Seroprevalência de Bordetella pertussis em profissionais de saúde num hospital português
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2019.13907 |
Resumo: | Introdução: a infeção por Bordetella pertussis, é uma doença respiratória infeciosa aguda que, em recém-nascidos e pequenos lactentes, pode apresentar-se com um quadro clínico grave e mesmo causar morte. Em Portugal, a vacina combinada contra a difteria, tétano e tosse convulsa de célula inteira foi introduzida em 1965 e substituída, em 2006, pela vacina acelular. Nos últimos anos tem-se observado um aumento do número de casos, com uma incidência de 2.14/100.000 em 2012. Desconhece-se o tempo de proteção após vacinação ou imunização natural. Os profissionais de saúde podem ser causadores de surtos hospitalares em unidades pediátricas pelo que poderá ser importante o conhecimento da seroprevalência de Bordetella pertussis para determinação da eventual necessidade de vacinação nestes indivíduos. Métodos: estudo prospetivo incluindo profissionais de saúde dos Departamentos de Pediatria, Neonatologia e Laboratório de Patologia Clinica de um hospital português. Foram colhidos dados demográficos. Indivíduos com doença respiratória aguda, grávidas e vacinados com pertussis no ano de 2016 foram excluídos. A seroprevalência da doença foi testada através da IgG de toxina pertussis pelo método ELISA e foi considerada positiva (>100 UI/ml), negativa (<40 UI/ml) ou equívoca (40-100 UI/ml). Resultados: 97.8% (88/90) da população testada foi negativa para anticorpo IgG pertussis; os restantes 2.2% (2/90) mostraram resultados equívocos. Não se encontrou relação entre género, idade, profissão, idade de vacinação com os testes serológicos. Conclusões: esta população encontra-se potencialmente suscetível à infeção por Bordetella pertussis, podendo constituir um reservatório de doença. Um reforço vacinal poderá ser recomendado a todos os indivíduos. |
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