O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Umbelino, Luís António
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/107527
https://doi.org/10.1590/198053144666
Resumo: O objetivo do presente trabalho é meditar sobre o lugar do ensino das Humanidades no contexto de um modelo cultural em que predomina uma narrativa da utilidade e rentabilidade económicas. O principal eixo do trabalho é orientado por um questionamento: o que resta pensar quando “pensar sobre as Humanidades” se torna uma tarefa de resistência? O desenvolvimento da análise procurará testar a seguinte tese: há um “preço pesado” a pagar pelo recuo do espaço das Humanidades; esse preço é económico, político, cívico, democrático e antropológico. Resta formular a questão de saber o que fazer para obstar a tal “pesado” pagamento. Na via de uma tentativa de resposta, proporemos uma consideração de alguns aspetos do modo como P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) recupera conceitos centrais do pensamento de R. Koselleck (1990).
id RCAP_84927d4cf46cb648552293be653fecaa
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/107527
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de criseThe end of the humanities: Teaching and learning in time of crisisLa fin des humanités: Enseignement et apprentissage en temps de criseEl fin de las humanidades: Enseñanza y aprendizaje en época de crisisHumanidadesCriseTextoNarrativaHUMANITIEsCRISISTEXTNARRATIVEHUMANITÉSCRISETEXTENARRATIVEHUMANIDADESCRISISTEXTONARRATIVAO objetivo do presente trabalho é meditar sobre o lugar do ensino das Humanidades no contexto de um modelo cultural em que predomina uma narrativa da utilidade e rentabilidade económicas. O principal eixo do trabalho é orientado por um questionamento: o que resta pensar quando “pensar sobre as Humanidades” se torna uma tarefa de resistência? O desenvolvimento da análise procurará testar a seguinte tese: há um “preço pesado” a pagar pelo recuo do espaço das Humanidades; esse preço é económico, político, cívico, democrático e antropológico. Resta formular a questão de saber o que fazer para obstar a tal “pesado” pagamento. Na via de uma tentativa de resposta, proporemos uma consideração de alguns aspetos do modo como P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) recupera conceitos centrais do pensamento de R. Koselleck (1990).The aim of this study is to reflect on the role of Humanities education in the context of a cultural model in which a narrative of utility and economic profitability predominates. The main axis of this study is guided by a question: what is there to think, when thinking of the Humanities becomes a task of resistance? The development of the analysis will attempt to test the following thesis: there is a “heavy price” to pay for the gap in the study of the Humanities; this price is economic, political, civic, democratic, and anthropological. It remains to formulate the question what to do to prevent such a “heavy” price. In an attempt to answer this question, we will propose a consideration of some aspects of the way P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) retrieves main concepts of the thought of R. Koselleck (1990).L’objectif de ce travail est de réfléchir sur la place de l’enseignement des Humanités dans le contexte d’un modèle culturel où prédomine un discours d’utilité et de rentabilité économiques. L’axe principal de ce travail est orienté par un questionnement: qu’est-ce qui nous appelle à penser encore et toujours – quand penser – les humanités devient une tâche de résistance? Le développement de cette analyse nous permettra de tester la thèse suivante : le recul de l’espace réservé aux humanités entraîne un lourd tribut à payer; ce coût est à la fois économique, politique, civique, démocratique et anthropologique. Il reste à savoir que faire pour éviter un tel prix. Comme tentative de réponse nous proposons considérer quelques aspects de la façon dont P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) reprend des concepts centraux de la pensée de R. Koselleck (1990).El objetivo del presente trabajo es meditar sobre el lugar de la enseñanza de las Humanidades en el contexto de un modelo cultural en el que predomina una narrativa de la utilidad y rentabilidad económicas. El principal eje del trabajo está orientado por un cuestionamiento: ¿qué llama todavía y siempre a pensar, cuando pensar las Humanidades se vuelve una tarea de resistencia? El desarrollo del análisis intentará probar la siguiente tesis: hay un “precio pesado” a pagar por el retroceso del espacio de las Humanidades; este precio es económico, político, cívico, democrático y antropológico. Es necesario formular la cuestión de qué hacer para impedir este “pesado” pago. En la vía de un intento de respuesta, propondremos una consideración de algunos aspectos del modo como P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) recupera conceptos centrales del pensamiento de R. Koselleck (1990).Fundacao Carlos Chagas2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/107527http://hdl.handle.net/10316/107527https://doi.org/10.1590/198053144666por1980-53140100-1574Umbelino, Luís Antónioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-18T11:49:33Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/107527Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:23:52.429741Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
The end of the humanities: Teaching and learning in time of crisis
La fin des humanités: Enseignement et apprentissage en temps de crise
El fin de las humanidades: Enseñanza y aprendizaje en época de crisis
title O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
spellingShingle O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
Umbelino, Luís António
Humanidades
Crise
Texto
Narrativa
HUMANITIEs
CRISIS
TEXT
NARRATIVE
HUMANITÉS
CRISE
TEXTE
NARRATIVE
HUMANIDADES
CRISIS
TEXTO
NARRATIVA
title_short O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
title_full O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
title_fullStr O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
title_full_unstemmed O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
title_sort O fim das humanidades: ensino e aprendizagem em época de crise
author Umbelino, Luís António
author_facet Umbelino, Luís António
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Umbelino, Luís António
dc.subject.por.fl_str_mv Humanidades
Crise
Texto
Narrativa
HUMANITIEs
CRISIS
TEXT
NARRATIVE
HUMANITÉS
CRISE
TEXTE
NARRATIVE
HUMANIDADES
CRISIS
TEXTO
NARRATIVA
topic Humanidades
Crise
Texto
Narrativa
HUMANITIEs
CRISIS
TEXT
NARRATIVE
HUMANITÉS
CRISE
TEXTE
NARRATIVE
HUMANIDADES
CRISIS
TEXTO
NARRATIVA
description O objetivo do presente trabalho é meditar sobre o lugar do ensino das Humanidades no contexto de um modelo cultural em que predomina uma narrativa da utilidade e rentabilidade económicas. O principal eixo do trabalho é orientado por um questionamento: o que resta pensar quando “pensar sobre as Humanidades” se torna uma tarefa de resistência? O desenvolvimento da análise procurará testar a seguinte tese: há um “preço pesado” a pagar pelo recuo do espaço das Humanidades; esse preço é económico, político, cívico, democrático e antropológico. Resta formular a questão de saber o que fazer para obstar a tal “pesado” pagamento. Na via de uma tentativa de resposta, proporemos uma consideração de alguns aspetos do modo como P. Ricoeur (1983, 1986, 1988, 1998, 2000) recupera conceitos centrais do pensamento de R. Koselleck (1990).
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/107527
http://hdl.handle.net/10316/107527
https://doi.org/10.1590/198053144666
url http://hdl.handle.net/10316/107527
https://doi.org/10.1590/198053144666
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1980-5314
0100-1574
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Fundacao Carlos Chagas
publisher.none.fl_str_mv Fundacao Carlos Chagas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134125069697024