Desenvolvimento de um pigmento azul sem cobalto para a indústria cerâmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ventura, Mariana Fernandes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33564
Resumo: Neste trabalho, desenvolvido sob a forma de estágio na empresa Esmalglass-Portugal, foi efetuada a síntese de pigmentos azuis através da calcinação de sílica, compostos de cobre e carbonato de bário (formulações CB) ou carbonato de cálcio (formulações EB). Foi também avaliada a estabilidade dos pigmentos obtidos quando adicionados a vidrados transparentes com composições diferentes e cozidos a 1100 ˚C (vidrado V1) e a 900 ˚C (vidrado V2). Para o efeito, depois de uma etapa prévia de caracterização dos materiais iniciais, as misturas foram calcinadas utilizando-se diferentes ciclos térmicos. Os materiais obtidos foram de seguida moídos e adicionados em diferentes proporções aos dois vidrados. Após a aplicação em substratos cerâmicos e cozedura, foram selecionadas as misturas que apresentavam a cor azul para a realização de testes adicionais que incluíram a medição da cor, ensaios de lixiviação e de resistência ao fendilhamento e ao ataque químico. Das misturas testadas, apenas a do pigmento EB8 (obtido a partir da calcinação a 950 ˚C durante 16 horas de SiO2, CuO e CaCO3 e NaOH,) com o vidrado V2 manteve a cor azul após a cozedura a 900 ˚C. No entanto, este pigmento apresentou uma ação corante inferior à exibida pelos compostos comerciais com cobalto e uma reduzida estabilidade a temperatura elevada (que restringe a sua utilização a processos de temperatura relativamente reduzida como, por exemplo, a decoração de 3º fogo).
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