Conhecimentos e atitudes dos médicos dentistas na prevenção e diagnóstico precoce do cancro oral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Miguel Gomes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/42695
Resumo: Introdução: O cancro oral define-se como um grupo de neoplasias malignas que engloba a região da cabeça e pescoço. Recentes estatísticas globais reportaram 377,713 novos casos e 177,757 mortes por cancro oral, em 2020, em todo o mundo. Os médicos dentistas devem estar atentos a todos os sinais e sintomas para fazer um correto diagnóstico e evitar que os pacientes sejam diagnosticados já numa fase avançada da doença. Para além de atuarem na deteção da doença, os médicos dentistas têm também um papel importante na reabilitação, aliviando os efeitos colaterais da terapia oncológica. Objetivos: Determinar os conhecimentos dos médicos dentistas no que diz respeito ao diagnóstico precoce de lesões potencialmente malignas e de cancro oral, bem como analisar as suas atitudes e práticas para a prevenção desta patologia. Materiais e métodos: A amostra foi constituída pelos médicos dentistas que responderam a um questionário online divulgado através de email ou de outras plataformas digitais entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.O instrumento de recolha de dados, adaptado dos questionários de Dib (2003) e Horowitz (2000), foi dividido em 4 grupos: I- Caracterização pessoal do profissional de saúde oral; II- Cancro oral e lesões potencialmente malignas; III- Prática clínica de diagnóstico de cancro oral; IV- Opinião pessoal. Após a recolha dos dados, fez-se a codificação e inserção no SPSS, onde se realizou todo o tratamento estatístico descritivo e inferencial. Resultados: Participaram no estudo 102 médicos dentistas. Apesar de a maioria dos profissionais de saúde reconhecer corretamente o género mais afetado pela patologia, bem como o tipo de cancro oral mais comum, apenas 22,5% sabe identificar os locais com maior potencial de malignização. A maioria dos médicos dentistas faz a avaliação das mucosas, língua, palato, pavimento da boca e região retromolar no exame intra-oral. Contudo, destes, nem todos fazem a palpação dos gânglios linfáticos da região da cabeça e pescoço. Menos de metade dos clínicos realizaram uma biópsia durante a sua atividade profissional, por este motivo a maioria dos inquiridos não se sente confortável na realização desta tarefa. Apenas 4,9% dos médicos dentistas considera ter uma capacidade muito boa no diagnóstico de lesões com potencial de malignização ou cancro oral. Ainda não é unânime, entre os inquiridos, que esta profissão seja preponderante na prevenção e deteção do cancro oral. Conclusão: Embora os resultados obtidos neste estudo não tenham sido totalmente decepcionantes, encontrámos algumas lacunas que podem ser melhoradas, nomeadamente no que diz respeito ao conhecimento dos clínicos sobre lesões com potencial maligno. Assim, é fundamental investir na educação e formação nesta área, de forma a consciencializar e travar a evolução desta patologia.
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Objetivos: Determinar os conhecimentos dos médicos dentistas no que diz respeito ao diagnóstico precoce de lesões potencialmente malignas e de cancro oral, bem como analisar as suas atitudes e práticas para a prevenção desta patologia. Materiais e métodos: A amostra foi constituída pelos médicos dentistas que responderam a um questionário online divulgado através de email ou de outras plataformas digitais entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.O instrumento de recolha de dados, adaptado dos questionários de Dib (2003) e Horowitz (2000), foi dividido em 4 grupos: I- Caracterização pessoal do profissional de saúde oral; II- Cancro oral e lesões potencialmente malignas; III- Prática clínica de diagnóstico de cancro oral; IV- Opinião pessoal. Após a recolha dos dados, fez-se a codificação e inserção no SPSS, onde se realizou todo o tratamento estatístico descritivo e inferencial. Resultados: Participaram no estudo 102 médicos dentistas. Apesar de a maioria dos profissionais de saúde reconhecer corretamente o género mais afetado pela patologia, bem como o tipo de cancro oral mais comum, apenas 22,5% sabe identificar os locais com maior potencial de malignização. A maioria dos médicos dentistas faz a avaliação das mucosas, língua, palato, pavimento da boca e região retromolar no exame intra-oral. Contudo, destes, nem todos fazem a palpação dos gânglios linfáticos da região da cabeça e pescoço. Menos de metade dos clínicos realizaram uma biópsia durante a sua atividade profissional, por este motivo a maioria dos inquiridos não se sente confortável na realização desta tarefa. Apenas 4,9% dos médicos dentistas considera ter uma capacidade muito boa no diagnóstico de lesões com potencial de malignização ou cancro oral. Ainda não é unânime, entre os inquiridos, que esta profissão seja preponderante na prevenção e deteção do cancro oral. Conclusão: Embora os resultados obtidos neste estudo não tenham sido totalmente decepcionantes, encontrámos algumas lacunas que podem ser melhoradas, nomeadamente no que diz respeito ao conhecimento dos clínicos sobre lesões com potencial maligno. Assim, é fundamental investir na educação e formação nesta área, de forma a consciencializar e travar a evolução desta patologia.Introduction: Oral cancer is defined as a group of malignant neoplasms that encompass the head and neck region. Recent global statistics reported 377,713 new cases and 177,757 deaths from oral cancer in 2020 worldwide. Dentists must be alert to all signs and symptoms in order to make a correct diagnosis and prevent patients from