxicos e não disléxicos, e tentou distinguir-se as estratégias de coping usadas, com o objetivo maior de compreender se a conduta dos indivíduos é diferente por estarem sujeitos a um fator de risco como é a Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura (PAE-DL). Foi disponibilizada uma bateria de testes, maioritariamente, online que incluiu a Escala de Resiliência Connor-Davidson - CD-RISC, adaptação para a população portuguesa de Anjos e Ribeiro, (2008), e o Questionário Brief COPE, adaptação para a população portuguesa de Pais Ribeiro e Rodrigues (2004). Concluiu-se não existirem diferenças significativas entre a adaptação de indivíduos disléxicos e indivíduos não disléxicos. Estes resultados levantaram a hipótese da presença de fatores protetores no ecossistema do indivíduo, e do próprio indivíduo, que poderão estar na base do ajustamento social e emocional registado. Concernente às estratégias de coping usadas pelos indivíduos, não se verificaram diferenças relevantes, correspondendo estas ao planeamento, à aceitação, ao coping ativo, à reinterpretação positiva e à auto distração, esta última não tão usada pelos indivíduos não disléxicos. No entanto, os indivíduos com PAE-DL recorrem com mais frequência a estratégias de coping consideradas menos adaptadas, consideradas estratégias de evitamento, tais como a negação e o desinvestimento comportamental, quando comparados ao grupo normativo.Presently the specific learning disorder with impairment to reading, also known as dyslexia, stands for a neurodevelopment’s disturbance, with biological origin, influenced by genetic factors, epigenetic and environmental factors as the main agents of the cognitive deficits associated to the behavioral signs of the pathology (APA, 2013). There are other disorders that are related to this disorder, some authors like Lima, Salgado, e Ciasca (2011) believe that if there isn’t an intervention toward the overcoming of the difficulties associated to dyslexia, these can be considered a risk factor for the development of psychological disorders and behavioral disorders, that will accompany the dyslexic as an adult, contributing to a possible social and emotional maladaptation (Stein, 2008 cit in Gadanho, 2014). The main goal of the present study was assess if there were differences between the overall adaptation of the individuals with and without Specific Learning Disability with impairment to reading. Beyond this, it was our purpose to get to know which are the coping strategies most used by individuals in each group, in order to understand if the conduct of individuals is different because they are subject to a risk factor such as the Specific Learning Disability with impairment to reading. To this end, we compared the resilience of dyslexics with not dyslexic individuals and tried to distinguish the coping strategies. To persecute this goal, a combination of tests was available to be respond, mainly, online. This combines the Connor- Davidson Resilience Scale - CD-RISC, adaptation to the Portuguese population of Anjos and Ribeiro (2008), and the Brief COPE questionnaire, adapt to the Portuguese population of Pais Ribeiro and Rodrigues (2004). It was possible to conclude that there weren’t significant differences between the adaptation of dyslexics and non-dyslexics individuals. These results presuppose the presence of protective factors in the ecosystem of the individual, and the individual himself, which may be the basis of the social and emotional adjustment registered. Regarding the coping strategies used by the individuals, there were no relevant differences. This strategies corresponded to planning, acceptance, active coping, positive reinterpretation and self-distraction, this last, not so used by non-dyslexic individuals. However, dyslexic individuals more often resort to coping strategies considered less adapted, considered avoidance strategies, such as negation and behavioral disinvestment, when compared to the normative group.Maia, Luís Alberto Coelho RebeloSimões, Maria de Fátima de JesusRodrigues, Paulo Joaquim Fonseca da Silva FarinhauBibliorumEusébio, Ana Alexandra da Nova2019-12-18T17:24:42Z2017-07-202017-06-262017-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/7976TID:202340937porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:38Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/7976Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:24.899039Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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