Espaços e imaginário da fronteira em O sentimento dum ocidental de Cesário Verde, em narrativas de Fialho de Almeida e n Os pobres de Raul Brandao

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Duarte Nuno Drumond
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/483
Resumo: Tese de mestrado em Estudos Comparatistas apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2009
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spelling Espaços e imaginário da fronteira em O sentimento dum ocidental de Cesário Verde, em narrativas de Fialho de Almeida e n Os pobres de Raul BrandaoVerde, Cesário, 1855-1886Almeida, Fialho de, 1857-1911Brandão, Raúl, 1867-1930. Os pobresLiteratura portuguesa - séc.19-20Espaço - Na literaturaFronteiras na literaturaTeses de mestradoTese de mestrado em Estudos Comparatistas apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2009A presente dissertação visa propor a noção de fronteira como signo central e elemento funcional das seguintes obras de três autores portugueses do fim-de-século: algumas narrativas escolhidas de três livros de contos de Fialho de Almeida, o Sentimento dum Ocidental de Cesário Verde e Os Pobres de Raul Brandão. A fronteira é nestas obras uma presença fulcral de duas formas básicas: enquanto dimensão do espaço e enquanto ideia subjacente aos fenómenos culturais e literários do finimundismo e do finisterra. Há nas narrativas dos dois autores espaços fronteiriços quer no mundo rural e natural, quer no urbano. Essas figurações serão representativas da forma como eles lidam com a profunda transformação espacial do fim-de-século português, no sentido de uma alteração das harmonias seculares entre esses dois mundos provocada pela densificação do urbanismo. As relações entre memória e imaginação serão os instrumentos privilegiados para interpretar e superar essa fronteira primacial. Em Brandão a fronteira divide dois espaços ou planos ontológicos: a natureza imaginal e a cidade. Na segunda parte da tese é explorada a questão do imaginário finissecular que lemos enquanto imaginário da fronteira: o apocalipse e o finisterra. As formas pelas quais, nos três autores, os limites temporais e outros limites que os simbolizam são transformáveis em fronteiras traduzem-se na procura de saídas para lá do confinamento urbano: essas saídas serão o escapismo visionário em Cesário, tentando ver, para além da desgregação apocalíptica das formas e da prisão do finisterra, novas imagens possíveis de renovação espácio-temporal. Em Fialho o investimento será feito sobretudo na exploração das tipologias humanas e urbanas da fauna apocalíptica, pela própria degradação visual e física que o apocalipse permite. Já em Raul Brandão o finimundismo exprime-se como procura da regeneração dos seres e de uma justificação eThis dissertation focuses on the notion of frontier as a main symbol and as a functional element in the works of three portuguese authors of late nineteenth century: some narratives from three short story books by Fialho de Almeida, Sentimento dum Ocidental (The Feelings of a Westerner) by Cesário Verde and Os Pobres (The Poor) by Raul Brandão. The notion of frontier is crucial in two ways: as dimension of space and as an idea that underlies the literary and cultural phenomena of the apocalypse and the end of the earth. In the narratives of both authors we can find frontier and transitional spaces both in the rural and natural world as well as in the urban sphere. They illustrate the way Fialho and Brandão cope with the profound transformation of space in the end of the nineteenth century in Portugal, which came to alter the secular harmony between those two worlds due to urban growth. The relationship between memory and imagination will be the privileged tools to interpret and overcome this frontier. In Brandão the frontier divides two spaces or ontological plans: the imagined nature and the city. In the second part of the thesis we will explore the mythology of the end of the century, which we will read as a mythology of the frontier: the apocalypse and the end of the earth. The ways through which, in these three authors, the temporal limits (and other limits that symbolize them) may be turned into frontiers can be translated in the search of ways out of the urban confinement: these will be the visionary escapism of Cesário, who will try to see beyond the apocalyptical detachment of forms and the prison of the end of the earth (these are new possible images of spatial and temporal renewal). In Fialho this investment will be done specially through exploring the human and urban typologies of the apocalyptical fauna (through the visual and physical degradation that the apocalypse allows). In Raul Brandão the end of the world is expressed as the search of regBuescu, Helena Carvalhão, 1956-Repositório da Universidade de LisboaBraga, Duarte Nuno Drumond2010-06-22T09:21:45Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttp://hdl.handle.net/10451/483porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:39:14Zoai:repositorio.ul.pt:10451/483Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:27:18.861477Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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