Cais cultural da seca do bacalhau: vazios urbanos em Vila do Conde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ricardo Rafael Esteves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27882
Resumo: O presente texto insere-se dentro do projeto de investigação - Monumentalidade Crítica em Álvaro Siza, e pretende discutir uma nova visão sobre Siza considerando um conjunto de projetos em Vila do Conde - incidindo no Programa Polis. Assim, elabora-se uma narrativa histórico-argumentativa geradora de um pensamento de cidade, o caso de Vila do Conde é particular, dada a natureza singular dos projetos do arquiteto, de cariz predominantemente público de grande escala. O trabalho, numa primeira fase, em grupo, propõe olhar criticamente para as obras do arquiteto de forma a dissecar o seu pensamento e postura em relação à cidade e à arquitetura, que inevitavelmente muda. Deste modo, a abordagem “anónima” do arquiteto desperta interesse em questionar e compreendê-la. Em paralelo, é elaborada a estratégia também de grupo face ao crescimento f ragmentado da cidade, gerando espaço público. É enumerada uma hierarquia de vias, criando uma rede de mobilidade que integra quatro “vazios urbanos” desenvolvidos nas propostas individuais. Esta proposta reside sobre o desaf io da reabilitação do antigo Campo da Seca do Bacalhau. Localizado na foz do rio Ave, este espaço (atualmente descaracterizado) é fundamental para uma leitura da cidade no seu todo: um espaço de transição entre a frente marítima desenhada por Álvaro Siza e o centro histórico de Vila Conde. Assim, numa busca de contrastes entre o passado, o presente e o futuro; o construído, o imaginário e o demolido; interior e exterior; público e privado; água e terra, o projeto procura tornar evidente a memória enquanto motivo arquitetónico.
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