Modus operandi de jovens agressores sexuais: implicações para a avaliação e intervenção clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Andreia Isabel Leite da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7407
Resumo: As agressões sexuais cometidas por jovens são ainda um tema alvo de controvérsias, sendo muitas vezes um tipo de violência desconhecido da sociedade, pois a maior parte dos estudos acerca desta temática tende a focar-se na população adulta. Dado que a adolescência apresenta características, necessidades e problemas específicos que a diferenciam da infância e da fase adulta, é fundamental a deteção, intervenção e promoção de fatores de proteção para reduzir este tipo de violência e o seu impacto negativo no desenvolvimento. Esta investigação teve como objetivo compreender os comportamentos que agressores sexuais exibem, tendo sido estudado o modus operandi, incluindo uma série de estratégias utilizadas por estes jovens para chegarem ao contacto sexual com a vítima. A recolha de dados foi efetuada em instituições sob a alçada da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, mais especificamente em centros educativos, estabelecimentos prisionais e equipas tutelares educativas. A amostra encontra-se dividida em dois grupos: jovens agressores sexuais (n=142) e jovens agressores não sexuais (n=130). Os resultados obtidos na análise desta amostra, nas dimensões demográficas, clínicas e de modus operandi criminal, permitiram um esclarecimento sobre algumas das suas especificidades e, em concreto, verificar a existência de algumas diferenças significativas num conjunto de dimensões entre estes dois grupos de agressores, nomeadamente ao nível do estatuto socioeconómico, dos aspetos como a marginalidade, toxicodependência e delinquência, escolaridade, capacidade de resolução de problemas, criminalidade prévia, uso de armas para cometer o crime, agressões físicas á vítima, entre outros aspetos, acabando por se verificar que foram os jovens agressores não sexuais aqueles que demonstraram uma situação mais negativa em quase todas as variáveis analisadas quando comparados com os jovens agressores sexuais.
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