Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Paula Sant’Anna
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/4031
Resumo: O objetivo dessa investigação é analisar as legislações portuguesas e brasileiras, afim de alcançar o nível de conhecimento científico necessário para fundamentar nossa posição no sentido de apontar a necessidade de inserir as pessoas que vivem em união de fato no rol de herdeiros na legislação portuguesa, para que estes sejam chamados para a vocação hereditária e tenham direitos, pelo menos, sobre os bens adquiridos na constância do seu relacionamento. Para atingir esse objetivo, delineamos alguns objetivos secundários para justificar e demonstrar nosso posicionamento, que são: 1) Demonstrar o conceito de família no âmbito social e, posteriormente como esse conceito reflete no conceito de família no âmbito jurídico, na qual pretendemos comprovar que a situação jurídica das pessoas que vivem em união de fato, deve ser interpretada como uma entidade familiar e, portanto, é merecedora da tutela jurídica que respalda a família; 2) Averiguar que direitos e deveres as pessoas que vivem em união de fato possuem atualmente perante a legislação portuguesa, e demonstrar a necessidade de alargar esses direitos; 3) Analisar como a união de fato é abordada no Brasil, país escolhido para realizar a comparação, para corroborar com a afirmação da união de fato como entidade familiar e, portanto, digna de proteção justa na sucessão hereditária; 4) Demonstrar que as pessoas que vivem em união de fato têm-se utilizado de outros mecanismos para garantir o direito ao patrimônio; 5) Considerando todos os aspectos anteriores, sintetizar quais direitos sucessórios nós acreditamos que deveriam ser inlcuídos na lei portuguesa para beneficiar as pessoas que vivem em união de fato. Nesse percurso pudemos observamos que considerando que nem sempre o Direito se desenvolve na mesma velocidade que a sociedade se desevolve, por isso não é incomum que um grupo específico de pessoas sejam excluídos da legislação, sem qualquer suporte legal. Como exemplo podemos mencionar o casamento homoafetivo, que somente após muita luta conseguiram ter seus direitos garantidos pela lei. O mesmo está acontecendo com as pessoas que vivem em união de fato já que possuem quase nenhum direito na lei portuguesa, razão pela qual também é necessário lutar para que essas pessoas tenham seus direitos garantidos, Assim, o que pretendemos é, além de apontar a trajetória da união de fato, reconhece-la como uma entidade familiar, para chamar atenção do legislador sobre a necessidade de garantir proteção adequada de direitos para quem vive em união de fato, principalmente no que se refere ao Direito Sucessório.
id RCAP_7908e9741deea569672246395fa1c1d9
oai_identifier_str oai:repositorio.ual.pt:11144/4031
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e PortugalUnião de FatoFamíliaSucessãoDireito de HerançaHerdeiros LegítimosPartilha de BensO objetivo dessa investigação é analisar as legislações portuguesas e brasileiras, afim de alcançar o nível de conhecimento científico necessário para fundamentar nossa posição no sentido de apontar a necessidade de inserir as pessoas que vivem em união de fato no rol de herdeiros na legislação portuguesa, para que estes sejam chamados para a vocação hereditária e tenham direitos, pelo menos, sobre os bens adquiridos na constância do seu relacionamento. Para atingir esse objetivo, delineamos alguns objetivos secundários para justificar e demonstrar nosso posicionamento, que são: 1) Demonstrar o conceito de família no âmbito social e, posteriormente como esse conceito reflete no conceito de família no âmbito jurídico, na qual pretendemos comprovar que a situação jurídica das pessoas que vivem em união de fato, deve ser interpretada como uma entidade familiar e, portanto, é merecedora da tutela jurídica que respalda a família; 2) Averiguar que direitos e deveres as pessoas que vivem em união de fato possuem atualmente perante a legislação portuguesa, e demonstrar a necessidade de alargar esses direitos; 3) Analisar como a união de fato é abordada no Brasil, país escolhido para realizar a comparação, para corroborar com a afirmação da união de fato como entidade familiar e, portanto, digna de proteção justa na sucessão hereditária; 4) Demonstrar que as pessoas que vivem em união de fato têm-se utilizado de outros mecanismos para garantir o direito ao patrimônio; 5) Considerando todos os aspectos anteriores, sintetizar quais direitos sucessórios nós acreditamos que deveriam ser inlcuídos na lei portuguesa para beneficiar as pessoas que vivem em união de fato. Nesse percurso pudemos observamos que considerando que nem sempre o Direito se desenvolve na mesma velocidade que a sociedade se desevolve, por isso não é incomum que um grupo específico de pessoas sejam excluídos da legislação, sem qualquer suporte legal. Como