O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/42155 |
Resumo: | O presente artigo tem como objeto a distinção de crime e contraordenação. Desta distinção dependem a autonomia e a legitimidade do direito das contraordenações, por força do princípio da jurisdicionalidade. Com efeito, é sob a ideia da existência de uma diferença essencial entre crime e contraordenação que se edifica todo o regime contraordenacional português e que se resolvem as questões que nele vão surgindo. Contudo, essa diferença não se tem revelado fácil de identificar. A realidade contraordenacional, heterogénea e fragmentária, persiste em demonstrar insuficientes as várias tentativas de caracterização dogmática do seu ilícito, de forma tal, que se parece revelar quase impossível a sua representação unitária. Este estudo perspetiva a questão através do princípio da ultima ratio, presente no direito penal. Em suma, entende-se que no cerne do direito das contraordenações e de toda a problemática reside este princípio, com a tutela contraordenacional a ser compreendida como um corolário da natureza fragmentária e subsidiária da intervenção penal. Crime e contraordenação apresentam-se como duas faces distintas da mesma medalha, cuja aquisição e interpretação depende, primordialmente, da ultima ratio. |
id |
RCAP_79d9d23b728828d65d9ae2cf8216e6fb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/42155 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenaçãoDireito contraordenacionalNatureza da contraordenaçãoUltima ratioSubsidiariedade do direito penalNecessidade de penaRegulatory offences lawNature of the regulatory offenceSubsidiarity of the penal lawNecessity of penal sanctionDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::DireitoO presente artigo tem como objeto a distinção de crime e contraordenação. Desta distinção dependem a autonomia e a legitimidade do direito das contraordenações, por força do princípio da jurisdicionalidade. Com efeito, é sob a ideia da existência de uma diferença essencial entre crime e contraordenação que se edifica todo o regime contraordenacional português e que se resolvem as questões que nele vão surgindo. Contudo, essa diferença não se tem revelado fácil de identificar. A realidade contraordenacional, heterogénea e fragmentária, persiste em demonstrar insuficientes as várias tentativas de caracterização dogmática do seu ilícito, de forma tal, que se parece revelar quase impossível a sua representação unitária. Este estudo perspetiva a questão através do princípio da ultima ratio, presente no direito penal. Em suma, entende-se que no cerne do direito das contraordenações e de toda a problemática reside este princípio, com a tutela contraordenacional a ser compreendida como um corolário da natureza fragmentária e subsidiária da intervenção penal. Crime e contraordenação apresentam-se como duas faces distintas da mesma medalha, cuja aquisição e interpretação depende, primordialmente, da ultima ratio.The following article has as its object of study the distinction between crime and contraordenação. The autonomy and legitimacy of the regulatory offences law is dependent on this distinction, by way of the principle of jurisdiction. Indeed, the entirety of the Portuguese regulatory offences law’s system is built upon the belief in the existence of a fundamental difference between crime and contraordenação, through which many of its challenges are addressed. However, this difference has not proven easy to identify. The reality of the regulatory offences law, heterogeneous and fragmentary, consistently demonstrates the insufficient nature of the many attempts at characterizing its infraction, with such intensity, that its unified portrayal seems almost impossible. This study approaches the question through the principle of ultima ratio, present in penal law. In short, it is understood that in the center of the regulatory offences law and all of the dilemma described resides the aforementioned principle, with the intervention of the regulatory offences law being comprehended as a corollary of the fragmentary and subsidiary nature of the penal intervention. Crime and contraordenação are then presented as two distinct sides of the same coin, with its acquisition and comprehension dependent, ultimately, on the principle of ultima ratio.Silva, Germano Marques daVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCarmona, André Farias2023-09-06T08:05:37Z2023-06-232022-102023-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/42155TID:203349067porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-12T01:39:26Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/42155Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:28:54.265920Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
title |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
spellingShingle |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação Carmona, André Farias Direito contraordenacional Natureza da contraordenação Ultima ratio Subsidiariedade do direito penal Necessidade de pena Regulatory offences law Nature of the regulatory offence Subsidiarity of the penal law Necessity of penal sanction Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito |
title_short |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
title_full |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
title_fullStr |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
title_full_unstemmed |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
title_sort |
O direito das contraordenações e a ultima ratio : o princípio que separa crime e contraordenação |
author |
Carmona, André Farias |
author_facet |
Carmona, André Farias |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Silva, Germano Marques da Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carmona, André Farias |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direito contraordenacional Natureza da contraordenação Ultima ratio Subsidiariedade do direito penal Necessidade de pena Regulatory offences law Nature of the regulatory offence Subsidiarity of the penal law Necessity of penal sanction Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito |
topic |
Direito contraordenacional Natureza da contraordenação Ultima ratio Subsidiariedade do direito penal Necessidade de pena Regulatory offences law Nature of the regulatory offence Subsidiarity of the penal law Necessity of penal sanction Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito |
description |
O presente artigo tem como objeto a distinção de crime e contraordenação. Desta distinção dependem a autonomia e a legitimidade do direito das contraordenações, por força do princípio da jurisdicionalidade. Com efeito, é sob a ideia da existência de uma diferença essencial entre crime e contraordenação que se edifica todo o regime contraordenacional português e que se resolvem as questões que nele vão surgindo. Contudo, essa diferença não se tem revelado fácil de identificar. A realidade contraordenacional, heterogénea e fragmentária, persiste em demonstrar insuficientes as várias tentativas de caracterização dogmática do seu ilícito, de forma tal, que se parece revelar quase impossível a sua representação unitária. Este estudo perspetiva a questão através do princípio da ultima ratio, presente no direito penal. Em suma, entende-se que no cerne do direito das contraordenações e de toda a problemática reside este princípio, com a tutela contraordenacional a ser compreendida como um corolário da natureza fragmentária e subsidiária da intervenção penal. Crime e contraordenação apresentam-se como duas faces distintas da mesma medalha, cuja aquisição e interpretação depende, primordialmente, da ultima ratio. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-10 2023-09-06T08:05:37Z 2023-06-23 2023-06-23T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.14/42155 TID:203349067 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.14/42155 |
identifier_str_mv |
TID:203349067 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133556778205184 |