A importância da inteligência emocional nos estilos de gestão de conflitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel, Daniela Alexandra de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2395
Resumo: O conflito encontra-se subjacente a qualquer organização humana. Devido à grande diversidade de relações sociais que se estabelecem dentro das organizações, estes locais mostram-se propícios ao surgimento de conflitos, derivados dos diferentes interesses, objetivos, valores, expetativas, necessidades e pontos de vista dos indivíduos. Surge assim a necessidade de se enfrentar e gerir o conflito de forma adequada e construtiva, procurando estabelecer relações de cooperação, para que surjam soluções integrativas para os problemas. No decorrer do conflito, as características pessoais dos intervenientes assumem um papel fulcral, como é o caso dos estilos de gestão de conflitos. A escolha dos estilos parece estar relacionada com a inteligência emocional do indivíduo, na medida em que o estado emocional das partes em confronto irá influenciar a forma como se aborda o conflito. Apesar da atenção que estas temáticas têm recebido recentemente por parte da comunidade científica, os estudos acerca da importância e aplicabilidade da inteligência emocional no âmbito da gestão de conflitos são ainda escassos. Desta forma, o presente estudo tem como principal objetivo analisar a influência da inteligência emocional nos estilos de gestão de conflitos em contexto organizacional. Para tal, numa primeira parte efetuou-se uma revisão da literatura sobre as temáticas e prosseguiu-se com um estudo empírico, recorrendo a uma amostra de 138 funcionários da Câmara Municipal. Foram utilizados dois instrumentos para a mensuração das variáveis em estudo, designadamente o Rahim Organizational Conflict Inventory II (ROCI-II) para avaliar os estilos de gestão de conflitos, e o Questionário de Competência Emocional (QCE) para avaliar a inteligência emocional. A análise das características psicométricas das escalas revelou bons resultados na sua generalidade, sugerindo que ambas as escalas apresentam bons índices de fiabilidade. Os principais resultados do presente estudo demonstram que existe uma relação entre a inteligência emocional e a utilização dos estilos de integração e compromisso. Quanto aos estilos de gestão – evitação, dominação e servilismo – não apresentaram relação com a inteligência emocional. Por fim, são comentados os aspetos mais importantes resultantes do estudo empírico efetuado e oferecidas sugestões para futuras investigações.
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A escolha dos estilos parece estar relacionada com a inteligência emocional do indivíduo, na medida em que o estado emocional das partes em confronto irá influenciar a forma como se aborda o conflito. Apesar da atenção que estas temáticas têm recebido recentemente por parte da comunidade científica, os estudos acerca da importância e aplicabilidade da inteligência emocional no âmbito da gestão de conflitos são ainda escassos. Desta forma, o presente estudo tem como principal objetivo analisar a influência da inteligência emocional nos estilos de gestão de conflitos em contexto organizacional. Para tal, numa primeira parte efetuou-se uma revisão da literatura sobre as temáticas e prosseguiu-se com um estudo empírico, recorrendo a uma amostra de 138 funcionários da Câmara Municipal. Foram utilizados dois instrumentos para a mensuração das variáveis em estudo, designadamente o Rahim Organizational Conflict Inventory II (ROCI-II) para avaliar os estilos de gestão de conflitos, e o Questionário de Competência Emocional (QCE) para avaliar a inteligência emocional. A análise das características psicométricas das escalas revelou bons resultados na sua generalidade, sugerindo que ambas as escalas apresentam bons índices de fiabilidade. Os principais resultados do presente estudo demonstram que existe uma relação entre a inteligência emocional e a utilização dos estilos de integração e compromisso. Quanto aos estilos de gestão – evitação, dominação e servilismo – não apresentaram relação com a inteligência emocional. Por fim, são comentados os aspetos mais importantes resultantes do estudo empírico efetuado e oferecidas sugestões para futuras investigações.Conflict lies behind any human organization. Because of the wide variety of social relationships that are established within organizations, these sites are prone to the appearance of conflicts, which derive from different interests, objectives, values, expectations, needs and points of view of individuals. This leads to the need to confront and manage conflict in an adequate and constructive way, while trying to establish cooperative relationships, so that integrative solutions to the problems may arise. During the conflict, the personal characteristics of those involved play a key role, which is the case of conflict management styles. The choice of styles appears to be related to the individual's emotional intelligence, to the extent that the emotional state of the parties in conflict will affect the way we approach conflict. Despite the attention these issues have received recently by the scientific community, studies about the applicability and importance of emotional intelligence in the context of conflict management are still scarce. This study aims to examine the influence of emotional intelligence in the styles of conflict management in organizational context. To this end, in a first part, a literature review on issues was performed, followed by an empirical study that used a sample of 138 employees of the City Council. Two instruments were used to measure the variables under study, namely Rahim Organizational Conflict Inventory II (ROCI-II) to assess the styles of conflict management, and the Emotional Skills and Competence Questionnaire (ESCQ) to assess the level of emotional intelligence. The analysis of the psychometric characteristics of the scales showed good results in general, suggesting that both scales have good reliability indexes. The main results of this study show that there is a relationship between emotional intelligence and the use of integrating and compromising styles. As for management styles – avoiding, dominating and obliging styles – they showed no relationship with emotional intelligence. At last, the most important aspects resulting from the empirical study are discussed and suggestions for future research are offered.2013-05-14T10:26:12Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2395pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessMaciel, Daniela Alexandra de Oliveirareponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:45:21Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2395Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:03:56.015830Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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