Perceção dos refugiados e sensibilidade intercultural em alunos finalistas do ensino secundário numa escola pública de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/25889 |
Resumo: | Esta dissertação pretendeu avaliar o nível de sensibilidade intercultural, aferir as perceções e apurar o grau de concordância com o acolhimento de pessoas refugiadas em Portugal, junto de 117 alunos entre os 16 e os 20 anos, finalistas do ensino secundário, numa escola pública de Lisboa. O instrumento utilizado compreende três secções, sendo a primeira uma adaptação da Escala de Sensibilidade Intercultural de Chen e Starosta (2000), um questionário com uma escala de atitudes, relacionada com a interação de pessoas de diferentes culturas. A fiabilidade e validade da escala foram testadas por intermédio do coeficiente Alfa de Cronbach (=0,79), revelando uma boa consistência interna dos itens. A segunda parte agregava nove questões relacionadas com a perceção dos refugiados, sendo que a terceira seção estava destinada à recolha de dados sociodemográficos. Os questionários foram aplicados na Escola Secundária de Camões, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. A amostra revelou possuir um nível médio/alto de sensibilidade intercultural (média de 94,863 pontos, numa escala de 24 a 120), sendo que em comparação com os alunos, as alunas estão associadas a médias significativamente superiores de sensibilidade intercultural. Questionados se “Portugal deve acolher refugiados”, 94% da amostra expressa concordância com o acolhimento de pessoas refugiadas na sua globalidade. Estão “totalmente de acordo” e de “acordo” com a afirmação “Um refugiado pode viver na minha comunidade/bairro” um total de 81,20% dos participantes. Relativamente à perceção das diferenças quanto às crenças e práticas religiosas, quando comparados com os portugueses, 44,4% dos participantes consideraram os refugiados “um pouco diferentes”. Relativamente a ações de sensibilização ou formação na temática dos refugiados, 62,39% dos participantes mostraram interesse em participar nas mesmas. Atendendo ao acolhimento de pessoas refugiadas, níveis elevados de sensibilidade intercultural remetem para a existência de competências facilitadoras da sua integração no contexto escolar, favorecendo a ocorrência de interações positivas entre alunos com identidades ancoradas em múltiplas pertenças culturais. |
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Perceção dos refugiados e sensibilidade intercultural em alunos finalistas do ensino secundário numa escola pública de LisboaRefugiadosRepresentações sociaisRequerentes de asiloMigraçõesSensibilidade interculturalMigrationAsylum-seekersRefugeesSocial representationsIntercultural sensitivityDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::SociologiaEsta dissertação pretendeu avaliar o nível de sensibilidade intercultural, aferir as perceções e apurar o grau de concordância com o acolhimento de pessoas refugiadas em Portugal, junto de 117 alunos entre os 16 e os 20 anos, finalistas do ensino secundário, numa escola pública de Lisboa. O instrumento utilizado compreende três secções, sendo a primeira uma adaptação da Escala de Sensibilidade Intercultural de Chen e Starosta (2000), um questionário com uma escala de atitudes, relacionada com a interação de pessoas de diferentes culturas. A fiabilidade e validade da escala foram testadas por intermédio do coeficiente Alfa de Cronbach (=0,79), revelando uma boa consistência interna dos itens. A segunda parte agregava nove questões relacionadas com a perceção dos refugiados, sendo que a terceira seção estava destinada à recolha de dados sociodemográficos. Os questionários foram aplicados na Escola Secundária de Camões, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. A amostra revelou possuir um nível médio/alto de sensibilidade intercultural (média de 94,863 pontos, numa escala de 24 a 120), sendo que em comparação com os alunos, as alunas estão associadas a médias significativamente superiores de sensibilidade intercultural. Questionados se “Portugal deve acolher refugiados”, 94% da amostra expressa concordância com o acolhimento de pessoas refugiadas na sua globalidade. Estão “totalmente de acordo” e de “acordo” com a afirmação “Um refugiado pode viver na minha comunidade/bairro” um total de 81,20% dos participantes. Relativamente à perceção das diferenças quanto às crenças e práticas religiosas, quando comparados com os portugueses, 44,4% dos participantes consideraram os refugiados “um pouco diferentes”. Relativamente a ações de sensibilização ou formação na temática dos refugiados, 62,39% dos participantes mostraram interesse em participar nas mesmas. Atendendo ao acolhimento de pessoas refugiadas, níveis elevados de sensibilidade intercultural remetem para a existência de competências facilitadoras da sua integração no contexto escolar, favorecendo a ocorrência de interações positivas entre alunos com identidades ancoradas em múltiplas pertenças culturais.This desertion aimed to evaluate the level of intercultural sensitivity, to assess perceptions and the level of agreement regarding the welcoming of refugees’ people in Portugal, based on collated data from 117 college finalists, in a public school from Lisbon, whose ages range from 16 to 20 years old. The tool used covered three sections, the first of which is an adaptation of the Intercultural Sensitivity Scale of Chen and Starosta (2000), a questionnaire with a scale of attitudes relating to the interaction of people from different cultures. The reliability and validity of the scale were tested through the Alfa of Cronbach (=0,79), revealing a good internal consistency of the items. The second section consisted of nine questions related to the refugees thematic, and the third section was intended to capture the socio demographic data. The questionnaires were applied in the ‘Escola Secundária de Camões’ between December 2016 and February 2017. The participants revealed having a medium/high level of intercultural sensitivity (with an average of 94,863 points, on a scale from 24 to 120), being that, when comparing the male to the female students, the female were associated with a significantly higher intercultural sensitivity average. Upon being questioned whether “Portugal should welcome refugees," 94% of the students expressed agreement with the welcoming of the refugees’ people in Portugal in an overall perspective. 81.20% of the participants are "fully agree" and "agree" with the statement "A refugee can live in my community / neighbourhood". Regarding the perception of the differences in religious beliefs and practices, when compared with the Portuguese, 44.4% of the participants considered the refugees "somewhat different". More so, when questioned about awareness or training actions in this thematic, 62,39% of the participants displayed interest in participating in such matter. Attending to the welcoming of refugees’ people, high levels of intercultural sensitivity reveal the existence of skills that enable the integration process in the scholar context, favouring the occurrence of positive interactions between students with identities grounded on multiple cultural inheritances.Dias, NunoFerreira, SóniaRUNVieira, Paulo Jorge Soares de Almeida2018-10-25T00:30:25Z2017-10-252017-06-302017-10-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/25889TID:201751755porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:13:39Zoai:run.unl.pt:10362/25889Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:28:24.482760Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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