Padrões de consumo dos portugueses em ambiente de guerra no espaço europeu

• Autor(a) principal: Cunha, Rui Bento Pereira e
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/43805
• topic: Padrões de consumo; Impactos de guerra; Guerra Ucrânia-Rússia; Consumption patterns; Impacts of war; Ukraine-Russia war; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e Gestão

A existência de uma guerra na Europa, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, com a invasão da Rússia na Ucrânia, gerou consequências económicas, políticas e sociais, não só a nível europeu, onde se insere Portugal, mas também a nível mundial. Este conflito bélico originou um elevado número de vítimas mortais e vagas de refugiados para os países vizinhos. A crise energética na Europa, motivada pela redução do fornecimento de petróleo e de gás da Rússia, desencadeou uma tendência de inflação, nomeadamente, um aumento dos preços dos produtos alimentares e dos preços da energia. Desta forma, dada a relevância e a contemporaneidade deste problema, este trabalho tem como objetivo primordial dar resposta à questão de investigação “Quais as mudanças nos padrões de consumo dos portugueses durante o período de guerra na Europa?”. Para o efeito, realizou-se uma análise constituída pelos seguintes pontos: (i) identificar como diferentes classes de rendimentos foram afetadas ao nível do consumo pelas consequências provenientes da guerra na Europa e (ii) averiguar quais os produtos que sofreram maiores variações de consumo por parte dos portugueses após o início do confronto armado. Pretendeu-se obter respostas a estas questões através da conjugação de uma metodologia quantitativa, através da análise de dados de inquéritos realizados e com métodos qualitativos, particularmente com recurso a entrevistas. Os resultados permitiram concluir que a inflação impactou os inquiridos de forma diferente, de acordo com os seus rendimentos. A análise de diversos indicadores económicos permitiu concluir que existiu um empobrecimento dos indivíduos incluídos na amostra pertencentes à classe média de rendimentos. Os inquiridos com menores rendimentos foram muito afetados, mas não de uma forma tão intensa como se esperaria. Por fim, os inquiridos com mais rendimentos foram os menos afetados pela inflação e, consequentemente, conseguiram manter o seu estilo de vida.