"Guerra Colonial versus Guerra da Independência": um único acontecimento histórico com duas visões diferentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2087 |
Resumo: | O presente relatório, desenvolvido no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada II, do Mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico, na área de História e Geografia de Portugal recaiu sobre uma turma do 6.º ano. Apresenta-se dividido em três partes. A primeira refere-se ao enquadramento do estudo, a segunda parte percorre o estudo realizado na área de História e Geografia de Portugal e a terceira parte conclui com uma reflexão sobre a experiência vivida na Prática de Ensino Supervisionada I e na Prática de Ensino Supervisionada II. O objetivo da investigação consistiu em fazer uma análise comparativa sobre a visão da Guerra Colonial, também denominada Guerra de Ultramar, que consistiu no conflito entre as forças armadas portuguesas e os movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas; e da Guerra da Independência, que era a luta pela descolonização, para pôr fim à dominação do país e a procura da autodeterminação. E analisar como estas visões são transmitidas aos alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade e aos alunos moçambicanos do nível de escolaridade equivalente. Partindo do pressuposto de que a visão sobre o acontecimento em causa é diferente, procurou-se ainda mostrar de que forma os manuais escolares, que refletem as posições assumidas por historiadores dos dois países (Portugal e Moçambique), contribuem para a ambivalência de perspetivas que inquina o processo de ensino-aprendizagem, em particular no âmbito das disciplinas de História ou de História e Geografia de Portugal. Pretendeu-se, neste contexto, refletir sobre o relativismo histórico e procurar estratégias que poderão ser implementadas com vista à sua aplicação no ensino da História e Geografia de Portugal. Para levar a cabo a investigação, utilizou-se uma metodologia qualitativa, de natureza interpretativa. A recolha de dados incidiu na observação participante, em entrevistas semiestruturadas, aplicadas a alunos portugueses e moçambicanos, a familiares dos alunos, bem como a professores, e na pesquisa documental. Os resultados conseguidos revelam que os alunos conseguem compreender e conceber ideias próprias sobre momentos históricos. O fornecimento de material diversificado, o acesso a documentos, o contacto com as histórias contadas pelos familiares, toda esta informação cedida aos alunos facilita e gere aprendizagens e raciocínios críticos de forma a criarem a sua própria opinião. Os alunos apresentaram um desempenho satisfatório, quer na realização das atividades propostas, quer no raciocínio solicitado durante as entrevistas. |
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O objetivo da investigação consistiu em fazer uma análise comparativa sobre a visão da Guerra Colonial, também denominada Guerra de Ultramar, que consistiu no conflito entre as forças armadas portuguesas e os movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas; e da Guerra da Independência, que era a luta pela descolonização, para pôr fim à dominação do país e a procura da autodeterminação. E analisar como estas visões são transmitidas aos alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade e aos alunos moçambicanos do nível de escolaridade equivalente. Partindo do pressuposto de que a visão sobre o acontecimento em causa é diferente, procurou-se ainda mostrar de que forma os manuais escolares, que refletem as posições assumidas por historiadores dos dois países (Portugal e Moçambique), contribuem para a ambivalência de perspetivas que inquina o processo de ensino-aprendizagem, em particular no âmbito das disciplinas de História ou de História e Geografia de Portugal. Pretendeu-se, neste contexto, refletir sobre o relativismo histórico e procurar estratégias que poderão ser implementadas com vista à sua aplicação no ensino da História e Geografia de Portugal. Para levar a cabo a investigação, utilizou-se uma metodologia qualitativa, de natureza interpretativa. A recolha de dados incidiu na observação participante, em entrevistas semiestruturadas, aplicadas a alunos portugueses e moçambicanos, a familiares dos alunos, bem como a professores, e na pesquisa documental. Os resultados conseguidos revelam que os alunos conseguem compreender e conceber ideias próprias sobre momentos históricos. O fornecimento de material diversificado, o acesso a documentos, o contacto com as histórias contadas pelos familiares, toda esta informação cedida aos alunos facilita e gere aprendizagens e raciocínios críticos de forma a criarem a sua própria opinião. Os alunos apresentaram um desempenho satisfatório, quer na realização das atividades propostas, quer no raciocínio solicitado durante as entrevistas.The present report, developed within the framework of the Supervised Teaching Practice II, of the Master's degree in Teaching of the 1st and 2nd cycle of Basic Education in the area of History and Geography of Portugal fell on a class of 6th year. It is divided into three parts. The first refers to the framework of the study, the second part goes through the study carried out in the History and geography of Portugal area and the third part concludes with a reflection on the experience lived in Supervised Teaching Practice I and Supervised Teaching Practice II. The objective of the investigation was to make a comparative analysis of the vision of the Colonial War, also called the Overseas War, which consisted in the conflict between the Portuguese armed forces and the liberation movements of the former Portuguese colonies; and the War of Independence, which was the struggle for decolonization, to end the domination of the country and the search for self-determination. And to analyze how these visions are transmitted to the Portuguese students of the 6th year of schooling and the Mozambican students of the level of equivalent education. Based on the assumption that the view on the event in question is different, it was also sought to show how the textbooks, which reflect the positions assumed by historians of the two countries (Portugal and Mozambique), contribute to the ambivalence of perspectives that incorporates the teaching-learning process, particularly in the context of the disciplines of history or of HGP. In this context, it was intended to reflect on historical relativism and to look for strategies that could be implemented with a view to its application in the teaching of history and geography of Portugal. In order to carry out research, a qualitative methodology of an interpretative nature was used. The data collection focused on the participant observation, in the substructured interviews, applied to Portuguese students and Mozambicans, the family of the pupils, as well as to teachers and in the documentary research. The results show that students can understand and conceive their own ideas about historical moments. The provision of diverse material, access to documents, contact with stories told by family members, all this information provided to students facilitates and generates critical learning and reasoning in order to create their own opinion. The students presented a satisfactory performance, both in the accomplishment of the proposed activities and in the reasoning requested during the interviews.2018-11-16T09:28:34Z2018-07-23T00:00:00Z2018-07-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2087TID:202024059porLário, Vera Alexandra Portelainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:40:13Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2087Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:07.828865Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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