Cibersegurança na perspetiva dos Profissionais de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Cecília Teresa
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Bessa, Diogo, Merciano, Sónia, Narra, Ana, Pereira, Ana, Silva, Mario, Madeira, Filipe
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27712
Resumo: Este estudo tem como principal objetivo perceber a capacitação dos profissionais de saúde em relação à cibersegurança e prevenção de ciberataques nas instituições onde estes exercem funções. O estudo consiste em aplicar uma escala de resposta tipo Likert previamente validada e publicada, para avaliar as atitudes em relação à cibersegurança em ambiente empresarial (ATC-IB), com o objetivo de obter dados sobre diversos indicadores como a cibersegurança e a gestão de risco de ciberataques na perspetiva dos profissionais de saúde, o questionário foi submetido através da plataforma digital Google Forms®, a distribuição do questionário foi online em redes sociais e grupos do WhatsApp que exercem a sua profissão no setor público, privado e social em Portugal. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, transversal e descritivo sobre atitudes em relação à cibersegurança nos seus locais de trabalho. Foi criada uma base de dados em programa Microsoft Office Excel ® e para a análise estatística descritiva e exploratória dos dados foi usado a linguagem de programação R e o plug-in EZR. Na amostra em estudo foram incluídos 82 profissionais de saúde e foram excluídos 8 por uma questão estatística. Respondentes por género: 76% mulheres e 24% homens. Divididos por 4 grupos profissionais: enfermeiros; médicos; técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT); e gestores.  A média de idades é de 38,12 anos com um desvio padrão de 12.38. A área de abrangência situa-se maioritariamente na região de Lisboa e Vale do Tejo com representação de 94,4%; a região norte com 4,4% e a região do Alentejo com 1,1% de respondentes. 72% exercem funções no setor público; 25% no setor privado; e 3% no setor social. Grau académico e habilitações literárias está distribuído por: 2% é doutorado; 32% possui o grau de mestre; 60% é licenciado. Conclui-se que existem algumas diferenças ao nível de conhecimento de cibersegurança, nomeadamente na faixa etária 18-30 anos e as restantes idades, tal como entre géneros no mesmo item (de não saber a quem recorrer se existisse um ciberataque), esta dificuldade apresenta-se mais evidente em idades acima dos 31 anos e no género feminino. E ainda entre géneros acresce-se uma diferença estatisticamente significativa no item (de ganhar do ponto de vista financeiro com os ciberataques), conclui-se que o género feminino tem a perceção de que o dinheiro não é apenas e único fator motivador dos ciberataques. Entre classes profissionais verificou-se diferenças entre os enfermeiros e os TSDT para 1 item, os enfermeiros dão mais importância aos boletins informativos governamentais em relação ao cibercrime que os TSDT; e um item entre enfermeiros e gestores, sendo que os gestores têm mais conhecimento sobre quem é o responsável por proteger a instituição de saúde das ciberameaças, que os enfermeiros. Globalmente a escala ATC-IB nas três variáveis (géneros, faixas etárias e classes profissionais) não foram encontradas grandes diferenças, de um modo geral existe capacitação dos profissionais de saúde em relação à cibersegurança e prevenção de ciberataques no contexto ambiente de trabalho.      
