A ansiedade na performance musical : estudo de caso em jovens violetistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Teresa Filipa Barbosa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/25693
Resumo: Na sociedade agitada em que vivemos atualmente, o dia-a-dia dos estudantes exige crescentes preocupações da sua parte e dos seus educadores. Torna-se assim cada vez mais importante compreender o fenómeno da ansiedade e entender, por outro lado, até que ponto pode ser benéfica ou prejudicial, não só ao bem-estar, mas também ao rendimento dos estudantes. Foi a partir desta preocupação que se desenvolveu este trabalho cujo objetivo consistiu em averiguar os níveis de ansiedade intrínseca (ansiedade-traço) em jovens violetistas, alunos do ensino especializado da música e se estes se modificam no momento da performance (ansiedade-estado), bem como aferir as suas consequências na qualidade dessa mesma performance pública. Para tal, foi utilizado o teste estandardizado State-Trait Anxiety Inventory – STAI (Spielberger, 1983), aferido para a população portuguesa por Danilo R. Silva (2005) tendo sido aplicado a um grupo de 26 estudantes violetistas da Escola Profissional e Artística do Vale do Ave e da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Para além do teste foi realizada uma audição que foi avaliada por um júri selecionado para o efeito, através de uma grelha de avaliação, a fim de se obter uma medida de desempenho da performance de cada estudante. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os fatores ansiedade-traço e ansiedade-estado na totalidade dos participantes e nas estudantes do género feminino, individualmente considerado. Foi ainda verificada uma relação inversa entre os níveis de ansiedade e o desempenho dos estudantes, ou seja, quanto maiores foram os níveis do fator ansiedade-estado, menor foi a classificação obtida na audição. Conclui-se assim que jovens músicos podem experienciar ansiedade na performance podendo os seus níveis alterar-se de forma drástica em situações de ameaça ou stress influenciando negativamente a qualidade da performance.
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