Criminalidade feminina, psicopatia e personalidade: um estudo comparativo com ofensoras violentas e não violentas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/13819 |
Resumo: | Enquadramento: A criminalidade feminina, é um fenómeno social que tem vindo a ser pouco estudado. Grande parte da investigação sobre esta temática, foca-se na comparação entre mulheres e homens, no sentido de explicar a baixa relação entre a mulher e o crime, ofuscando a caracterização psicológica destas mulheres. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo identificar a prevalência de indicadores de psicopatia e de problemas de personalidade em mulheres reclusas e, analisar as diferenças nestes indicadores entre criminalidade violenta e não violenta. Método: A amostra é constituída por 138 sujeitos do sexo feminino, que cometeram crimes violentos e não violentos. O grupo que praticou crimes não violentos é constituído por 94 (68.12%) reclusas, com idades compreendidas entre os 21 e os 66 anos (M = 41.48, DP = 9.7). Quanto ao grupo que praticou crimes violentos, é constituído por 37 (26.81%) mulheres, com idades entre os 26 e os 75 anos (M = 43.33, DP = 12.97). Para a recolha de dados procedeu-se à aplicação do questionário sociodemográfico e criminal, da Escala de Psicopatia (SRP-SF) Self- Report Psychopathy Scale – Short Form e, do Inventário de Personalidade de Dez Itens (TIPI). Para dar uma resposta ao primeiro objetivo realizou-se uma análise descritiva das variáveis em estudo e, para analisar as diferenças entre criminalidade violenta e não violenta, resposta ao segundo objetivo, realizaram-se duas MANOVAs (Multivariate Analysis of Variance). Resultados: Relativamente à dimensão da psicopatia, verifica-se que, quer na amostra total como nos grupos em separado, a psicopatia estilo de vida é a que apresenta valores médios mais elevados e a psicopatia interpessoal a que apresenta valores mais baixos. Nas reclusas que praticaram crimes violentos, a antissocial é a dimensão da psicopatia que apresenta o valor médio mais baixo. No que se refere às características de personalidade, para ambos os grupos, a amabilidade é a que apresenta valores médios superiores e a estabilidade emocional é a que apresenta valores médios mais baixos. No entanto, as diferenças encontradas entre criminalidade violenta e não violenta, no que diz respeito aos níveis de psicopatia e às características de personalidade, não se revelaram estatisticamente significativas. Conclusão: As mulheres que cometem crimes violentos e as que cometem crimes não violentos não diferem de forma significativa nos indicadores de psicopatia nem nas características de personalidade. No entanto, ambos os grupos apresentam valores médios de psicopatia superiores aos valores de referência do estudo de validação para a população portuguesa, podendo indicar que valores mais elevados nestes indicadores podem ser importantes na criminalidade feminina em geral, independentemente do seu nível de violência. Quanto aos valores médios de personalidade, verifica-se que alguns traços são ligeiramente superiores à média de referência, enquanto que outros são mais baixos. Palavras-Chave: Crimes Violentos, Crimes não Violentos, Criminalidade Feminina, Psicopatia, Personalidade |
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Criminalidade feminina, psicopatia e personalidade: um estudo comparativo com ofensoras violentas e não violentasMESTRADO EM PSICOLOGIA DA JUSTIÇAPSICOLOGIACRIMES VIOLENTOSPSICOPATIASPERSONALIDADECRIMES NÃO VIOLENTOSPSYCHOPATHIESPERSONALITYPSYCHOLOGYFEMALE CRIMINALITYVIOLENT CRIMESEnquadramento: A criminalidade feminina, é um fenómeno social que tem vindo a ser pouco estudado. Grande parte da investigação sobre esta temática, foca-se na comparação entre mulheres e homens, no sentido de explicar a baixa relação entre a mulher e o crime, ofuscando a caracterização psicológica destas mulheres. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo identificar a prevalência de indicadores de psicopatia e de problemas de personalidade em mulheres reclusas e, analisar as diferenças nestes indicadores entre criminalidade violenta e não violenta. Método: A amostra é constituída por 138 sujeitos do sexo feminino, que cometeram crimes violentos e não violentos. O grupo que praticou crimes não violentos é constituído por 94 (68.12%) reclusas, com idades compreendidas entre os 21 e os 66 anos (M = 41.48, DP = 9.7). Quanto ao grupo que praticou crimes violentos, é constituído por 37 (26.81%) mulheres, com idades entre os 26 e os 75 anos (M = 43.33, DP = 12.97). Para a recolha de dados procedeu-se à aplicação do questionário sociodemográfico e criminal, da Escala de Psicopatia (SRP-SF) Self- Report Psychopathy Scale – Short Form e, do Inventário de Personalidade de Dez Itens (TIPI). Para dar uma resposta ao primeiro objetivo