Conhecimentos dos utentes inscritos no Agrupamento de Centros de Saúde Douro II: Douro Sul sobre os fatores de risco do cancro colo-retal

• Autor(a) principal: Figueiredo, Sandra Cristina Saavedra
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/4670
• topic: Enfermagem em saúde comunitária; Neoplasia colorretais; Fatores de risco; Conhecimento

Introdução: Em Portugal, nos últimos anos, a incidência do cancro colo-retal (CCR) tem aumentado significativamente, apesar do mesmo ser evitável e curável. A literatura existente dá-nos conta que a população não tem conhecimentos e atitudes positivas em relação aos métodos de rastreio do CCR, muito embora sejam eficazes para a sua prevenção, deteção e tratamento precoce. Assim, neste estudo objetivou-se: caraterizar as condições sociodemográficas; caraterizar o estado de saúde dos utentes do ACeS Douro II - Douro Sul; identificar o nível de conhecimentos dos utentes do ACeS Douro II - Douro Sul sobre os fatores de risco e rastreio do CCR e analisar os comportamentos e atitudes dos utentes do ACeS Douro II - Douro Sul sobre a prevenção e diagnóstico precoce do CCR. Metodologia: Estudo quantitativo, de caráter transversal, correlacional-preditivo, tendo sido aplicado um questionário validado por Forno (2009), a uma amostra aleatória consecutiva de 400 utentes inscritos nas unidades de saúde do ACeS Douro II – Douro Sul, com mais de 45 anos de idade (n=400). Foi usada a regressão logística para avaliar os conhecimentos dos dois principais fatores de risco do CCR, a atitude positiva em relação à realização de exames de rastreio do CCR e utilidade dos mesmos. Resultados: Verificou-se que 9% dos participantes foram capazes de identificar a baixa atividade física e a elevada ingestão de gorduras como os dois principais fatores de risco modificáveis para o CCR, tendo este conhecimento sido associado à modificação de atividades físicas (p=0,000) e aos indivíduos com o ensino secundário (p=0,000). Relativamente aos exames de rastreio, 50% dos participantes realizou pelo menos um exame de rastreio, ou seja, tinha uma atitude positiva em relação à realização de exames de rastreio e esta foi associada significativamente à perceção do risco de contrair o CCR (p=0,000) e também aos indivíduos com o ensino secundário (p=0,000). Conclusão: No sentido de melhorar o nível de conhecimento e as atitudes dos utentes em relação ao CCR devem ser desenvolvidas estratégias de educação para a saúde, que atendam ao perfil desta população.