A expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo (séculos xix-xx)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varela, Raquel
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Santa, Roberto della
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/15547
Resumo: Neste ensaio debatemos a expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo, com destaque para a génese do processo na época oitocentista, durante a transição para o capitalismo em Portugal, depois de 1820. Destacamos o processo de expropriação, a dinâmica social — entre as formas históricas de trabalho pré-capitalistas e capitalistas — e, finalmente, fazemos uma análise crítica da analogia, realizada no período do Estado Novo, entre as guildas medievais e o corporativismo ditatorial da autocracia burguesa (1926-1974), defendendo que o sistema corporativo encerrava em si uma autonomia e democracia real do trabalho autorregulado na era medieval que não existiu no Estado Novo ou, via de regra, noutras fases contemporâneas, incluindo a mais recente. Neste sentido, trata-se de uma revalorização das artes e dos ofícios medievais a partir de uma perspetiva metodológica fundamentada na centralidade do trabalho vivo.
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spelling A expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo (séculos xix-xx)The expropriation of masters-artisans in contemporary Portugal (19th-20th centuries)Artes e ofíciosExpropriação dos artesãosPortugal contemporâneoCorporações medievaisArts and craftsArtisans’ expropriationContemporary PortugalMedieval corporationsODS::04:Educação de QualidadeNeste ensaio debatemos a expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo, com destaque para a génese do processo na época oitocentista, durante a transição para o capitalismo em Portugal, depois de 1820. Destacamos o processo de expropriação, a dinâmica social — entre as formas históricas de trabalho pré-capitalistas e capitalistas — e, finalmente, fazemos uma análise crítica da analogia, realizada no período do Estado Novo, entre as guildas medievais e o corporativismo ditatorial da autocracia burguesa (1926-1974), defendendo que o sistema corporativo encerrava em si uma autonomia e democracia real do trabalho autorregulado na era medieval que não existiu no Estado Novo ou, via de regra, noutras fases contemporâneas, incluindo a mais recente. Neste sentido, trata-se de uma revalorização das artes e dos ofícios medievais a partir de uma perspetiva metodológica fundamentada na centralidade do trabalho vivo.This essay debates the expropriation of masters-artisans in Contemporary Portugal, focusing on its origins in the 19th century. It explores how this process unfolded throughout the Portuguese transition to capitalism after 1820. We focus on the expropriation process, the social dynamics — between precapitalist and capitalist forms of labour —, and, finally, critically analyze the analogy made during the Estado Novo between medieval guilds and the dictatorial corporatism of the bourgeois autocracy (1926-1974). We argue that the corporate system in the medieval era had a self-regulated work autonomy and real democracy that is absent in the Estado Novo regime and generally lacking in other Contemporary periods, including the present one. It is a reassessment of medieval arts and crafts, with a methodological perspective founded on the centrality of living work.Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta (CEG/UAb) | Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA) | Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos (CompaRes)Repositório AbertoVarela, RaquelSanta, Roberto della2024-01-23T17:26:46Z2023-122023-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/15547porVarela, Raquel; Santa, Roberto della - A expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo (séculos xix-xx). "e-LCV" [Em linha]. ISSN 2184-4097. Nº 11 (julho-dez. de 2023), p. 117-1332184-4097https://doi.org/10.53943/ELCV.0223_117-133info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-17T01:49:02Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/15547Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:58:25.085065Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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