O lugar do eu e do(s) outro(s) nas memórias, de Raul Brandão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/524 |
Resumo: | Tese de mestrado, Estudos Românicos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2009 |
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O lugar do eu e do(s) outro(s) nas memórias, de Raul BrandãoBrandão, Raúl, 1867-1930. MemóriasLiteratura portuguesa - séc.19-20Eu - Na literaturaAutobiografiasTese de mestrado, Estudos Românicos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2009O presente trabalho assenta na análise das intrincadas relações entre as noções de sujeito e mundo nas Memórias de Raul Brandão. Tomando como pano de fundo o fenómeno histórico que constitui o espelho irradiador não só da imagem do eu, mas também da de terceiros, a escrita tende a crescer em torno da narrativização daqueles dados históricos e não propriamente pelo mero debitar informativo. É no eixo de uma linguagem construída/literária que se situa a voz do eu, dando da realidade uma perspectiva subjectiva e distante da simples evocação de um acontecimento. O sujeito trabalha sobre a realidade, transformando-a por via do seu olhar e do olhar dos outros, com o qual frequentemente estabelece relações de sintonia, o que é bem expressão da relação de identidade que estabelece com figuras que fizeram parte da cultura e da história portuguesas da segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX. A relação dicotómica entre o eu e o mundo inclui, aliás, o cruzamento entre vários registos escritos, que vão desde o simples apontamento ao tom confessional, no qual vimos aparecer a esfera mais íntima do eu. Por isso, interessou-nos perceber o modo como se articulam os trechos de cariz mais autobiográfico com outros, aparentemente mais informativos, sob o ponto de vista histórico, acabando por notar o quão difícil se torna a separação entre um e outro registo. Por outro lado, o retrato é, em Brandão, o local por excelência da construção literária, onde melhor podemos observar o confronto entre o olhar individual e o dos outros que, afinal de contas, acaba na própria modificação do olhar do eu.Ce travail a pour but l'analyse des inextricables relations entre les notions de sujet et de monde dans les Mémoires de Raul Brandão. Prenant comme toile de fond le phénomène historique qui a constitué le miroir irradiant, pas seulement celui de l'image du «moi» , mais également celle des tiers, l'écriture tend à grandir autour de la narration de ces données et non pas à proprement dit, par le mérite du débit informatif. C'est dans l'axe d'un langage littéraire qui se situe la voix du moi, donnant de la réalité, une perspective subjective et distante de la simple évocation d'un événement Le sujet travaille la réalité, la transformant par l'action de son regard et de celui des autres, avec lequel il établit très souvent des relations de syntonie. Ce fait constitue l'expression de la relation d'identité que ce sujet établit avec les figures qui appartenaient au monde de la culture et de l'Histoire portugaises de la seconde moitié du XIXème siècle et les premières décennies du XXème. La relation dichotomique parmi le «moi» et le monde compris, d'ailleurs, le croisement de plusieurs enregistrements écrits, dès la simple note, jusqu'au ton le plus confessionnel, dans lequel on a vu apparaître la sphère plus intime du «moi». Pour tout cela, on a voulu comprendre le mode de fonctionnement de certains fragments ayant une nature autobiographique, avec des autres apparemment plus informatifs, sous le point de vue historique. Pour arriver à la conclusion qu'il est trop difficile de faire une vraie distinction entre l'un et l'autre de ces deux enregistrements. Par contre, chez Brandão, le portrait est le lieu par excellence de la construction littéraire, où l'on peut mieux observer l'opposition entre le regard individuel et le regard des autres, qui arrive même à modifier le regard du moi.Sá, Maria das Graças Moreira de, 1956-Repositório da Universidade de LisboaBarata, Filipa Mendes, 19812010-06-22T09:22:46Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttp://hdl.handle.net/10451/524por000551870info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:39:18Zoai:repositorio.ul.pt:10451/524Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:27:20.919692Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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