realizou-se uma análise descritiva das variáveis em estudo e, para analisar as diferenças entre criminalidade violenta e não violenta, resposta ao segundo objetivo, realizaram-se duas MANOVAs (Multivariate Analysis of Variance). Resultados: Relativamente à dimensão da psicopatia, verifica-se que, quer na amostra total como nos grupos em separado, a psicopatia estilo de vida é a que apresenta valores médios mais elevados e a psicopatia interpessoal a que apresenta valores mais baixos. Nas reclusas que praticaram crimes violentos, a antissocial é a dimensão da psicopatia que apresenta o valor médio mais baixo. No que se refere às características de personalidade, para ambos os grupos, a amabilidade é a que apresenta valores médios superiores e a estabilidade emocional é a que apresenta valores médios mais baixos. No entanto, as diferenças encontradas entre criminalidade violenta e não violenta, no que diz respeito aos níveis de psicopatia e às características de personalidade, não se revelaram estatisticamente significativas. Conclusão: As mulheres que cometem crimes violentos e as que cometem crimes não violentos não diferem de forma significativa nos indicadores de psicopatia nem nas características de personalidade. No entanto, ambos os grupos apresentam valores médios de psicopatia superiores aos valores de referência do estudo de validação para a população portuguesa, podendo indicar que valores mais elevados nestes indicadores podem ser importantes na criminalidade feminina em geral, independentemente do seu nível de violência. Quanto aos valores médios de personalidade, verifica-se que alguns traços são ligeiramente superiores à média de referência, enquanto que outros são mais baixos. Palavras-Chave: Crimes Violentos, Crimes não Violentos, Criminalidade Feminina, Psicopatia, PersonalidadeBackground: Female criminality is a social phenomenon that has been little studied. Much of the research on this topic focuses on comparisons between women and men in order to explain the low relationship between women and crime, obscuring the psychological characterization of these women. Objective: This study aims to identify the prevalence of psychopathy indicators and personality problems in female prisoners and to analyze the differences in these indicators between violent and non-violent crime. Method: The sample consists of 138 female subjects, who committed violent and non-violent crimes. The group who committed non-violent crimes is composed of 94 (68.12%) female inmates, aged between 21 and 66 (M = 41.48, SD = 9.7). As for the group that committed violent crimes, it is made up of 37 (26.81%) women, aged between 26 and 75 (M = 43.33, SD = 12.97). For data collection we applied the sociodemographic and criminal questionnaire, the Psychopathy Scale (SRP-SF) and the Ten-Item Personality Inventory (TIPI). To answer the first objective, we carried out a descriptive analysis of the variables under study and, to analyze the differences between violent and non-violent criminality, answer to the second objective, we carried out two MANOVAs (Multivariate Analysis of Variance). And in the separate groups, lifestyle psychopathy had the highest mean values and interpersonal psychopathy the lowest. For inmates who have committed violent crimes, antisocial is the dimension of psychopathy that presents the lowest mean value. With regard to personality traits, for both groups, amiability is the one with the highest mean values and emotional stability is the one with the lowest mean values. However, the differences found between violent and non-violent crime, with regard to levels of psychopathy and personality traits, did not prove to be statistically significant. Conclusion: Women who commit violent crimes and women who commit non-violent crimes do not differ significantly in psychopathy indicators or personality traits. However, both groups present mean values of psychopathy higher than the reference values of the validation study for the Portuguese population, which may indicate that higher values in these indicators may be important in female criminality in general, regardless of their level of violence. As for the mean personality values, it is found that some traits are slightly higher than the reference mean, while others are lower. Keywords: Violent Crimes, Non-Violent Crimes, Female Criminality, Psychopathy, PersonalityNON-VIOLENT CRIMES2023-05-02T14:07:24Z2022-01-01T00:00:00Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/13819TID:203202821porSílvia Regina Oliveira Pinto, Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-12T01:30:32Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/13819Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:50:54.078217Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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