Parasitas gastrointestinais em produção de frango ao ar livre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lozano, João
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Gomes, Lídia, Madeira de Carvalho, Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/24522
Resumo: A investigação em sanidade animal realizada a nível nacional em sistemas extensivos de produção de frango é essencial, atendendo à frequente longa exposição dos animais ao ambiente exterior e aos parasitas que o contaminam. Estudos parasitológicos são extremamente relevantes de forma a conhecer quais as espécies parasitárias mais prevalentes e ajudar os produtores a definirem melhores medidas profiláticas. Esta pesquisa procurou identificar os parasitas gastrointestinais associados a este tipo de produção aviária e ocorreu numa exploração agropecuária localizada na extremidade noroeste do distrito de Lisboa, onde foram avaliados Frangos do Campo através de amostragem fecal aos 75 e 85 dias de idade. O parasitismo gastrointestinal foi analisado através de métodos coprológicos qualitativos, quantitativos e coproculturas para obtenção de oocistos esporulados e larvas L3 de nematodes estrongilídeos. Na 1ª amostragem, a prevalência de Eimeria spp. totalizou 40,0%, sendo Eimeria mitis (13,3%) e E. maxima (11,7%) as mais prevalentes, tendo-se identificado também ovos de Capillaria sp., (1,7 % de prevalência). Nas coproculturas de oocistos, esporularam as seguintes espécies: E. necatrix, E. mitis, E. praecox, E. maxima, E. acervulina e E. tenella. Na 2ª amostragem, as coccídeas continuaram a ser o grupo mais prevalente, 90,0% de amostras positivas com oito espécies identificadas, sendo de novo E. mitis a espécie mais frequente (41,7%), seguida por E. acervulina (26,7%) e E. tenella (25%). Foram também observados ovos de Heterakis sp. (3,33%) e novamente de Capillaria sp. (10,0%) A carga parasitária fecal de oocistos na 1ª e 2ª amostragens foi de 370,8 ± 2055,3 OoPG e 599,2 ± 1289,2 OoPG, respetivamente, verificando-se um aumento superior a 60% do valor médio deste parâmetro parasitológico da 1ª para a 2ª colheita. O crescimento da erva, a idade e densidade animal, bem como o tempo de exposição a parasitas com períodos pré-patentes curtos, constituíram fatores chave para o aumento da prevalência de oocistos de Eimeria spp. e ovos de helmintes entre as duas amostragens, em particular de espécies com reconhecida patogenicidade. Isto permite-nos concluir que no final da fase de engorda, as cargas parasitárias são as mais elevadas detetadas neste sistema de produção de Frango do Campo, podendo desencadear patologia associada e interferir com a sua performance produtiva.
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