Mobilidade e transportes em áreas urbanas: o caso da Área Metropolitana de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/62045 |
Resumo: | A discussão do tema da mobilidade e dos transportes em áreas urbanas tem vindo a ganhar particular relevo, não só no âmbito do debate científico e técnico, como também no debate político. O reconhecimento de que as actuais condições de consumo de transporte, de uma forma geral, e nas áreas urbanas, em particular, constituem um forte condicionalismo ao desenvolvimento económico e à sustentabilidade das cidades, levou a que o tema da mobilidade em áreas urbanas se assumisse como uma prioridade na agenda política europeia, sendo disso o exemplo mais recente a publicação do Livro Verde Towards a New Culture for Urban Mobility. A necessidade de publicação deste Livro Verde tinha já sido claramente expressa na revisão intercalar (CE, 2006) do Livro Branco sobre a política europeia de transportes (CE, 2001). No passado recente, o esforço de construção de infra-estruturas rodoviárias e a banalização do acesso à aquisição do automóvel levou a que, na generalidade dos países da Europa Ocidental, se alterasse, significativamente, a forma como nos passámos a relacionar com o território, multiplicando-se as oportunidades da localização da residência, do emprego, ou dos locais para a realização de actividades de lazer, gerando-se igualmente cada vez maiores expectativas relativamente à capacidade de nos fazermos deslocar (VIGAR, 2002). Em Portugal, a generalização do acesso ao transporte individual e o aumento substancial da extensão e qualidade das infra-estruturas rodoviárias, em particular a partir da década de noventa, traduziu-se numa expansão da utilização do automóvel, expressa tanto no crescimento do número de passageiros transportados em veículos ligeiros de passageiros (o volume de passageiros x quilómetro cresceu a 2,03% ao ano entre 1980 e 1990 e a 6,57% entre 1990 e 2000; EC, 2007), como pela importância relativa da utilização do automóvel para as deslocações casa-trabalho (no Continente, esse valor era, em 1991, de 24,94% e de 52,90% em 2001). Desta forma, assistiu-se ao alargamento das bacias de emprego, à dispersão da localização residencial e à deslocalização da actividade produtiva, tendo-se alterado os padrões de mobilidade e a configuração dos territórios urbanos, sendo as áreas metropolitanas um exemplo. |
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