Colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina: Que impacto na morbilidade de doentes pediátricos com fibrose quística?
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Data de Publicação: | 2010 |
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Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592010000400002 |
Resumo: | Introdução: Ao Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é lassicamente reconhecido um papel patogénico no âmbito da fibrose quística (FQ). Objectivos: Avaliação da evolução da prevalência e incidência da colonização por MRSA, impacto clínico no ano após o primeiro isolamento, factores de risco e padrão de resistência antimicrobiana. Métodos: Estudo retrospectivo dos doentes pediátricos colonizados por MRSA seguidos no centro de FQ do Hospital de Santa Maria de 2003 a 2007. Resultados: O MRSA foi isolado em secreções respiratórias de 12 dos 60 doentes seguidos durante este período (colonização crónica em 3 doentes). A idade média à data do primeiro isolamento foi de 9 anos e 10 meses e o tempo médio entre o diagnóstico de FQ e a aquisição de MRSA de 5 anos e 7 meses. Verificou-se um aumento da prevalência e incidência de colonização por MRSA, com um máximo atingido em 2007 (prevalência 14,3% e incidência 8,9%). Quatro doentes cumpriram antibioticoterapia profiláctica antiestafilocócica com flucloxacilina. No ano após o primeiro isolamento de MRSA, constatou -se um aumento do número de dias de internamento em 4 doentes (2 com colonização crónica) e deterioração da função pulmonar em 5, incluindo a totalidade dos doentes com colonização crónica. Apenas um doente apresentou diminuição de percentil de índice de massa corporal. As resistências mais frequentemente encontradas foram à rifampicina e à clindamicina.Conclusões: Este estudo revelou ocorrência de deterioração clínica relevante em doentes com colonização crónica por MRSA, reforçando a importância da implementação de estratégias eficazes e precoces de erradicação. |
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