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Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, transversal e descritivo sobre atitudes em relação à cibersegurança nos seus locais de trabalho. Foi criada uma base de dados em programa Microsoft Office Excel ® e para a análise estatística descritiva e exploratória dos dados foi usado a linguagem de programação R e o plug-in EZR. Na amostra em estudo foram incluídos 82 profissionais de saúde e foram excluídos 8 por uma questão estatística. Respondentes por género: 76% mulheres e 24% homens. Divididos por 4 grupos profissionais: enfermeiros; médicos; técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT); e gestores.  A média de idades é de 38,12 anos com um desvio padrão de 12.38. A área de abrangência situa-se maioritariamente na região de Lisboa e Vale do Tejo com representação de 94,4%; a região norte com 4,4% e a região do Alentejo com 1,1% de respondentes. 72% exercem funções no setor público; 25% no setor privado; e 3% no setor social. Grau académico e habilitações literárias está distribuído por: 2% é doutorado; 32% possui o grau de mestre; 60% é licenciado. Conclui-se que existem algumas diferenças ao nível de conhecimento de cibersegurança, nomeadamente na faixa etária 18-30 anos e as restantes idades, tal como entre géneros no mesmo item (de não saber a quem recorrer se existisse um ciberataque), esta dificuldade apresenta-se mais evidente em idades acima dos 31 anos e no género feminino. E ainda entre géneros acresce-se uma diferença estatisticamente significativa no item (de ganhar do ponto de vista financeiro com os ciberataques), conclui-se que o género feminino tem a perceção de que o dinheiro não é apenas e único fator motivador dos ciberataques. Entre classes profissionais verificou-se diferenças entre os enfermeiros e os TSDT para 1 item, os enfermeiros dão mais importância aos boletins informativos governamentais em relação ao cibercrime que os TSDT; e um item entre enfermeiros e gestores, sendo que os gestores têm mais conhecimento sobre quem é o responsável por proteger a instituição de saúde das ciberameaças, que os enfermeiros. Globalmente a escala ATC-IB nas três variáveis (géneros, faixas etárias e classes profissionais) não foram encontradas grandes diferenças, de um modo geral existe capacitação dos profissionais de saúde em relação à cibersegurança e prevenção de ciberataques no contexto ambiente de trabalho.      The present study aimed is to understand the training of health professionals in relation to cybersecurity and cyberattack prevention in the institutions where they work. The study consists of applying a previously validated and published Likert-type response scale to assess attitudes towards cybersecurity in a business environment (ATC-IB), with the purpose of obtaining data on several indicators such as cybersecurity and risk management of cyberattacks from the perspective of health professionals. This is an observational, quantitative, cross-sectional, and descriptive study on attitudes towards cybersecurity in their workplaces. A database was created in Microsoft Office Excel ® program and for descriptive and exploratory statistical analysis of the data, the R programming language and the EZR plug-in were used. In the sample under study 82 health professionals were included and 8 were excluded for a statistical question. Respondents by gender: 76% women and 24% men. Divided into 4 professional groups: nurses; physicians; senior technicians of diagnosis and therapy (TSDT); and managers.  The average age is 38.12 years with a standard deviation of 12.38. The area covered is mostly located in the Lisbon and Tagus Valley region, with 94.4% of respondents; the Northern region with 4.4%, and the Alentejo region with 1.1% of respondents. 72% work in the public sector; 25% in the private sector; and 3% in the social sector. Academic degree and academic qualifications are distributed as follows: 2% have a PhD; 32% have a Master's degree; 60% have a degree. We conclude that there are some differences in terms of knowledge of cybersecurity, namely in the 18-30 age group and the remaining age groups, as well as between genders in the same item (not knowing who to turn to if there is a cyberattack). This difficulty is more evident in age groups over 31 and in the female gender. Also between genders, there is a statistically significant difference in the item (gaining from the financial point of view with cyberattacks), concluding that the female gender has the perception that money is not the only motivating factor of cyberattacks. Between professional classes, differences were found between nurses and SDWTs for one item: nurses give more importance to governmental newsletters regarding cybercrime than SDWTs; and one item between nurses and managers: managers have more knowledge about who is responsible for protecting the health institution from cyber threats than nurses. Overall the ATC-IB scale in the three variables (gender, age groups and professional classes) no major differences were found, in general there is training of health professionals in relation to cybersecurity and prevention of cyberattacks in the context of work environment.Research Unit of Polytechnic Institute of Santarém2023-07-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27712por2182-9608Pinto, Cecília TeresaBessa, DiogoMerciano, SóniaNarra, AnaPereira, AnaSilva, MarioMadeira, Filipeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-04T19:15:48Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/27712Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:43:16.119493Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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