Comparação dos resultados clínicos e ortopédicos no tratamento cirúrgico de fracturas trocantéricas instáveis : DHS vs PFNa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pais, Nuno Gonçalo Figueiredo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31985
Resumo: Introdução: As fracturas trocantéricas, especialmente em idosos com osteoporose, representam um desafio para o cirurgião ortopédico. Enquanto o Dynamic Hip Screw (DHS) representa o implante de eleição para o tratamento das fracturas estáveis, o implante ideal para o tratamento de fracturas instáveis permanence controverso, apesar do recente ganho de popularidade das hastes intramedulares (PFNa). Objectivo: Este estudo retrospectivo comparou os resultados radiológicos, clínicos e ortopédicos dos implantes Dynamic Hip Screw (DHS) e Proximal Femoral Nail antirotation (PFNa), no tratamento de fracturas trocantéricas instáveis (AO 31 A2). Material e Métodos: Foram analisados registos clínicos de 116 doentes com fracturas trocantéricas instáveis, com um follow-up igual ou superior a 12 meses. 66 doentes foram tratados com DHS e 50 com PFNa. Foram registados dados do tempo operatório, tempo de internamento, tipo e qualidade da redução, consolidação, necessidade de transfusão sanguínea e complicações clínicas e ortopédicas. Resultados: Considerando a totalidade das fracturas 31 A2, o DHS apresentou taxas superiores de reduções da fractura consideradas insatisfatórias (23,4% e 18,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e de complicações clínicas (34,8% e 32,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e ortopédicas (15,2% e 14,0% para DHS e PFNa, respectivamente). O tempo de cirurgia, a necessidade de transfusão sanguínea (53,0% e 68,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e a proporção de reduções da fractura consideradas anatómicas (21,9% e 36,0% para DHS e PFNa, respectivamente) foi superior no grupo do PFNa. O tempo de internamento e as taxas de consolidação foram semelhantes nos dois tipos de implante. Restringindo a análise apenas para o tipo específico de fracturas 31 A2.2., alguns resultados estatísticos sofreram alterações. As taxas de complicações clínicas (20,7% e 14,3% para DHS e PFNa, respectivamente) e ortopédicas (37,9% e 31,0% para DHS e PFNa, respectivamente) acentuaram-se no grupo do DHS, com taxas de transfusão (69,0% e 64,3% para DHS e PFNa, respectivamente) semelhantes em ambos os grupos. Conclusão: O PFNa mostrou-se superior ao DHS no tratamento das fracturas trocantéricas instáveis, em termos de qualidade de redução e taxas de complicações clínicas e ortopédicas. Nas restantes variáveis, o PFNa não mostrou inferioridade relativamente ao DHS.
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Material e Métodos: Foram analisados registos clínicos de 116 doentes com fracturas trocantéricas instáveis, com um follow-up igual ou superior a 12 meses. 66 doentes foram tratados com DHS e 50 com PFNa. Foram registados dados do tempo operatório, tempo de internamento, tipo e qualidade da redução, consolidação, necessidade de transfusão sanguínea e complicações clínicas e ortopédicas. Resultados: Considerando a totalidade das fracturas 31 A2, o DHS apresentou taxas superiores de reduções da fractura consideradas insatisfatórias (23,4% e 18,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e de complicações clínicas (34,8% e 32,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e ortopédicas (15,2% e 14,0% para DHS e PFNa, respectivamente). O tempo de cirurgia, a necessidade de transfusão sanguínea (53,0% e 68,0% para DHS e PFNa, respectivamente) e a proporção de reduções da fractura consideradas anatómicas (21,9% e 36,0% para DHS e PFNa, respectivamente) foi superior no grupo do PFNa. O tempo de internamento e as taxas de consolidação foram semelhantes nos dois tipos de implante. Restringindo a análise apenas para o tipo específico de fracturas 31 A2.2., alguns resultados estatísticos sofreram alterações. As taxas de complicações clínicas (20,7% e 14,3% para DHS e PFNa, respectivamente) e ortopédicas (37,9% e 31,0% para DHS e PFNa, respectivamente) acentuaram-se no grupo do DHS, com taxas de transfusão (69,0% e 64,3% para DHS e PFNa, respectivamente) semelhantes em ambos os grupos. Conclusão: O PFNa mostrou-se superior ao DHS no tratamento das fracturas trocantéricas instáveis, em termos de qualidade de redução e taxas de complicações clínicas e ortopédicas. Nas restantes variáveis, o PFNa não mostrou inferioridade relativamente ao DHS.Background: Trochanteric fractures, especially in elderly persons with osteoporosis, present a challenge for the orthopedic surgeon. While the Dynamic Hip Screw (DHS) became the implant of choice for the treatment of stable fractures, the ideal implant for treatment of unstable fractures remains an issue, despite recent popularity gained by intramedullary nailing (PFNa). Objective: This retrospective cohort study compared radiologic, clinical and orthopedic outcome data for the Dynamic Hip Screw (DHS) and Proximal Femoral Nail antirotation (PFNa) implant systems in the treatment of patients with unstable trochanteric fractures (AO 31 A2). Material and methods: Medical records of 116 patients with unstable trochanteric fracture followed-up for a minimum period of 12 months were analyzed. 66 patients were treated with DHS and 50 with PFNa. Operative time, hospital stay, type and quality of reduction, fracture union, need for blood transfused, clinical and orthopedic complications were recorded. Results: Considering all 31 A2 fractures, DHS had higher rates of fracture reduction considered as unsatisfactory (23,4% and 18,0% for DHS and PFNa, respectively) and clinical (34,8% and 32,0% for DHS and PFNa, respectively) and orthopedic (15,2% and 14,0% for DHS and PFNa, respectively) complications. Surgical time, need for transfusion (53,0% and 68,0% for DHS and PFNa, respectively) and rate of fracture reduction considered anatomic (21,9% and 36,0% for DHS and PFNa, respectively) were higher in PFNa group. Outcomes of hospital stay and fracture union were similar in both implants. Restricting analyze only for specific AO 31 A2.2. fracture type, some statistic results were different. Clinical (20,7% and 14,3% for DHS and PFNa, respectively) and orthopedic (37,9% and 31,0% for DHS and PFNa, respectively) complication rates were emphasized in DHS group, with similar needs for transfusion (69,0% and 64,3% for DHS and PFNa, respectively) in both groups. Conclusion: The use of PFNa in treatment of unstable trochanteric fractures was considered to be superior to DHS, in terms of the quality (of) reduction and rates of orthopedic and overall clinical complications. In the remaining variables, PFNa group revealed non-inferiority compared to the DHS group.2014-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31985http://hdl.handle.net/10316/31985TID:201628074porPais, Nuno Gonçalo Figueiredoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31985Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:44.448414Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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