Concepções de enfermagem e desenvolvimento sócio-moral: Alguns dados e implicações
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311998000400010 |
Resumo: | Este artigo baseia-se: (a) na caracterização das concepções de enfermagem proposta por Newman (1992), entre outros; (b) na similitude entre esta caracterização e os níveis de desenvolvimento para o cuidar propostos por Condon (1986); e (c) no paralelismo entre estes níveis de cuidar e o desenvolvimento do pensamento moral segundo Kohlberg (1984). Os seus principais objectivos foram os seguintes: (1) Analisar as orientações das enfermeiras sobre os conceitos de «enfermagem» e de «bom enfermeiro» vistos à luz dos paradigmas da categorização, integração e transformação; (2) saber se tais orientações diferem ou não em função de certas variáveis demográficas, tais como idade, anos de serviço e habilitações literárias e profissionais; (3) relacionar tais orientações com o nível de desenvolvimento sócio-moral, posicionamento na carreira e local de trabalho; (3) relacionar as referidas orientações com o nível de desenvolvimento sócio-moral; e (4) compreender as concepções de enfermagem e de bom enfermeiro dos identificados pelos seus pares como bons enfermeiros. O estudo foi realizado com enfermeiras tendo pelo menos cinco anos de exercícioprofissional e trabalhando nos hospitais de Beja, Évora e Portalegre. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Teste de Definir Valores Morais de James Rest (1986), entrevistas semi-directivas e um questionário sobre as orientações (e.g., categorização, integração e transformação) relativas aos conceitos de «enfermagem» e de «bom enfermeiro» construído para o efeito. Os principais resultados foram os seguin-tes: (1) as orientações das enfermeiras enquadram-se predominantemente no paradigma da integração; (2) a orientação para o paradigma da categorização tende a aumentar com a idade e a diminuir com as habilitações literárias; (3) em termos de linguagem utilizada nas entrevistas, nota-se o uso de uma linguagem concreta (i.e., a linguagem utilizada na descrição de situações da vida profissional) e de uma outra idealizada (i.e., a linguagem utilizada para a descrição de situações idealizadas para a vida profissional); e (4) verificou-se uma relação inversa entre o nível de desenvolvimento moral e a orientação para o paradigma da categorização e uma relação directa entre a orientação para o paradigma da transformação e tal nível de desenvolvimento. |
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