Ansiedade e autoconceito em crianças com dislexia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço, Mariana Neves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/7096
Resumo: O presente projeto parte de uma problemática designada de perturbação de aprendizagem específica ao nível da leitura, mais concretamente a dislexia. Nas últimas décadas, esta perturbação, associada ao insucesso escolar, tem sido o foco de alguns estudos derivados da controvérsia que existe sobre a sua origem e as suas causas. A literatura existente remete para valores elevados de ansiedade e um baixo autoconceito como variáveis que interferem na aprendizagem em alunos que estão inseridos num processo de ensino dito normal. Por considerar pertinente o tema, esta investigação tem como objetivo analisar as diferenças da ansiedade e do autoconceito em crianças e adolescentes com e sem perturbação de aprendizagem específica (PAE). A amostra do estudo envolve 31 crianças e adolescentes, sendo 20 raparigas (64,5%) e 11 rapazes (35,5%), com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos (M=12,55 anos; DP=1,41), das quais 22 com perturbação de aprendizagem específica (M=13,44 anos; DP=2,35) e 11 sem perturbação de aprendizagem específica (M=12,18 anos; DP=0,50). Os instrumentos de avaliação utilizados são: um Questionário Sociodemográfico; o State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC, Matias, 2004) e a Escala de Autoconceito de Piers-Harris para Crianças (PHCSCS-2, Veiga, 2006). Os resultados obtidos neste estudo indicam existir diferenças estatisticamente significativas na ansiedade e no autoconceito entre os dois grupos em estudo, no entanto as crianças e adolescentes com PAE apresentam menos ansiedade-estado e um autoconceito menos elevado do que as crianças e adolescentes sem PAE. É de referir também que se verificam correlações positivas entre a ansiedade-estado e o autoconceito em ambos os grupos, podendo manifestar-se em situações consideradas como desconhecidas ou não familiares. Para além dessas, o grupo sem PAE apresenta uma correlação negativa entre a ansiedade-traço e o autoconceito, no domínio da popularidade, demonstrando assim a relevância do autoconceito na vida do sujeito. Os resultados permitem concluir que as crianças e adolescentes com PAE são mais ansiosas e têm um autoconceito mais baixo, em relação às crianças e adolescentes sem PAE. Apesar deste estudo evidenciar algumas limitações, contribui para o desenvolvimento do conhecimento sobre a ansiedade e o autoconceito em crianças e adolescentes com dislexia, comparativamente com crianças e adolescentes sem esta problemática.
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