Esclerose múltipla : uma doença primariamente inflamatória ou neurodegenerativa?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/47995 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifíca de Neurologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Esclerose múltipla : uma doença primariamente inflamatória ou neurodegenerativa?NeurologiaEsclerose múltiplaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifíca de Neurologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraObjectivo: Os desenvolvimentos da genética, imunologia, patologia e técnicas de imagem têm permitido uma nova visão sobre o verdadeiro mecanismo inicial da Esclerose Múltipla (EM). Lesões que precedem as placas desmielinizantes, típicas desta doença que afecta o SNC, têm vindo a ser observadas, colocando a hipótese de uma oligodendropatia como causa inicial, contrariando a teoria inflamatória defendida pela grande maioria dos autores. Este trabalho pretende rever e apresentar as conclusões retiradas de pesquisas recentes de forma a tentar perceber o verdadeiro processo patológico que despoleta a EM. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática através dos 5 níveis da Pirâmide de Haynes, excluindo apenas o primeiro nível, Systems, por ainda não ser uma ferramenta completamente desenvolvida. Equações que incluíram os termos multiple sclerosis, inflammation, inflammatory, neurodegeneration, neurodegenerative e imunopathology foram usadas em fontes como UpToDate, Dynamed, Evidence Based Medicine, ACP Journal Club, Cochrane Library, PubMed e Medical Subject Headings. De 971 artigos encontrados em toda a pesquisa, 158 foram seleccionados com base em vários critérios de selecção. Resultados: Confirma-se a presença de um processo imune e degenerativo na EM, que podendo ser independentes, se envolvem num leque de possíveis etiologias que incluem genética, infecções, tóxicos, entre outras. Anormalidades nos oligodendrócitos e activação de microglia são observados em áreas do SNC aparentemente normais, antecipando em meses o aparecimento de lesões inflamatórias típicas da EM e o surgimento de sinais clínicos. Conclusões: São necessários mais estudos que ultrapassem as dificuldades inerentes à caracterização desta patologia, como recolha de amostras e pesquisa de biomarcadores específicos. Contudo, são várias as pesquisas que apontam para um aparecimento precoce de lesões a que os autores chamam de pré-activas, surgidas antes do processo imune e que podem representar o mecanismo precursor da EM. A causa para a oligodendropatia observada nestas lesões é, no entanto, ainda muito incerta, apesar de hipóteses como toxicidade pelo glutamato, disfunção mitocondrial e alterações oligodendrocíticas internas estarem a ser seriamente consideradas.Objective: The development of genetics, immunology, pathology and imaging techniques have allowed new insight into the actual initial mechanism of Multiple Sclerosis (MS). Lesions that precede the demyelinating plaques, typical of this disease which affects the CNS, have been observed, placing the possibility of an oligodendropathy as the initial cause, opposing to the inflammatory theory advocated by most authors. This paper aims to review and present the conclusions from recent research and try to understand the true pathological process that triggers MS. Methods: I performed a systematic review through the five levels of the Pyramid of Haynes, excluding only the first level, Systems, since it is a tool that it is not yet fully developed. Equations that included the terms multiple sclerosis, inflammation, inflammatory, neurodegeneration, neurodegenerative and imunopathology were used in sources such as UpToDate, Dynamed, Evidence Based Medicine, ACP Journal Club, Cochrane Library, PubMed and Medical Subject Headings. From 971 articles found throughout the search, 158 were selected based on various selection criteria. Results: It is confirmed the presence of an immune and degenerative process in MS, which can be independent, engaged in a range of possible causes including genetics, infections, toxic, among others. Abnormalities in the activation of microglia and oligodendrocytes are observed in apparently normal areas of the CNS, months ahead from the appearance of typical inflammatory lesions and clinical signs. Conclusions: Further studies are needed to overcome the inherent difficulties in characterizing this pathology, such as sampling and research of specific biomarkers. However, there are several studies that point out an early appearance of lesions so called preactive, that arise before the immune process and may represent the precursor mechanism of MS. The cause for the observed oligodendropathy in these lesions is, however, still very uncertain, although hypothesis such as glutamate toxicity, mitochondrial dysfunction and oligodendrocyte internal changes are being seriously considered.2012-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/47995http://hdl.handle.net/10316/47995porPaiva, Frederico Gomes Alves deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/47995Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:25.148598Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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