Empatia em cuidados de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barata, Andreia Raquel Martins
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8916
Resumo: Introdução: A medicina tem evoluído de forma extraordinária ao longo do tempo e, nomeadamente, a partir da segunda metade do século XX, existiu um grande progresso científico e tecnológico nesta área. Contudo, as competências relacionais, ferramentas tão válidas e importantes como as tecnológicas, não têm acompanhado essa evolução. Apesar do valor que lhe é reconhecido no seio da comunidade médica e de alguns progressos na definição do conceito de empatia clínica, este ainda é marcada pela ambiguidade e controvérsia, o que limita a exploração de todo o seu potencial. Objetivos: Realização de uma revisão sistemática da literatura sobre empatia clínica, tendo como objetivos clarificar a definição, como deve ser operacionalizada e aplicada na prática clínica e quais os seus efeitos no médico, no doente e na evolução do processo terapêutico. Metodologia: Pesquisa nas bases de dados PubMed, SciELO, Web of Science e Scopus. Foram definidos como critérios de inclusão os artigos publicados nos últimos dez anos, em três línguas (Português, Inglês e Espanhol), estudos realizados com amostras humanas e com texto completo acessível. Foram selecionados 60 artigos para esta revisão. Resultados/conclusões: Hojat propôs a definição de empatia clínica como um atributo predominantemente cognitivo que engloba o entendimento das experiências, preocupações e perspetivas do doente, em combinação com a capacidade de comunicar ao doente esse entendimento. Esta definição reforça a importância da distinção entre cognição e emoção e, consequentemente, entre empatia e simpatia, e permite a operacionalização do conceito através da aplicação de instrumentos cientificamente validados. Estudos revelaram que o estabelecimento de uma relação empática tem um efeito positivo não apenas no doente e na evolução do seu processo terapêutico - diagnóstico, prognóstico e tratamento, mas também no médico e até no sistema de saúde. O contributo das neurociências veio ajudar na clarificação do termo. No entanto, apesar de alguns avanços, este é um terreno que não se esgotou, havendo muito para fazer nesta área, sobretudo se não se partir de um conceito objectivo, mensurável e aceite por toda a comunidade médica.
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spelling Empatia em cuidados de saúdeDefinição conceptual, definição operacional e aplicaçõesAvaliação de Empatia ClínicaDefinição de Empatia ClínicaEmpatia Clínica Como FerramentaEmpatia Clínica e Resultados Médicos de SaúdeEvolução da EmpatiaHistória da EmpatiaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A medicina tem evoluído de forma extraordinária ao longo do tempo e, nomeadamente, a partir da segunda metade do século XX, existiu um grande progresso científico e tecnológico nesta área. Contudo, as competências relacionais, ferramentas tão válidas e importantes como as tecnológicas, não têm acompanhado essa evolução. Apesar do valor que lhe é reconhecido no seio da comunidade médica e de alguns progressos na definição do conceito de empatia clínica, este ainda é marcada pela ambiguidade e controvérsia, o que limita a exploração de todo o seu potencial. Objetivos: Realização de uma revisão sistemática da literatura sobre empatia clínica, tendo como objetivos clarificar a definição, como deve ser operacionalizada e aplicada na prática clínica e quais os seus efeitos no médico, no doente e na evolução do processo terapêutico. Metodologia: Pesquisa nas bases de dados PubMed, SciELO, Web of Science e Scopus. Foram definidos como critérios de inclusão os artigos publicados nos últimos dez anos, em três línguas (Português, Inglês e Espanhol), estudos realizados com amostras humanas e com texto completo acessível. Foram selecionados 60 artigos para esta revisão. Resultados/conclusões: Hojat propôs a definição de empatia clínica como um atributo predominantemente cognitivo que engloba o entendimento das experiências, preocupações e perspetivas do doente, em combinação com a capacidade de comunicar ao doente esse entendimento. Esta definição reforça a importância da distinção entre cognição e emoção e, consequentemente, entre empatia e simpatia, e permite a operacionalização do conceito através da aplicação de instrumentos cientificamente validados. Estudos revelaram que o estabelecimento de uma relação empática tem um efeito positivo não apenas no doente e na evolução do seu processo terapêutico - diagnóstico, prognóstico e tratamento, mas também no médico e até no sistema de saúde. O contributo das neurociências veio ajudar na clarificação do termo. No entanto, apesar de alguns avanços, este é um terreno que não se esgotou, havendo muito para fazer nesta área, sobretudo se não se partir de um conceito objectivo, mensurável e aceite por toda a comunidade médica.Background: Medicine has evolved in an extraordinary way over time and, in particular, since the second half of the twentieth century, there has been a great scientific and technological progress in this field. However, relational skills, tools as valid and important as technological ones, didn’t kept up with this evolution. Despite the value that is recognized within the medical community and some progress in the definition of the concept of clinical empathy, it is still marked by ambiguity and controversy, which limits the exploitation of its full potential. Objectives: Carrying out a systematic review of the literature on clinical empathy, aiming to clarify the definition, how it should be operationalized and applied in clinical practice and what are the effects on the doctor, the patient and in the evolution of the therapeutic process. Methods: Research in the databases PubMed, SciELO, Web of Science and Scopus. Inclusion criteria were articles published in the last ten years, in three languages (Portuguese, English and Spanish), studies carried out with human samples and with accessible full texts. Sixty articles were selected for this review. Results/conclusions: Hojat proposed the definition of clinical empathy as a predominantly cognitive attribute that includes the understanding of patient's experiences, concerns, and perspectives, in combination with the ability to communicate this understanding to the patient. This definition reinforces the importance of the distinction between cognition and emotion and, consequently, between empathy and sympathy, and allows the operationalization of the concept through the application of scientifically validated instruments. Studies showed that the establishment of the empathic relationship has a positive effect not only on the patient and in the evolution of his therapeutic process - diagnosis, prognosis and treatment, but also on the doctor and even in the health system. The contribution of neuroscience helped to clarify the term. However, despite some progress, this is a field that has not been exhausted, and there is much to do in this area, especially if it is not based on an objective, measurable and accepted throughout the medical community concept.Vitória, Paulo dos Santos DuarteuBibliorumBarata, Andreia Raquel Martins2020-01-29T16:34:32Z2019-07-042019-05-292019-07-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8916TID:202373126porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8916Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:11.230505Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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