RELAÇÃO ENTRE A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A RADIAÇÃO IONIZANTE EM TRABALHADORES DA SAÚDE E O DESENVOLVIMENTO DE CANCRO DE MAMA
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Data de Publicação: | 2024 |
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Resumo: | RESUMO Introdução: Todos os anos são registados mais de 2,3 milhões de casos de cancro da mama, o que o torna o tipo cancro mais comum entre os adultos. A associação entre o cancro da mama e fatores ocupacionais é uma questão que tem vindo a ser estudada na literatura desde o início do século XVIII. Os desenvolvimentos tecnológicos permitiram um estudo mais aprofundado sobre a relação entre o cancro da mama e os fatores profissionais como a exposição a produtos químicos, pesticidas, metais e também fontes de exposição a radiação ionizante e não ionizante. O objetivo da presente revisão de literatura é incidir na relação entre a exposição ocupacional a radiação ionizante em trabalhadores da saúde e o desenvolvimento de cancro da mama. Metodologia: Foi efetuada uma pesquisa na Medline, com o motor de busca PubMed e na Elsevier, com o motor de busca Science Direct. As palavras de pesquisa usadas foram uma combinação dos termos breast cancer, occupational exposure, ionizing radiation e healthcare workers. Foi também realizada pesquisa na Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional utilizando os termos “Cancro de mama” e “Radiação Ionizante”. Discussão/Conclusão: A literatura atual não é unânime quanto às características clínicas e patológicas específicas do cancro da mama possivelmente ligadas a contextos profissionais. Os profissionais de saúde, tais como técnicos de radiologia, enfermeiros, cirurgiões ortopédicos e cardiologistas de intervenção são especialmente vulneráveis a este tipo de exposição, nomeadamente à radiação ionizante. No entanto, alguns estudos apontaram para uma dificuldade em estabelecer uma relação causal entre estes fatores e o desenvolvimento de doença devido ao número de variáveis envolvidas, tais como a duração e intensidade da exposição e à influência de outros fatores de risco. As mudanças no equipamento, procedimentos e medidas de proteção resultaram em doses mais baixas nos anos mais recentes, o que significa que o risco de cancro da mama é baixo nos níveis atuais de exposição profissional à radiação ionizante. |
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