A farmacogenética e a medicina personalizada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/5690 |
Resumo: | A farmacogenética tem por objetivo a identificação de diferenças genéticas entre indivíduos que possam influenciar a resposta à terapêutica farmacológica, melhorando a sua eficácia e segurança. Associado à farmacogenética surge a “medicina personalizada”, ou seja, em oposição à existência de um fármaco que consiga tratar todos os pacientes, o tratamento individualizado parece o caminho mais promissor, uma vez que reduz o risco de reações adversas por toxicidade (segurança), adequa a dose ao indivíduo, evitando excessos ou défices (dose) e evita a metodologia de tentativa erro na escolha do fármaco (eficácia). A farmacogenética é relevante para a resposta individual ao fármaco por duas vias distintas: a farmacocinética e a farmacodinâmica. A variabilidade genética pode afetar a forma como um fármaco pode ser absorvido, ativado, metabolizado ou excretado, podendo conduzir assim a uma variabilidade na resposta. De entre o número infindável de possíveis exemplos, nesta revisão apresentam-se exemplos relacionados com os genes do Citocromo P450, do gene NAT2 e do gene da Colinesterase. As diferenças genéticas entre os indivíduos podem ainda afetar a resposta ao fármaco pela sua farmacodinâmica, ou seja, a resposta específica do alvo ao fármaco. De entre a multiplicidade de alvos de fármacos existentes serão apresentados exemplos do gene da G6PD e do VKORC1. Apesar de alguns dados científicos indicarem benefício para o paciente, ainda está longe de a farmacogenética fazer parte da prática clínica de rotina, talvez porque os custos-benefícios ainda não foram avaliados de forma precisa. |
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A farmacogenética e a medicina personalizadaPharmacogenetics and personalized medicineFarmacogenéticaVariabilidade genéticaCitocromo P450NAT2G6PDPharmacogeneticsGenetic variabilityCytochrome P450A farmacogenética tem por objetivo a identificação de diferenças genéticas entre indivíduos que possam influenciar a resposta à terapêutica farmacológica, melhorando a sua eficácia e segurança. Associado à farmacogenética surge a “medicina personalizada”, ou seja, em oposição à existência de um fármaco que consiga tratar todos os pacientes, o tratamento individualizado parece o caminho mais promissor, uma vez que reduz o risco de reações adversas por toxicidade (segurança), adequa a dose ao indivíduo, evitando excessos ou défices (dose) e evita a metodologia de tentativa erro na escolha do fármaco (eficácia). A farmacogenética é relevante para a resposta individual ao fármaco por duas vias distintas: a farmacocinética e a farmacodinâmica. A variabilidade genética pode afetar a forma como um fármaco pode ser absorvido, ativado, metabolizado ou excretado, podendo conduzir assim a uma variabilidade na resposta. De entre o número infindável de possíveis exemplos, nesta revisão apresentam-se exemplos relacionados com os genes do Citocromo P450, do gene NAT2 e do gene da Colinesterase. As diferenças genéticas entre os indivíduos podem ainda afetar a resposta ao fármaco pela sua farmacodinâmica, ou seja, a resposta específica do alvo ao fármaco. De entre a multiplicidade de alvos de fármacos existentes serão apresentados exemplos do gene da G6PD e do VKORC1. Apesar de alguns dados científicos indicarem benefício para o paciente, ainda está longe de a farmacogenética fazer parte da prática clínica de rotina, talvez porque os custos-benefícios ainda não foram avaliados de forma precisa.ABSTRACT - Pharmacogenetics aims to identify genetic differences between individuals that may influence the response to drug therapy, improving their effectiveness and safety. Associated with the pharmacogenetics emerges ‘personalized medicine’. In opposition to the existence of a drug that can treat all patients, the individualized treatment seems the most promising as it reduces the risk of side effects for toxicity (safety), reduces losses due to excess or deficit (dose), avoiding the testing methodology in the choice of the correct drug (effectiveness). Pharmacogenetics is relevant to the individual response to the drug in two ways: the pharmacokinetics and pharmacodynamics. The genetic variability can affect the way a drug can be absorbed, metabolized, excreted or activated, and can drive to a difference in the patient response. Among the endless number of possible examples, in this review we present examples related to cytochrome P450 genes, NAT2 gene and the Cholinesterase gene. Genetic differences between individuals can still affect the response to the drug by its pharmacodynamics, drug target-specific response to a particular drug. Among the multitude of existing drug targets, it will be presented examples of the G6PD gene, and the VKORC1 gene. Despite some evidence given for the benefit of the patient, we are still far from Pharmacogenetics to be part of routine clinical practice, perhaps because the cost-benefit have not yet been correctly assessed.Escola Superior de Tecnologia da Saúde de LisboaRCIPLBrito, Miguel2016-02-22T17:34:13Z2015-112015-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/5690porBrito M. A farmacogenética e a medicina personalizada. Saúde & Tecnologia. 2015;(14):5-10.1646-9704info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:49:27Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/5690Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:14:56.406911Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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