being diagnosed at an advanced stage of the disease. In addition to detecting the disease, dentists also play an important role in rehabilitation, alleviating the side effects of cancer therapy. Objectives: To determine the knowledge of dentists regarding the early diagnosis of potentially malignant lesions and oral cancer, as well as to analyze their attitudes and practices for the prevention of this pathology. Materials and methods: The sample consisted of dentists who answered an online questionnaire distributed by email or other digital platforms between December 2022 and February 2023. The data collection instrument, adapted from the questionnaires of Dib (2003) and Horowitz (2000), was divided into 4 groups: I- Personal characterization of the oral health professional; II- Oral cancer and potentially malignant lesions; III- Clinical practice of oral cancer diagnosis; IV- Personal opinion. After data collection, data were coded and entered into SPSS where all descriptive and inferential statistical treatment was performed. Results: 102 dentists participated in the study. Although most health professionals correctly recognized the gender most affected by the pathology as well as the most common oral cancer, only 22.5% could identify the sites with greater potential for malignancy. Most dentists evaluate the mucous membranes, tongue, palate, mouth floor and retromolar region in the intraoral examination. However, of these, not all perform palpation of the lymph nodes of the head and neck region. Less than half of the clinicians have ever performed a biopsy during their professional activity, for this reason most of the respondents do not feel comfortable in performing this task. Only 4.9% of the dentists consider that they have very good skills in diagnosing lesions with malignant potential or oral cancer. It is still not unanimous that this profession is preponderant in the prevention and detection of oral cancer. Conclusion: Although the results obtained in this study were not completely disappointing, we found some gaps that can be improved, particularly regarding the clinicians' knowledge about lesions with malignant potential. Thus, it is crucial to invest in education and training in this area in order to raise awareness and halt the evolution of this pathology.Couto, Patrícia Sofia SoaresMarques, Tiago Miguel SantosVeiga, Nélio JorgeVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSilva, Maria Miguel Gomes2023-09-28T08:55:18Z2023-07-2520232023-07-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/42695TID:203351991porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-03T01:43:52Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/42695Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:31:59.010268Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução: O cancro oral define-se como um grupo de neoplasias malignas que engloba a região da cabeça e pescoço. Recentes estatísticas globais reportaram 377,713 novos casos e 177,757 mortes por cancro oral, em 2020, em todo o mundo. Os médicos dentistas devem estar atentos a todos os sinais e sintomas para fazer um correto diagnóstico e evitar que os pacientes sejam diagnosticados já numa fase avançada da doença. Para além de atuarem na deteção da doença, os médicos dentistas têm também um papel importante na reabilitação, aliviando os efeitos colaterais da terapia oncológica. Objetivos: Determinar os conhecimentos dos médicos dentistas no que diz respeito ao diagnóstico precoce de lesões potencialmente malignas e de cancro oral, bem como analisar as suas atitudes e práticas para a prevenção desta patologia. Materiais e métodos: A amostra foi constituída pelos médicos dentistas que responderam a um questionário online divulgado através de email ou de outras plataformas digitais entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.O instrumento de recolha de dados, adaptado dos questionários de Dib (2003) e Horowitz (2000), foi dividido em 4 grupos: I- Caracterização pessoal do profissional de saúde oral; II- Cancro oral e lesões potencialmente malignas; III- Prática clínica de diagnóstico de cancro oral; IV- Opinião pessoal. Após a recolha dos dados, fez-se a codificação e inserção no SPSS, onde se realizou todo o tratamento estatístico descritivo e inferencial. Resultados: Participaram no estudo 102 médicos dentistas. Apesar de a maioria dos profissionais de saúde reconhecer corretamente o género mais afetado pela patologia, bem como o tipo de cancro oral mais comum, apenas 22,5% sabe identificar os locais com maior potencial de malignização. A maioria dos médicos dentistas faz a avaliação das mucosas, língua, palato, pavimento da boca e região retromolar no exame intra-oral. Contudo, destes, nem todos fazem a palpação dos gânglios linfáticos da região da cabeça e pescoço. Menos de metade dos clínicos realizaram uma biópsia durante a sua atividade profissional, por este motivo a maioria dos inquiridos não se sente confortável na realização desta tarefa. Apenas 4,9% dos médicos dentistas considera ter uma capacidade muito boa no diagnóstico de lesões com potencial de malignização ou cancro oral. Ainda não é unânime, entre os inquiridos, que esta profissão seja preponderante na prevenção e deteção do cancro oral. Conclusão: Embora os resultados obtidos neste estudo não tenham sido totalmente decepcionantes, encontrámos algumas lacunas que podem ser melhoradas, nomeadamente no que diz respeito ao conhecimento dos clínicos sobre lesões com potencial maligno. Assim, é fundamental investir na educação e formação nesta área, de forma a consciencializar e travar a evolução desta patologia.
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