Cinema e o Sonho Implicado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viegas, Susana
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/142928
Resumo: Os estudos deleuzianos sobre o cinema destacam a importância dos dois regimes semióticos (imagem-movimento e imagem-tempo) para a compreensão da nossa relação estética e epistemológica com as imagens em movimento. Pelo contrário, este artigo procura destacar os momentos de crise entre esses dois regimes, assinalando o carácter genérico de incerteza e ambiguidade da natureza das imagens mentais: enfraquecido o esquema sensório-motor que domina na montagem cinematográfica, as personagens, incapazes de agir, podem imaginar, desejar, sonhar, alucinar, e lembrar. Surgem novos tipos de imagem: imagens-recordação, imagens-sonho e imagens-mundo. Como é que esses novos tipos de imagem nos fazem repensar a nossa habitual relação com o mundo e com a realidade? Com este artigo sobre a dimensão virtual e onírica do cinema, procuro contribuir para uma maior disseminação de um dos principais contributos de Gilles Deleuze para a filosofia do cinema: a distinção entre o imaginário e a realidade. The Deleuzian studies on cinema highlight the importance of two semiotic regimes (movement-image and time-image) for the understanding of our aesthetical and epistemological relationship with moving images. On the contrary, this article highlights the moments of crisis between the two regimes, pointing out the generic character of uncertainty and ambiguity in the nature of mental images: once the sensorimotor scheme that dominates the cinematographic montage has been weakened, the characters, unable to act, can imagine, desire, dream, hallucinate, and remember. New types of images appear: recollectionimages, dream-images, and world-images. How do these new types of images make us rethink our usual relationship with the world and with reality? With this article on cinema’s virtual and oneiric dimension, I expect to disseminate one of Gilles Deleuze’s greatest contributions to film philosophy: the distinction between the imaginary and reality.
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