Alterações dos padrões de mobilidade resultantes do processo pandémico: o caso da Área Metropolitana de Lisboa

• Autor(a) principal: Madeiras, Carlos Francisco Morgado
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/56286
• topic: Sistemas de mobilidade; Área Metropolitana de Lisboa (Portugal); Mobilidade urbana; Políticas de transportes; COVID-19 na mobilidade; Geografia; Urbanismo; Ordenamento do Território

O sistema de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa apresenta uma cada vez maior pressão em número de movimentos entre os concelhos que a compõem. A elevada dependência do transporte automóvel causa problemas tanto ao nível ambiental como de trânsito, por isso, a aposta recaí na oferta de um transporte público de qualidade, de modo a atrair um maior número de utilizadores. Para cativar e acomodar um maior número de utilizadores foi necessária uma reorganização do sistema de transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, que se apresentava desfasado das reais necessidades dos utilizadores. A partir do Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros (RJSPTP) dá-se o mote para uma nova mobilidade urbana na Área Metropolitana de Lisboa, criando um enquadramento legal para políticas de mobilidade que apresentam uma solução para atualizar esse sistema. O Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) faz parte de uma dessas políticas, com uma visão para a transferência modal do transporte individual para o transporte público, intermodalidade, modernização do sistema de bilhética, redução da emissão de gases poluentes e também uma redução tarifária. Este processo, iniciado na Área Metropolitana de Lisboa em 2019, viu o preço dos passes mensais de transporte a reduzir de forma abrupta, assente numa nova organização do sistema de mobilidade. Pouco tempo depois este sistema e o sucesso da política de mobilidade na qual estava assente viu-se ameaçado por uma crise sanitária internacional, que veio a alterar os padrões de mobilidade normais, afetando não só a forma de estar, mas também de pensar daqueles que precisam de se movimentar no território.