A dor nos adolescentes com paralisia cerebral: dados preliminares do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Folha, Teresa
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Santos, Ana João, Alvarelhão, Joaquim, Cadete, Ana, Vicente, Inês, Cancelinha, Cândida, Virella, Daniel, em nome da equipa do projeto Reavaliação de Adolescentes do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/8635
Resumo: A dor afeta negativamente a vida das pessoas com paralisia cerebral (PC). Este estudo explora a prevalência de dor significativa em adolescentes com PC em Portugal e o seu impacto multidimensional. Foi estudada uma amostra de conveniência de adolescentes registados no Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC) aos 5-8 anos de idade, seguindo o protocolo comum da SCPE, nas duas regiões de Portugal com maior cobertura regional, Grande Lisboa e Alto Minho. Foi estimada a prevalência de dor e das suas características e exploradas associações com aspetos funcionais, gravidade, complexidade do quadro clínico e participação social. Obteve-se informação sobre a presença de dor em 107 de 164 adolescentes (65%). Referiram ter dor 36 adolescentes (34%; IC95% 25,4-43,0); 21 (58%) localizaram a dor à anca, 17 (47%) aos membros inferiores, 7 (19%) à coluna e 3 (9%) nos membros superiores. A dor foi referida em 13% dos adolescentes com 0 indicadores de complexidade e em 51% daqueles com 1 ou mais indicadores de complexidade (Odds Ratio 7,1; IC95% 2,30-26,63; p<0,001). Todos os adolescentes com 4 indicadores de gravidade reportavam experiência de dor. A dor afeta cerca de 1/3 dos adolescentes com PC, sendo tanto mais prevalente quanto maior a complexidade da PC. A gestão da dor deve ser uma prioridade clínica estratégica na PC, promovendo-se a implementação de modelos individualizados de avaliação e controlo. O PVNPC continuará a avaliar o impacto da dor na funcionalidade, na qualidade de vida e nos níveis de participação das pessoas com PC.
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spelling A dor nos adolescentes com paralisia cerebral: dados preliminares do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia CerebralPain in adolescents with cerebral palsy: preliminary data from the Cerebral Palsy Portuguese Surveillance ProgramParalisia CerebralDorPrevalência de DorAdolescentesVigilância EpidemiológicaPrograma de Vigilância Nacional da Paralisia CerebralEstados de Saúde e de DoençaAvaliação do Impacte em SaúdeA dor afeta negativamente a vida das pessoas com paralisia cerebral (PC). Este estudo explora a prevalência de dor significativa em adolescentes com PC em Portugal e o seu impacto multidimensional. Foi estudada uma amostra de conveniência de adolescentes registados no Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC) aos 5-8 anos de idade, seguindo o protocolo comum da SCPE, nas duas regiões de Portugal com maior cobertura regional, Grande Lisboa e Alto Minho. Foi estimada a prevalência de dor e das suas características e exploradas associações com aspetos funcionais, gravidade, complexidade do quadro clínico e participação social. Obteve-se informação sobre a presença de dor em 107 de 164 adolescentes (65%). Referiram ter dor 36 adolescentes (34%; IC95% 25,4-43,0); 21 (58%) localizaram a dor à anca, 17 (47%) aos membros inferiores, 7 (19%) à coluna e 3 (9%) nos membros superiores. A dor foi referida em 13% dos adolescentes com 0 indicadores de complexidade e em 51% daqueles com 1 ou mais indicadores de complexidade (Odds Ratio 7,1; IC95% 2,30-26,63; p<0,001). Todos os adolescentes com 4 indicadores de gravidade reportavam experiência de dor. A dor afeta cerca de 1/3 dos adolescentes com PC, sendo tanto mais prevalente quanto maior a complexidade da PC. A gestão da dor deve ser uma prioridade clínica estratégica na PC, promovendo-se a implementação de modelos individualizados de avaliação e controlo. O PVNPC continuará a avaliar o impacto da dor na funcionalidade, na qualidade de vida e nos níveis de participação das pessoas com PC.Pain has a negative effect on the life of people living with cerebral palsy (CP). We explored the prevalence of significative pain among adolescents with CP in Portugal and its multidimensional impact. We reassessed a convenience sample of adolescents registered at age 5-8 year-old to Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC), following the SCPE protocol, recruited from the two Portu guese regions with higher coverage rates, Greater Lisbon and High Minho. The prevalence rate of pain was estimated, it was characte rized and associations with functionality, severity and clinical com plexity and social participation were explored. Information on the experience of pain was obtained from 107 of 164 adolescents (65%). Pain was reported by 36 adolescents (34%; IC95% 25.4-43.0); pain was located on the hip by 21 (58%), 17 (47%) on the lower limbs, the spine by 7 (19%) and by 3 (9%) on the upper limbs. Pain was repor ted by 13% of those adolescents with 0 indicators of complexity of CP vs. 51% of those with 1 or more indicators of complexity (Odds Ratio 7.1; IC95% 2.30-26.63; p<0.001). Every adolescente with all 4 indica tors of complexity reported the experience of pain. Pain affects circa 1/3 of the adolescents with CP. Prevalence increases with the com plexity of CP. Pain management skills must be a estrategic clinical priority in CP, the implementation of individualized models for asses sment and control being promoted. PVNPC will preservere on asses sing the impact of pain on funtionality, quality of life and the levels of participation of people with CP.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeFolha, TeresaSantos, Ana JoãoAlvarelhão, JoaquimCadete, AnaVicente, InêsCancelinha, CândidaVirella, Danielem nome da equipa do projeto Reavaliação de Adolescentes do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral2023-07-28T10:23:51Z2023-072023-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/8635porBoletim Epidemiológico Observações. 2023 janeiro-abril;12(33):60-660874-2928info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-29T01:31:33Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/8635Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:10:08.269166Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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