exemplo podemos mencionar o casamento homoafetivo, que somente após muita luta conseguiram ter seus direitos garantidos pela lei. O mesmo está acontecendo com as pessoas que vivem em união de fato já que possuem quase nenhum direito na lei portuguesa, razão pela qual também é necessário lutar para que essas pessoas tenham seus direitos garantidos, Assim, o que pretendemos é, além de apontar a trajetória da união de fato, reconhece-la como uma entidade familiar, para chamar atenção do legislador sobre a necessidade de garantir proteção adequada de direitos para quem vive em união de fato, principalmente no que se refere ao Direito Sucessório.2019-01-18T15:49:17Z2019-01-08T00:00:00Z2019-01-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/4031TID:202136132porGuimarães, Paula Sant’Annainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:13:42Zoai:repositorio.ual.pt:11144/4031Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:32:41.419208Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
title Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
spellingShingle Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
Guimarães, Paula Sant’Anna
União de Fato
Família
Sucessão
Direito de Herança
Herdeiros Legítimos
Partilha de Bens
title_short Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
title_full Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
title_fullStr Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
title_full_unstemmed Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
title_sort Do direito sucessório na união de fato: uma perspeciva do direito comparado entre Brasil e Portugal
author Guimarães, Paula Sant’Anna
author_facet Guimarães, Paula Sant’Anna
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Guimarães, Paula Sant’Anna
dc.subject.por.fl_str_mv União de Fato
Família
Sucessão
Direito de Herança
Herdeiros Legítimos
Partilha de Bens
topic União de Fato
Família
Sucessão
Direito de Herança
Herdeiros Legítimos
Partilha de Bens
description O objetivo dessa investigação é analisar as legislações portuguesas e brasileiras, afim de alcançar o nível de conhecimento científico necessário para fundamentar nossa posição no sentido de apontar a necessidade de inserir as pessoas que vivem em união de fato no rol de herdeiros na legislação portuguesa, para que estes sejam chamados para a vocação hereditária e tenham direitos, pelo menos, sobre os bens adquiridos na constância do seu relacionamento. Para atingir esse objetivo, delineamos alguns objetivos secundários para justificar e demonstrar nosso posicionamento, que são: 1) Demonstrar o conceito de família no âmbito social e, posteriormente como esse conceito reflete no conceito de família no âmbito jurídico, na qual pretendemos comprovar que a situação jurídica das pessoas que vivem em união de fato, deve ser interpretada como uma entidade familiar e, portanto, é merecedora da tutela jurídica que respalda a família; 2) Averiguar que direitos e deveres as pessoas que vivem em união de fato possuem atualmente perante a legislação portuguesa, e demonstrar a necessidade de alargar esses direitos; 3) Analisar como a união de fato é abordada no Brasil, país escolhido para realizar a comparação, para corroborar com a afirmação da união de fato como entidade familiar e, portanto, digna de proteção justa na sucessão hereditária; 4) Demonstrar que as pessoas que vivem em união de fato têm-se utilizado de outros mecanismos para garantir o direito ao patrimônio; 5) Considerando todos os aspectos anteriores, sintetizar quais direitos sucessórios nós acreditamos que deveriam ser inlcuídos na lei portuguesa para beneficiar as pessoas que vivem em união de fato. Nesse percurso pudemos observamos que considerando que nem sempre o Direito se desenvolve na mesma velocidade que a sociedade se desevolve, por isso não é incomum que um grupo específico de pessoas sejam excluídos da legislação, sem qualquer suporte legal. Como exemplo podemos mencionar o casamento homoafetivo, que somente após muita luta conseguiram ter seus direitos garantidos pela lei. O mesmo está acontecendo com as pessoas que vivem em união de fato já que possuem quase nenhum direito na lei portuguesa, razão pela qual também é necessário lutar para que essas pessoas tenham seus direitos garantidos, Assim, o que pretendemos é, além de apontar a trajetória da união de fato, reconhece-la como uma entidade familiar, para chamar atenção do legislador sobre a necessidade de garantir proteção adequada de direitos para quem vive em união de fato, principalmente no que se refere ao Direito Sucessório.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-01-18T15:49:17Z
2019-01-08T00:00:00Z
2019-01-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11144/4031
TID:202136132
url http://hdl.handle.net/11144/4031
identifier_str_mv TID:202136132
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136806942277632