O cerco à autonomia das escolas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rpe.18365 |
Resumo: | O artigo analisa o impacto das plataformas eletrónicas da administração educativa no tópico descentralização/centralização e reforço/limitação da autonomia das escolas e dos atores escolares. Os resultados apresentados baseiam-se num estudo de caso centrado numa organização escolar e mostram-nos que as medidas de reforço da autonomia das escolas e da descentralização têm sido esvaziadas na prática pela ação das plataformas eletrónicas. A rigidez dos algoritmos das plataformas eletrónicas facilita o cumprimento das diretivas da administração central e a sua aceitação na medida em que são percebidas como meras operações técnicas destinadas a conseguir a maneira mais correta de funcionar com o mecanismo eletrónico. Por outro lado, a intensificação da especialização tecnológica e a sua concentração no centro aumenta o sentimento de descapacitação das organizações escolares que, muitas vezes, preferem a centralização como forma de resposta à atribuição de competências sem as correspondentes condições para o seu exercício. Esta circunstância vem evidenciar ainda mais o facto de que nem o poder central está disposto a abdicar do controlo burocrático centralizado nem as organizações escolares estão preparadas para assumir o princípio democrático da autonomia das escolas. |
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O cerco à autonomia das escolasO L'encerclement à l'autonomie des écolesO cerco à autonomia das escolasArtigosO artigo analisa o impacto das plataformas eletrónicas da administração educativa no tópico descentralização/centralização e reforço/limitação da autonomia das escolas e dos atores escolares. Os resultados apresentados baseiam-se num estudo de caso centrado numa organização escolar e mostram-nos que as medidas de reforço da autonomia das escolas e da descentralização têm sido esvaziadas na prática pela ação das plataformas eletrónicas. A rigidez dos algoritmos das plataformas eletrónicas facilita o cumprimento das diretivas da administração central e a sua aceitação na medida em que são percebidas como meras operações técnicas destinadas a conseguir a maneira mais correta de funcionar com o mecanismo eletrónico. Por outro lado, a intensificação da especialização tecnológica e a sua concentração no centro aumenta o sentimento de descapacitação das organizações escolares que, muitas vezes, preferem a centralização como forma de resposta à atribuição de competências sem as correspondentes condições para o seu exercício. Esta circunstância vem evidenciar ainda mais o facto de que nem o poder central está disposto a abdicar do controlo burocrático centralizado nem as organizações escolares estão preparadas para assumir o princípio democrático da autonomia das escolas.The article analyses the educational administration’s electronic platforms’ impact on the topic of schools and schools’ actors decentralization/centralization and reinforcement/limitation of their autonomy. The results presented are based on a case study centred on a school organization and show us that measures to strengthen the schools’ autonomy and decentralization have in fact been emptied through electronic platforms’ actions. The electronic platforms’ algorithm rigidity favours compliance with central administration decisions and their acceptance, in such a way that they are perceived as mere technical operations aimed at achieving the most correct way of operating the electronic mechanism. On the other hand, the intensification of technological specialization and its concentration in the centre increase the school organizations’ sense of deprivation, which often prefer centralization as a form of response to the attribution of competences without the corresponding conditions for their exercise. This circumstance further underscores the fact that neither the central authority is willing to give up centralized bureaucratic control nor school organizations are prepared to assume the democratic principle of schools’ autonomy.Cet article analyse l’impact des plateformes électroniques de l’administration de l’éducation sur le thème de la décentralisation/centralisation et du renforcement/limitation de l’autonomie des écoles et de leurs acteurs. Les résultats présentés se basent sur une étude de cas centrée sur une organisation scolaire et nous montrent que les mesures visant à renforcer l'autonomie des écoles et la décentralisation ont été vidées par l'action des plateformes électroniques. La rigidité des algorithmes des plateformes électroniques facilite la conformité aux politiques de l’administration centrale et leur acceptation dans la mesure où elles sont perçues comme de simples opérations techniques pour obtenir le mode de fonctionnement le plus correct avec le système électronique. D'autre part, l'intensification de la spécialisation technologique et sa concentration au centre accroissent le sentiment de décapacitation des organisations scolaires qui préfèrent souvent la centralisation comme réponse à l'attribution de compétences sans les conditions correspondantes pour leur exercice. Cette circonstance renforce le contrôle bureaucratique centralisé et limite davantage l'autonomie des écoles.Instituto de Educação - Universidade do Minho2021-07-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rpe.18365por2183-04520871-9187Meira, Manuel Vale Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:37:27Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/18365Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:36:19.581208Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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